A justiça espanhol reabre o processo do dirigente da Polisario ao anular a ideia de arquivá-lo
A Câmara Criminal do Tribunal Nacional Espanhol reabriu o processo do líder da Frente Polisario, Ibrahim Ghaly, anulando a decisão do Juiz Santiago Pedraz, que pretende arquivar as acusações contra Ghali objeto do homicídio, da detenção e de tortura, puníveis pela justiça espanhola como penas graves”.
De acordo com o jornal espanhol “El Mundo”, a decisão da sentença envolvendo o separatista, da frente da polisario, Gali, introduzido no território espanhol com documentos falsos sob a condição de tratamento medical, no quadro da assistência humanitária, cuja competência exclusiva da câmara criminal e não do juiz de instrução, da cassação da câmara, o qual pode ser chamado e indiciado pelo Supremo Tribunal espanhol.
A fonte de informação espanhola acrescentou que os problemas relacionados com a qualificação do processo, objeto do juiz principal de instrução carece de autoridade para tomar uma decisão de indeferimento ao anular tal processo, arquivando-o, enquanto tal despacho provém da decisão da câmara penal.
Uma vez que o juiz do Tribunal Nacional espanhol tem acolhido a denúncia apresentada pela Associação Saaraui de Defesa dos Direitos do Homem contra Ibrahim Ghali, de forma indiferente, quando o suspeito foi internado num hospital em Espanha, provocando a ira do Marrocos perante a polémica deste processo ilegal.
Tal segunda queixa levantada pelas associações sarauis de direitos humanos, inclui acusações pesadas dirigidas a 27 pessoas da frente detentores de povos sob a bandeira de um estado artificial sem direito de existir, envolvendo os maus tratos nos campos de Tindouf e dos prisioneiros de guerra, incluindo os cidadãos espanhóis. Cujo Ghali principal criminoso deixado livre no solo espanhol.
Perante isso, o Sétimo Tribunal de Instrução de Saragoça anunciou a intimação da ex-Ministra das Relações Exteriores, Arancha Gonzalez Laya, segunda-feira passada, visando a interrogá-la sobre o inquérito judicial relacionado com a falsificação do passaporte do dirigente do “ Frente Polisario ”durante a sua entrada no solo espanhol.
Além do depoimento do ex-supervisor de gestão do corpo diplomático ibérico pretende ser ouvido no próximo dia 4 de outubro, de acordo com as redes da comunicação social, depois de o juiz do Supremo Tribunal de Justiça de Aragão ter acertado a data do interrogatório junto ao ministro espanhol demitido pelo atual primeiro-ministro.
Prevendo-se que o advogado do Estado espanhol ia defender perante o tribunal Arancha Gonzalez Laya, o seu chefe de gabinete Camilovariano, acusado pelo Judiciário de encobrir o “contrabando” de Ibrahim Ghali, objeto da decisão criticada pela defesa , bem como do governo que apóia uma pessoa investigada por crimes graves e hediondos.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário- Marrocos