"DEMOCRACIA, AUTOCRACIA E O 7 DE SETEMBRO."

Abraham Lincoln dizia que à democracia é o governo do povo, para o povo e pelo povo. Talvez, esta seja a melhor e mais fácil definição do que venha a ser a tal da democracia. Sem sombra de dúvidas se comparada com outras formas de governo como, por exemplo, à teocracia onde as leis de um país estão diretamente ligadas a uma determinada religião, à democracia é a menos pior. E menos pior porque mesmo na democracia há possibilidade de haver à exclusão da minoria, ou seja, daquelas pessoas que não tiveram seus candidatos eleitos. Por isso, é que à democracia nunca foi e nunca será perfeita. Falando especificadamente do Brasil, aqui nunca houve genuinamente uma democracia. Se entendermos democracia como definiu Lincoln, é nítido que isso jamais existiu no Brasil. O que existe e sempre existiu aqui é aquilo que o doutor John P. Lucas chamou em seu livro ("Democracia e Participação") de "autocracia eletiva" onde o povo "exerce à democracia" em sua forma mínima e irrisória nas urnas, mas quem decide absolutamente tudo para o país são os autocratas, isto é, os políticos. O povo apenas vota, mas quem manda são os governantes sejam eles de espectro político de direita, esquerda, centro, etc. Não há o mínimo de consulta popular para saber o que de fato à população deseja para a sua nação. Eles fazem às leis, aprovam, alteram e pronto. Enfim, como doutor John P. Lucas finaliza em seu livro, “a democracia só pode florescer em um pais de bares,” quer dizer, no dia a dia das pessoas, no que por extensão, complementaria com: praças, clubes, guetos, igrejas, reuniões familiares, centros esportivos, acadêmicos, etc....