A Grã-Bretanha e o reconhecimento da marroquinidade do Saara revela "sinais particulares" do otimismo
Trata-se de muitas indicações e sinais britânicos ultimamente veiculados nos jornais, não oficiais, refletindo que o Reino Unido está próximo de reconhecer o Saara marroquino, sobretudo depois que a BBC tem publicado um relatório sobre o Marrocos, com o mapa do Marrocos integral sem ser adulterado, como acontecia anteriormente, considerando tais relatos uma possibilidade de o Reino Unido adotar essa decisão, seguindo o mesmo caminho a exemplo do seu aliado, Estados Unidos da América.
Desde o reconhecimento americano da soberania do Marrocos sobre o Saara, ano passado, muitas questões levantadas sobre a intenção da Grã-Bretanha de reconhecer o Saara marroquino, a exemplo dos Estados Unidos da América indo no mesmo processo e disputas internacionais, tornando todos as indicações no sentido do reconhecimento do Saara marroquino pela Grã-Bretanha.
Sr Al-Arousi: Se a Grã-Bretanha não adota esta decisão explicitamente, mas ao mesmo tempo age em conformidade.
A este respeito, Sr Muhammad al-Arousi, professor de relações internacionais da Universidade Cadi Ayyad, considerou que tais indicações refletem que a Grã-Bretanha está próximo de tomar uma decisão explícita em termos do reconhecimento da marroquinidade do Saara, a exemplo da abordagem americana, mantendo como a Grã-Bretanha as mesmas posições e estratégias no quadro das relações internacionais e integrações mundiais.
Sr Al-Arousi revelou ainda numa nota junto ao jornal eletrônico “Heba Press” que há uma grande aproximação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América, na gestão de muitos processos internacionais e regionais, após o Brexit, traduzindo as novas polarizações nas relações internacionais, bem como em relação a Marrocos e os Estados Unidos, considerando a posição da Grã-Bretanha, em relação com a posição do Marrocos na África e no Norte de África, como a porta de entrada para África e importante ator regional, aproximando permanente a América em relação a sua posição sobre a questão do Saara marroquino.
Tal professor de relações internacionais esclareceu sobre as novas polaridades, objeto das ameaças e oportunidades económicas e nas áreas de influência económica, bem como do conflito, uma das razões que levaram ao rompimento das relações diplomáticas da Argélia com Marrocos sem envolver não apenas o problema da do Saara, e da sua apreensão. E do ponto de vista da aproximação marroquino-britânica, levando a Alemanha a tentar minar o reconhecimento americano sobre o Saara marroquino, sobretudo no Conselho de Segurança, apontando o receio dos britânicos em favor dos minerais no Monte Trópico, cuja Alemanha necessita em muitas áreas e indústrias. Em relação às causas da crise da Espanha com Marrocos, os dois países voltam a assegurar tais relações de forma regular.
Tal porta-voz concluiu que não se pode ter a certeza da Grã-Bretanha tem tomado esta decisão definitiva ou explicitamente agora, mas ao mesmo tempo age na prática, através de diferentes medidas sem anunciá-las, considerando os esforços diplomáticos marroquinos, junto a Grã-Bretanha podem levar a esta posição no futuro próximo.
Sr Boden: As relações históricas entre os dois reinos e as oportunidades econômicas constituem algumas condições, entre outras, podendo reforçar esta decisão britânica
Por outro lado, Sr Mohammed Boden, como acadêmico e chefe do Centro de Análise de Indicadores Políticos e Institucionais, considerou que tais indicadores do Reino Unido podem ser lidos positivamente, mesmo se não foram oficiais, um dos meios básicos e ferramentas de soft power na Grã-Bretanha, considerando que a informação da BBC ou The British Broadcasting Corporation manter o mapa integral do Marrocos algo positivo e indicativo, com base nos relatórios dos centros de pesquisa e instituições internacionais, objeto do reconhecimento britânico do Saara marroquino.
Sr Boden, no comunicado junto ao jornal eletrônico "Heba Press", indicou que os contatos diplomáticos entre os dois países parecem positivos, algum tempo, cujos conteúdos e resultados do acordo tripartido entre Marrocos, América e Israel reforçam estes indicadores, uma vez que a Grã-Bretanha procura, a nível oficial, convencer da posição e das oportunidades de investimento no Marrocos, cujas possibilidades do mercado marroquino a nível agrícola, comercial e outros, apresentando um potencial desenvolvimento, do aspecto histórico, importante nas relações entre os dois reinos de Marrocos e do Reino Unido, cujas relações são bases das instituições reais, considerando o Marrocos, como um parceiro confiável.
Tal analista político sublinhou que o Marrocos procura fortalecer suas relações diplomáticas entre os dois países, nomeando embaixadores de alto nível. Em 1965, Sua Alteza Real a Princesa Lalla Aisha, irmã do Rei Hassan II, nomeada embaixadora do Marrocos em Londres, sendo, anos depois, a Sra. Jumana Alaoui foi nomeada na Grã-Bretanha, devido aos projetos realizados e a cooperação entre os dois países, destacados em muitas estações históricas, culminando com as relações de alto nível entre os dois países.
Concluindo que o futuro vai levar a Grã-Bretanha a seguir a abordagem de vários países, abrindo um consulado nas províncias do sul do Reino e reconhecendo a soberania de Marrocos sobre o saara. A exemplo dos desenvolvimentos importantes realizados na região, a posição oficial britânica vai no sentido do reconhecimento do Saara marroquino, uma nova face dada as condições e as capacidades do país abrir-se e desenvolver-se.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário, Marrocos