Marrocos, Argélia e Polisário no processo político do saara marroquino
A ausência de Ibrahim Ghali, líder da Frente separatista “Polisario”, da frente política interna após sua doença por meses longos tem agravado as condições de segurança e a crise social nos campos de Tindouf, à luz do surto de “Covid -19 ” perpetuando entre os residentes destes campos.
Os Moradores dos acampamentos de Tindouf reclamam, segundo as informações e a mídia, muitos problemas e sobretudo as frequentes interrupções de água potável por longos períodos, além do aumento do número de pessoas infectadas por coronavírus, no meio do sigilo da “Polisario”, sem respeito a situação de saúde.
Alguns activistas saharauis, se opõem à direcção da “Polisario”, criticando o aumento dos conflitos tribais entre as actuais lideranças, bem como entre o estado de saúde e o actual presidente, suscitando muitas questões entre os líderes da frente sobre a opção, a alternativa esperada , em termos da conquista de uma posição liberal do povo saharaui.
Situações terríveis
A este respeito, Al-Bashir Al-Dakhil, um ex-líder da Frente “Polisario”, considerando “o período do ex-presidente da Frente, Mohamed Abdelaziz, caracterizado por um grande apagão midiático, tornando a opinião pública saaraui sem nenhum meio pelo qual se pode explicar a situação difícil dentro dos campos de Tindouf, cuja Argélia responsável pela a imagem e da revolução e luta do povo.
Sr Al-Dakhil, num comunicado ao jornal electrónico Hespress, explicou que “a chegada do novo presidente, Ibrahim Ghali, suscitou muitos problemas, sendo uma pessoa fraca em todos os aspectos, na parte intelectual, sem poder de mudar ou trazer até uma só única vitória ou conquista em termos de gestão, mas ao contrário, acumulando muitas derrotas. “Talvez a última delas seja o processo de craqueamento.”
O pesquisador acadêmico, ex-fundador da Frente “Polisario”, destacou ainda que “a entrada de Ibrahim Ghali em território espanhol com passaporte diplomático forjado constituiu mais uma vez a derrota para a frente, pois sem uma liderança real, os dirigentes secundários podem levar o povo detido num estado tribal, face ao conflito da Polisário, ligado aos generais da Argélia.
Tal pesquisador sublinhou que “a Argélia busca tirar Ibrahim Ghali do jogo político após o acúmulo de decepções, levando-o propositalmente ao hospital espanhol, apesar de ter o conhecimento dos processos judiciais abertos contra sua pessoa em Madrid”, anotando que “a opinião pública entende que a Polisário caminha assim para um abismo”.
Tal porta-voz explicou que o "Marrocos conquista o respeito internacional, graças ao desenvolvimento das províncias do sul", face "aos esforços da Argélia canalizado no sentido de alarmar a região, livrando Ibrahim Ghali a Espanhol, objeto da crise diplomática entre Marrocos e Espanha."
Al-Dakhil concluiu que “o líder da Frente Polisario não sofre do vírus Corona, como afirma a Argélia, mas tinha uma doença maligna a tratar na Espanha ”, destacando que Sr “Ghali foi hospitalizado e ficou entre vida e morte, ninguém dentro dos campos de Tindouf ” tem como ajudar, “ o separatista da polisario ”. deixando a situação muito terrível e perigosa nos campos.”
Desintegração e organizacional
Por sua vez, Nofal Al-Bamari, pesquisador jurídico considera que os desdobramentos da questão do Saara refletem a má gestão e controle da Argélia, destacando que “a ausência de Ibrahim Ghali da cena pública nos campos desde, quando foi à Espanha e voltando aos campos, continua a incapacidade de liderar a organizar a Frente ”, objeto da ambigüidade no processo de paz face à realidade alarmante da doença perpetuante nos campos.
Al-Bamari, num entrevista ao Hespress, esclareceu que “o certo traduzido num difícil estado de saúde de Ibrahim Ghali, impedindo o liderar da milícia da frente vivir numa das piores fases da sua história política e organizacional; trata-se de uma situação turbulenta, cujo vácuo organizacional em vários níveis, vertical e horizontalmente, levando ao descontentamento popular entre os residentes do campo ”.
Tal pesquisador afirmou neste sentido que “as condições nos campos explicam a dificuldade da continuação dos meios de comunicação milicianos e argelinos envolvendo a guerra, encobrindo esta alarmante situação organizacional dentro dos campos, reflectindo o estado do caos internamente com o aumento do volume do terrorismo, praticado pelas milícias contra os moradores do campo ”.
Tal comunicado acrescenta a Hespress que “os campos voltaram a conhecer graves atentados e práticas de graves violações dos direitos humanos, impuníveis pelo direito internacional, classificados como crimes contra a humanidade”, considerando “esta turbulenta situação e a ausência de alternativa para a Ibrahim Ghali, como uma questão agravante para o futuro sobretudo ao processo político supervisionado pelas Nações Unidas;
Não há outro parte envolvida neste processo a não ser Argélia, e Polisário desintegrado organizacionalmente e falido politicamente.”
Lahcen EL MOUTAQI
pesquisador universitário, Marrocos