Depoente responde assertivamennte à CPI

O presidente Juscelino, referindo-se aos seus entrevistadores, já dizia que a pergunta teria de ser mais inteligente do que a própria resposta. O depoente de ontem, muito embora portando um habeas-corpus do STF, podendo ficar em silêncio para determinadas perguntas, não se valeu daquele tradicional - "me reservo ao direito de permanecer em silêncio"- Pelo contrário, erguia o habeas-corpus e dizia: "esta pergunta não faz parte do objeto da CPI".

É evidente que na ânsia de incriminar o governo, fazem perguntas capciosas ao depoente, já falando em "modus operandi" do Presidente, pelo que o depoente nada tem a ver. Ninguém pode responder por terceiros, imagine pelo Presidente, a mais alta autoridade do país. Para a pergunta ser inteligente, como dizia Juscelino, teria de ser sobre a responsabilidade do depoente, no que diz respeito aos fatos do objeto da CPI, vinculados à Pandemia.

Assim, inteligentemente, o depoente não respondia perguntas sobre terceiros , mas apenas de sua área, eximindo-se de fazer juízo de valor.

Como se diz no bom linguajar, um tapa de luvas no inquiridor ousado, cujas perguntas fogem do principal objeto da CPI.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 03/09/2021
Reeditado em 03/09/2021
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