A Ironia do Cajuru
Enquanto todos os inquiridores do motoboy, no depoimento de ontem à CPI, manifestaram sua crença no depoente, aquele cidadão simples, um trabalhador humilde, o senador Cajuru desrespeitou a fé e sua religiosidade, pedindo-lhe que fizesse juramento em nome dos filhos ou da própria mãe. Começou dizendo que seus colegas queriam canonizá-lo, por considerar verdadeiras as suas declarações. Ora, o juramento se faz em nome da própria consciência e não envolvendo terceiros, principalmente pessoas da intimidade, de afeto e de amor.
O depoente trazia consigo um habeas-corpus do STF, que lhe permitia ficar em silêncio e também desobrigando-o a prestar juramento, e ainda assim respondeu a todas as perguntas.
Com todo respeito ao senador, acho que dessa vez ele pisou na bola, não respeitando a consciência de um cidadão humilde, querendo forçá-lo a um juramento em nome dos filho.