UMA NOIVA EM DECOMPOSIÇÃO

Carlos Roberto Martins de Souza

"Mas nos líderes evangélicos do Brasil vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os seus moradores como Gomorra" - Jeremias 23:14. Em barracas de feiras livres, vendem-se pombos, bananas, mandioca, fumo, alface, peixe e tudo mais, a ordem é atender as necessidades do povão. Na religião, mais precisamente a evangélica, a coisa não é diferente, com um problema vergonhoso, pois a mercadoria oferecida não serve para nada além de iludir os descrentes que vivem da dependência dos tais produtos. Os feirantes sabem como enganar, e com um poder de persuasão imbatível, eles empurram qualquer porcaria como se viessem das plantações ou das fábricas celestiais. Nem Silvio Santos, com toda a sua papagaiada, vende o "Baú da in-Felicidade" com tamanho desempenho. Na igreja se vende até a alma ao diabo para alavancar a indústria da fé, e o mais grave, o satanás tem domínio completo dos negócios e das vendas. Uma coisa em comum a igreja e as feiras livres têm em comum, o dinheiro, só que na segunda, correm rios, oceanos e mares da grana. Para arrancar o bolso dos clientes, gente idiota que acredita numa troca remunerada com deus, os malandros pastores fazem malabarismos, mágicas, truques, simulações de curas e milagres, de conversa com o diabo, e muito mais, vale tudo. Estamos vivendo o momento mais negro do cristianismo no Brasil, depois das lambanças feitas na ditadura, quando a igreja fez contrato de porteira fechada com o regime, alguns desavisados acreditavam que a igreja evangélica e seus líderes criariam vergonha na cara, pois sob a tutela dos crentes e pastores, o regime militar cometeu atrocidades contra a população. Mas, como o que alavanca a igreja é o mercado da fé, e quanto mais aquecido, mais rende, a coisa não mudou, apenas os anos são diferentes, agora são os Malas, os Macedos, e outros milhares de traidores que conduzem a igreja para o inferno. A fé deste trapaceiros e a fé que move bons negócios pelo Brasil, basta olhar para os templos luxuosos, para as promoções para a prática da extorsão com venda de milagres, prosperidade e tudo mais, não há limites para a ganância e a molecagem desta gente, e o mais duro, estão amparados por uma lei que proíbe igrejas e seus mentores de serem investigados por seus crimes. Não há alternativa, os evangélicos não deveriam “pedir proteção a Deus”, mas sim, “perdão a Deus”, tamanha a molecagem que andam fazendo em nome Dele. Por ninguém acreditar na mensagem que os evangélicos pregam, nem no testemunho deles, pois fazem tudo errado, esta gentalha se viu obrigada a usar Deus como avalista de suas maracutaias e desventuras. Com a bancarrota da igreja, com a perda de credibilidade, com o abandono do "PRIMEIRO AMOR", a palavra dependência de Deus foi substituída por subserviência aos caprichos e domínios de políticos e de lideranças corrompidas. Só para lembrar que o profeta Elias meteu o dedo na cara do rei Acabe e disse: “Tu és o responsável pela desgraça do povo de Israel”. Eu meto o dedo na cara das lideranças e afirmo que elas são responsáveis pela desgraça religiosa e moral no Brasil. É estarrecedor para alguém como eu, que nasceu na igreja, ver a desfaçatez sendo usada livremente como forma de manipular a falta de discernimento do povão. Frequentei a igreja num tempo que a coisa era mais disfarçada, e havia algumas pessoas sérias, dispostas a observar a Bíblia como padrão de vida e costumes, no entanto, com o advento do mundanismo nos cultos, até estes foram contaminados. E, resumindo, a igreja entrou em coma profundo, ligaram nela os tubos do oxigênio da política, e aí, ao invés dela reagir, ela veio a óbito, morreu! E o estado de decomposição era tão grande, que o odor da desgraça se espalhou Brasil afora, não restando mais o que fazer, apenas lamentar. Então, se a Igreja morreu, vamos enterrá-la. Uma cerimônia de gala, compatível com o presunto foi pensada, a liderança quer mais festa, mais badalação, mais mídia, mais projeção no meio da boiada. Pensaram em cremação, mas nada seria capaz de queimar o corpo da Prostituta Falecida, nem o fogo do inferno, pois era algo ainda não visto. Resolveram enterrar num lugar nobre de beleza, mas pobre de moral e bons costumes. E aí, se convidou o povo para o enterro da Igreja em Brasília, numa cerimônia festiva, com a presença do Presidente Boçal Naro, artistas gospel - hic!, de políticos, criminosos, mercenários, trio elétrico, fantasias, muita cerveja, churrasco, e até drogas, sem contar os crentes, que em si, são drogas com o maior poder de destruição da mente, da moral e da vida espiritual. Ter contato com esta gente é um risco, pois os males e as bactérias do pecado que ocupam a alma e o coração deste povo são altamente contagiosos, com uma taxa de transmissibilidade de 100%. Chegou perto, se não tiver sido imunizado com a verdade, vai se lascar, pode encomendar a caixa de depósito de resíduos, o famoso caixão. Quando vejo um crente, ou evangélico, logo me pergunto quem é Deus na vida daquela pessoa? A resposta é ônibus, nada! Absolutamente nada! Apenas um figurante de palco! Como os supermercados, as Igrejas disputam clientela. A diferença é que eles oferecem produtos mais baratos e, elas, prometem alívio ao sofrimento, paz espiritual, prosperidade e salvação… das dívidas! Deus é um office-boy da crentada, e principalmente dos líderes, eles usam o Senhor como senhor de suas trapaças, de suas tramoias e de seus golpes, brincam com Deus, como se ele fosse, uma bola de futebol, onde, na base do chute, todos querem fazer um gol. "Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo no Brasil" - Jeremias 5:30. E põe espantosa nisto, virou um terror este negócio de igreja no Brasil, a palavra escândalo nem cabe nesta pocilga, não há no dicionário um termo que identifique as molecagens que as lideranças andam fazendo. Chamar de horrenda é elogio, é pegar leve, na verdade eles patrocinam uma carnificina espiritual, são açougueiros que destrincham suas presas sem piedade alguma, até com deboches. Tem até uma talagada de "COPO COM ÁGUA" benzida pelo diabo para brindar as façanhas dos espertalhões. No meio evangélico a coisa é hilária, criaram até o "Combo da igreja", ele vem com promessas falsas, venda de terreno no céu, venda de amuletos, dinheiro fácil, milagres duvidosos, divertimento. É a "graça" que não é de graça, é paga, e só ganha alguma coisa quem paga, quanto maior o valor entregue, maior o "Combo", e tem os que vendem até as peças íntimas para agradar aos deuses da fé, aos banqueiros de Cristo. Vi uma pessoa, que, em nome do "Deus mandou", vendeu o barraco e entregou tudo na igreja. Sem ter onde morar, está sendo despejado, pois não consegue pagar o aluguel, estão até fazendo vaquinha para ajudar o miserável idiota. E aí ele ainda canta: "Andar com fé eu vou, que a fé não custuma faiá"! Ô lê, lê! Vivemos um "Show Business" religioso no espetacular mercado da fé, nele, promoções não faltam, basta sintonizar um canal na TV, desses que são sócios da igreja, e você vai encontrar um Bispo, um Pastô, um cambista, um comerciante… É esta gentalha que, por poder de persuasão, por manipulação psicológica, levaram os miseráveis ouvintes e sócios das igrejas, a colocar o miliciano Jair Mentindo Messias Boçal Naro no poder. Prometeram que se o canalha ganhasse, Deus iria recompensar seus fiéis e a igreja. Agora o resultado está aí, com a derrota já anunciada do tal presidente, a desesperada crentada manda os idiotas para as ruas, já prenunciando uma derrota acachapante que teriam que explicar, o porque Deus não cumpriu a sua parte no combinado. A igreja é especialista em massas, sabe manipular, temperar, e assar. Só se esquecem que a batata podre da igreja está na brasa, assando lentamente. Este é o Brasil evangélico! Não "CRISTÃO", óbvio!!! O Brasil de Bolsonaro é o país em que o povo evangélico passa fome à luz de velas, toma banho com água esquentada no fogão a lenha, volta a andar, ou a pé, ou de bicicleta, e até mesmo de animal. E vai comer o pão que o diabo da igreja evangélica amassou e assou nós formos da imoralidade religiosa. A Porteira Caiu! 7 de Setembro vai ser o Dia da vergonha do cristianismo, do vexame evangélico, do deboche ao cristianismo. Imagino Jesus na cruz vendo esta bandalheira sendo feita usando o seu nome, com certeza ele deve estar bradando: "Pai! Perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem". Judas deve estar dando gargalhadas no túmulo, pois hoje, século 21, traidores se espalharam em milhões pelo Brasil, e todos com a faixa de crente na testa. A podridão na igreja é tamanha, que nem a pobre e coitada da baleia, aquela que engoliu Jonas, não aceita comer um só evangélico, pois poderia morrer de indigestão. Acho que já passou da hora de uma nova e profunda reforma na igreja, aquela de Calvino morreu, já era, não serve mais, chegou o momento de, não reformar, pois não acredito nisto, mas de trazermos de volta o cristianismo do Novo Testamento, sem remendos, sem maquiagens, sem adaptações. É preciso deixar claro neste momento, quem presta apoio e submissão a Bolsonaro é partícipe de seus crimes. E nossos púlpitos estão permeados de criminosos, gente que está usando a igreja para suas falcatruas e aventuras políticas. O que me deixa atônito são as ofertas de apoio aos atos da presidência da república feito pelas igrejas e suas lideranças, ou donos, em troca de terem seus pedidos atendidos. Pedidos como, perdão de dívidas milionárias, cargos nas várias esferas do poder constituído, livre trânsito nos corredores do Planalto, e apoio do Boçal Naro. E o pior, fizeram essa lambança em nome da Igreja, o que é crime contra a fé e contra Deus. No popular, pecado!!! Assombroso!!! Para "os líderes evangélicos", tal oferta é investimento, uma aplicação rentável na Bolsa das Trapaças, óbvio, para as contas bancárias das denominações e dos impérios religiosos. Segundo os vendilhões do templo, trazer políticos para o altar é investir em si próprio e na irmandade de fiéis, pois eles defendem a igreja de ataques de comunistas ou esquerdistas. Eles não se envergonham em proclamar, que para esta oferta de apoio da igreja, vale a lei do "toma lá, dá cá", comum no meio dos crentes. Para combater uma suposta "ideologia do comunismo", supostamente passada pela esquerda, eles pregam uma suposta "ideologia da ditadura", tanto política, quanto religiosa. É a nossa velha conhecida "teologia da facilidade", ou da felicidade, obtida numa relação promíscua entre o sagrado e o profano. Lamentavelmente não tivemos a maturidade suficiente para gerenciarmos a descoberta de que o Reino dos Céus começa aqui, e não somente na vida vindoura. Muito rapidamente, trocamos o conceito bíblico de Reino dos Céus, pela nossa velha e mesquinha idéia egoísta de conforto e prazer. Pensar em perseguição em nome da fé em Deus não atrai crentes, morrer por amor a Cristo, nem pensar. Ser torturado pela profissão de fé cristã não passa nos miolos cheios de detritos dos fiéis. Certamente falta muito discernimento. É preciso discernir entre o bem e o mal, entre o evangelho puro e singelo e o falso, do engano. Entre Deus e a política, entre o sagrado e o profano. A igreja se aliou aos poderosos, e hoje, lamentavelmente, é um puxadinho do inferno, onde o síndico é o diabo. Instalada nas favelas da fé, ela se sente confortável por ter que se mover pelos becos da criminalidade da milícia religiosa. Ao contrário dos primeiros cristãos, que davam a vida para salvar almas, os evangélicos dão a alma ao diabo para matar pecadores que não se identificam com as ideologias políticas da igreja. A igreja precisa sair das sombras do poder político para a sustância da palavra genuína do evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Que hoje, por decepções e falta de credibilidade, ninguém, nem eu, acreditamos. PS: Se você comunga destes pensamentos, defende o cristianismo, espalhe este texto, pois, só assim, poderemos levantar a bandeira da moralidade religiosa no Brasil.