A MILÍCIA EVANGÉLICA

Carlos Roberto Martins de Souza

Que a igreja evangélica hoje é um remendo de mundanismo e politicagem, disto ninguém tem dúvidas, há muito, esta gente desequilibrada se vendeu aos caprichos do inferno, daquela Noiva do Cordeiro lá do Novo Testamento não sobrou nada, tudo foi queimado nas fogueiras da relação promíscua com o profano, com o mundo do diabo. Nem mesmo o nome é lembrado, e tem uma razão, pois aquela NOIVA era séria, verdadeira e fiel representante do Reino de Deus. A roupa desta prostituta de hoje é de tecido pirata, importado do inferno, ela não sabe o que é seriedade, se alimenta de mentiras e representa o Estado, pois foi ela quem elegeu seu Messias para presidente. Tomada por milicianos políticos e por mercenários, ela é um covil de ladrões e salteadores, e só sobrevive, pois fez aliança com o inferno. Ao defender o "Al Capone de Cristo", Boçal Naro, os evangélicos deixam claro qual é o reino que os crentes e suas lideranças defendem, o Das Trevas. Deixa evidente quais são os objetivos que os tais evangélicos têm como comunidade. A igreja tem pouca ou nenhuma influência no mundo, pois o mundo tem toda a influência sobre a igreja. Vivemos tempos do da fé instantânea, esta fé dispensa o passado, garante o futuro e dá ao homem a liberdade de desfrutar o mundo sem nenhum compromisso com a palavra de Deus. A igreja está tão envolvida com o mundo, tão perdida, tão embaraçada, que os crentes não notam o quanto se afastaram do padrão de igreja do Novo Testamento. Há concessões de todas as partes, líderes e liderados. O mundo evangélico se vendeu ao mundão, pior, se aliou a quem um dia, sem qualquer motivo, levou Cristo a cruz, a política. O poder conquistou a igreja e fez dela uma banca de negócios do jogo político. Os bicheiros transformaram os templos em pontos de venda e apostas. Ela está tragicamente abaixo do padrão do Novo Testamento, e de Deus. O mundanismo é parte aceita do modo de viver dos evangélicos, a vida religiosa e social tem mais valor que a espiritual. Perdemos a arte da adoração! Não produzimos santos! Produzimos párias, bajuladores, conformados, acomodados, escravos de pastores, gente que não estuda a Bíblia, apenas aceita passivamente o que os mercenários pregam como verdades suas.

Tudo do que se passa por Cristianismo hoje nada, mais é do que uma verdade objetiva adoçada para se tornar agradável ao paladar religioso. O deus do entretenimento está por toda a parte do ritual de culto, e o barulho não pode faltar. Não é estranho que numa hora em que o mundo clama por esperança, por pessoas comprometidas com a verdade, numerosos crentes voltem para a política partidária e clamem por brinquedos religiosos? Não é perturbador ver os tais pastores fazendo proselitismo político e alianças com o inferno para apoiar bandidos como presidente? Tenho percebido que se a igreja não tiver uma pitada, pelo menos, do mundo nas suas atividades, ela emperra, ela não vai a lugar nenhum. O deus do entretenimento político diverte os seus devotos, principalmente lhes contando histórias de ficção religiosa, inventando revelações e pregando facilidades. Uma coisa está muito clara, se a igreja não consegue vencer o grande deus entretenimento politico, então achou melhor se aliar com suas forças às dele, e fazer o uso que puder dos poderes dele para alavancar seus negócios. Depois da deposição do Boçal Naro, o Messias dos evangélicos, a igreja vai precisar de autópsia, e não de autocrítica, e ao final desta confusão em que se meteu, vai testar sentar nas cinzas e se vestir de sacos. A igreja se despiu dos valores estabelecidos para ela no Novo Testamento, para se fantasiar a moda do carnaval político, assim, com suas vestes escandalosas, ela foi para a avenida desfilar na festa da imoralidade e das falcatruas, se achando a rainha da passarela. Com samba enredo "Somos Todos Irmãos", os evangélicos aceitam qualquer bagaça na igreja, desde que ajudem a sustentar, com dízimos e ofertas, as bizarrices das lideranças. Tem mais um detalhe, o sujeito não precisa aceitar a Cristo como salvador, basta se declarar partidário do presidente, o tal Bolsonaro. Nunca no cenário brasileiro existiram tantos evangélicos. Nunca no cenário brasileiro existiram tantas igrejas, mas nunca, também, no cenário brasileiro se detectou tamanha má qualidade de vida cristã! O nível é tão baixo, que nem por baixo dá para nivelar, é muita porcaria junta e espalhada pelos templos e telas das televisões. É que ser evangélico virou moda, basta dar uma olhada na qualidade do testemunho de uma grande parcela dos crentões de hoje, para se chegar a esta triste conclusão. Chega a provocar asco o número dos ávidos por bênçãos, milagres, festas, politica e eventos atrativos promovidos por todos os cantos usando o “batismo com o Espírito Santo” como forma de impressionar. Neguinho embolando a língua, caindo estatelado, se batendo nos assentos e paredes dos templos, multidões aos pulos e gritos nas concentrações de grandes e médios eventos. Convocações para que os pobres fiéis, desprovidos de raciocínio, possam participar de eventos políticos, não pelo cristianismo, mas pelo partidarismo imoral abraçado pelos ladrões e salteadores que tomaram a igreja de assalto. Vale qualquer coisa para salvar o bolso e o emprego dos tais pastores. E eles estão desesperados, pois se percebe que foram abandonados por Deus, é isto fica evidente no resultado numérico de conversões pelos sermões pregados por estes ilusionistas. Lotam igrejas, arrastam multidões, mas na hora de provar que é um cristão genuíno, na hora de provar que evangelismo autêntico se faz é com a vida, e não com genuflexões, cadê os evangélicos? Cadê os batizados com o Espírito Santo? Cadê os que mecanicamente saúdam com a Paz do Senhor? Viram a cara e até te denigre porque pertencem a outro grupo político diferente do que o pastor deles defendem, fazem falcatrua com o erário público quando exercem um cargo de político, buscam vantagens em detrimento da fraternidade, agarram-se ao fútil e esquecem-se do perenal! Bom não é ser evangélico, mas ser cristão. Bom não é ser religioso, mas ser cristão genuíno. Bom é seguir a Jesus com o apego da verdade e não com apego à igreja. Bom é amar sacrificialmente o próximo e o irmão em Cristo e não só o membro da igreja. Bom é não tomar a cor do meio onde precisamos estar, mas influenciarmos o meio em que estejamos com a cor e o aroma de Cristo. Bom é não contabilizarmos falhas, mas liberarmos o perdão. Bom é não termos partido político, mas partido de Cristo. Enfim, não entre na moda de ser evangélico, mas faça evangelismo com a sua vida! Seja CRISTÃO, não um acomodado. Incomode o mundo com seu testemunho e não com barulho político. É duro dizer isto, mas a igreja hoje escapa do capeta e cai no colo do demônio. E o mais grave, não percebo ninguém incomodado com a gravidades deste problema, pelo contrário, os evangélicos estão preocupados em defender um cidadão de origens duvidosas, um aproveitador que sabe manipular e usar a igreja para alcançar seus objetivos políticos e não os do reino de Deus. Fizeram da igreja um condomínio e elegeram o diabo como síndico! Agora, resta esperar a hora do enterro, pois o velório da "Prostituta do Bode", e não a "Noiva do Cordeiro", já está em andamento.