VOTAR É COMO ESCOLHER UM " MENU"
Estava pensando sobre.
Quando a gente entra num restaurante, a primeira coisa que ocorre é olharmos o menu.
Nele, a gente avalia uma conjunção de fatores que nos garanta saciar a fome com uma dose de prazer.
Portanto, a alimentação é imprescindível.
Então, olhamos os pratos oferecidos, os acompanhamentos, a sobremesa, as bebidas, os nossos gostos preferidos e os preços.
Para chamarmos o garçom é preciso que façamos a escolha dentro das nossas possibilidades.
E quantas vezes abrimos mão dum gosto totalmente realizado em função de outros quesitos?
Não há como sair dali sem pagar a conta que caiba no nosso bolso.
Em analogia, votar é exatamente esse processo.
É preciso olhar atentamente o MENU.
Nem sempre ele nos traz o tudo que precisamos ...num prato só.
Portanto, é preciso olhar com acuidade o preparo do prato, a higiene do local, o que melhor apetece ao clima do momento, avaliar seu currículo de preparo no passado, seus ingredientes, seus acompanhamentos, o que combina com o que, a quantidade de temperos e nutrientes , sua palatabilidade, sua digestibilidade e , principalmente, seu preço.
Igualmente num restaurante, ninguém pode sair duma urna sem pagar o preço.
Mesmo que seja pago pela vida inteira!
E quantas vezes nada dali nos apetece?
Do mesmo modo que não se pode sair dum restaurante cambaleante de todas as fomes também não se pode sair das urnas embriagado pelos prazeres de todas as falsas ilusões.
Caso não consigamos optar por algo que, por quaisquer motivos alheios a nossa vontade, nos alimente, melhor mesmo é levantar, pedir desculpas e sair a francesa.
Porque é impossível apenas paliar uma fome insaciável e acreditar que acertou na escolha do Menu.
Há pratos que desandam e portanto não é de bom tom insistir na escolha.
Lembrando que todo Menu contaminado faz mal à saúde.
Se no restaurante a barriga estiver vazia que na urna a consciência esteja plena.