UMA QUESTÃO DE COERÊNCIA
UMA QUESTÃO DE COERÊNCIA.
O discurso do perdão é por demais comovente, envolvente, parece ser uma voz unissona. É tão facil de se deixar levar por essa palavra, por esse clamor cristão que não tem quem não se compadeca por esse apelo chantagista. Pois é, quem não perdoa não tem uma morte sossegada, quem não perdoa cria doenças para si mesmo.
A vítima ou as vítimas pode ou podem sofrer, sofrerem, aguentar, aguentarem tudo que o algoz, algozes submete, submetem. Quanto aos os opressores não têm nenhum tipo de sentimento de arrependimento, enquanto que o padecedor é obrigado de um modo geral perdoar pela pressão social se comover e se sentir culpado por não perdoar seu opressor.
Acho muito contraditório as pessoas que enviam mensagens sobre o perdão citando Nelson Mandela como exemplo de um ser humano que perdoou seus opressores.
Contudo, não vi ninguém, principalmente da esquerda mostrar qualquer tipo condescendência para com o torturador Ustra que tem Bolsonaro como seu grande admirador.
Gostaria de saber se daqui alguns anos eses pregadores do perdão terão o mesmo olhar que têm para com o gesto de Nélson Mandela quando toda essa turbulência terminar em que Bolsonaro está proporcionando em nossas vidas. Vão está com seus corações abertos para esquecerem tudo. Assim cita Mandela: "As mentes que procuram vingança destroem os estados, enquanto as que buscam a reconciliação constroem nação. " Então construamos a reconciliação com Bolsonaro e com os que estão na linha de frente de toda essa bagaceira que ora se vive no Brasil.