Os sete tiros no pé de Bolsonaro

Os sete tiros no pé de Bolsonaro

Félix Maier

Triste sina, a do Brasil, ter que escolher entre o maior ladravaz da história do Brasil e um maluco, se as eleições fossem hoje.

Conheço pessoas que quase choram quando se fala no Presidente Jair Messias Bolsonaro. Imagino a decepção desses cidadãos, que votaram no Presidente, contra a volta do PT, e viram ele dar um tiro por dia no próprio pé, de tal modo que Lula voltou a ser uma assombração, com providencial ajuda do Instituto Lula, vulgo STF.

É claro que Bolsonaro já estava condenado ainda durante a campanha presidencial. Ele não atendia à esquerda, infiltrada em todos os ramos da sociedade, nem mesmo aos empresários, desde 1500 pendurados no úbere federal. Até tentaram matá-lo a facada. A grande mídia não parou um segundo sequer de persegui-lo depois de eleito. Os Torquemadas da CPI da Pandemia no Senado já o jogaram na fogueira e absolveram o verdadeiro culpado pelas mais de 500 mil mortes no Brasil, a Peste da China. A perseguição contra o presidente não dá trégua, numa patifaria nunca antes visto na história do Brasil, com destaque para a Rede Globo e a Folha de S. Paulo. E de ações levadas por partidos da extrema esquerda ao STF, onde são acolhidas com presteza e alegria, para detonar atos de prerrogativa única do presidente Bolsonaro ou incriminá-lo em algum crime de prevaricação, como o referente a uma possível corrupção no Ministério da Saúde envolvendo a vacina Covaxin.

Afinal, que tiros foram esses que Bolsonaro deu no próprio pé? Hoje é fácil falar sobre o passado, principalmente quando se trata de uma pandemia mortal em que todos batiam cabeça, a começar pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS). A posteriori, qualquer idiota como eu sabe fazer tais críticas. Mas, com uma diferença: muitos desses tiros no pé eu não teria dado, muito menos o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

Vejamos alguns desses disparos que estão derretendo o apoio ao presidente e que deixaram tantos brasileiros perplexos:

1. O primeiro tiro no pé foi Bolsonaro não criar um gabinete de crise permanente para enfrentar a pandemia da Covid-19, com a participação dos governadores e dos prefeitos das capitais. Essa coordenação do Executivo Federal jamais foi proibida pelo STF, como muitos alegam. O que houve foi uma guerra declarada de muitos governadores contra o presidente, especialmente os do PT, PCdoB e PSB do Nordeste, e os do PSDB em São Paulo e no Rio Grande do Sul, aos quais Bolsonaro revidou com vigor, em vez de tentar apaziguar os ânimos e se impor como presidente pela autoridade e pela moderação.

2. O segundo tiro foi arranjar uma briguinha de adolescente com o governador João Doria em relação à vacina Coronavac, uma parceria do Butantan e da Sinovac, da China. Na época, Bolsonaro apostava todas as fichas na AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz. Até parecia que os dois estavam discutindo quem tem o bilau mais comprido.

Há um milhão de motivos para condenar o regime comunista chinês, assassino por natureza, como fez o ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo, o deputado Eduardo Bolsonaro e outros. Porém, essa inabilidade diplomática foi de uma estupidez sem tamanho, já que o Brasil depende de insumos (IFA) daquele país para produzir vacinas da Coronavac, incluindo o IFA da AstraZeneca, também produzido na China. O resultado? A China atrasou propositadamente a entrega de IFA, não se importando com a morte de milhares de brasileiros. Coisa de comunista criminoso ( desculpem o pleonasmo), um boicote próprio de assassinos.

A ironia foi Bolsonaro ver que os primeiros milhões de vacinas que chegaram no braço dos brasileiros foram as da Coronavac.

3. O terceiro tiro no pé foi Bolsonaro não usar máscara, antes e depois de contrair a covid. O Presidente deveria ser o primeiro a dar o exemplo aos brasileiros, não se comportar como um moleque rebelde.

4. Outro tiro no pé foi Bolsonaro desdenhar das mortes por covid, não demonstrando solidariedade e empatia com as pessoas enlutadas, dando respostas estúpidas aos repórteres, do tipo "é uma gripezinha", "e daí?", "eu não sou coveiro", "um dia todos morrem", "eu sou Messias, mas não faço milagres", além de chamar os que tinham medo da doença de "maricas".

5. O quinto tiro no pé foi participar de aglomerações de manifestantes que lhe davam apoio, pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do STF, e a volta do AI-5, seja a pé, seja de moto, incentivando todos ao ajuntamento e ao não uso de máscaras, um prato cheio para a propagação do vírus, como sempre alertaram os cientistas, os médicos e os infectologistas.

6. Outro tiro no pé foi não agilizar a compra de vacinas de outros laboratórios, como da Pfizer, Moderna, Janssen etc. Esse tiro, junto com outros cartuchos detonados, deu origem à CPI no Senado, onde a oposição tem maioria e está fazendo uma festa em cima dos caixões dos mortos por Covid-19 - o relator Renan Calheiros mostra numa placa atualizada, diariamente, em cima de quantos caixões eles estão dançando enquanto qualificam Bolsonaro de "genocida".

7. O sétimo tiro não foi dado no pé por Bolsonaro, mas na própria bunda, ao tentar diminuir o valor da vacina para acabar com a pandemia, dizendo que ninguém é obrigado a tomá-la, que é preferível se infectar e vencer a doença por defesa natural de anticorpos, chegando a uma imunização natural, a de rebanho, junto com medicamentos para tratamento precoce, como ele disse ter usado e se curado, ainda que ele não possa comprovar tal afirmação. Esquece Bolsonaro que uma infecção generalizada no País levaria a vários milhões de mortes (4 milhoes? 5 milhões?), com o colapso total dos hospitais, funerárias e cemitérios.

O leitor que acompanhou até aqui este textão pode acrescentar outros tiros ouvidos na Mídia Antifa, aquela mídia fascista que se diz antifascista. Com certeza, são muitos. Infelizmente, são disparos indefensáveis, na maioria das vezes ditos em linguagem própria de pinguço do bar do cuspe grosso, não de um ocupante do Palácio do Planalto.

Como disse alguém, com muita propriedade, "o Presidente não se ajuda". Com isso, está ajudando a oposição, que está cada vez mais excitada com a volta do ladravaz, em passeatas pedindo o impeachment, que aumentam a cada semana.

Até quando teremos que viver nos equilibrando no arame desse picadeiro chamado Brasil, sem rede de proteção para suavizar o tombo? É muito triste ter que escolher entre um megaladrão e um maluco.

Muitos já torcem para que haja o impeachment de Bolsonaro, de modo que o general Mourão assuma o comando. Que você acha?