DEMOCRACIA IN VITRO
DEMOCRACIA IN VITRO
Valéria Guerra Reiter
A ciência não tem pátria. Louis Pasteur revelou.
Ele foi o cientista que prosseguiu além da refutação; em se tratando da abiogênese; ele criou o processo que em sua homenagem foi chamado de pasteurização.
Até que sua determinação gerasse experimentos pertinentes, que viessem a refutar a tese aristotélica de que “montes de roupa” originam seres orgânicos - Francesco Redi e Spallanzani
Afirmaram que da carne (em frascos) nasciam moscas...
O saber científico não é estanque, ele precisa de tempo para OBSERVAR,EXPERIMENTAR, PROVAR E COMPROVAR; e durante este ciclo de investigação científica: se localiza o senso comum fazendo frente ao senso crítico. O último se constitui em uma das chaves da iluminada e iluminista ciência que carrega como estigma, muita das vezes, um desserviço advindo do comando capitalista; que deseja o lucro acima da vida. As sombras vistas pelos homens presos na caverna (no mito de Platão) podem muito bem representar a pre-ciência e a presciência em ação.
Dia 11 de junho de 2021: a lendária instituição do Senado realiza mais uma oitiva da CPI DA pandemia do novo coronavírus e seu banco abriga (na atualidade) a oficial: ciência moderna. E da boca de seus doutores escapam relatos metodológicos que revelam que (embora pragmática); a ciência por vezes em sua historicidade ficou submissa ao status quo; com sua democracia in vitro.
A guerra de todos contra todos é um fato; especialmente no hoje, e no Brasil: onde ela elimina a igualdade no front da Desigualdade instituída e alimentada pela alienação de brasileiros bolsonaristas ativos no cenário desumano dos desenlaces planejados pelo apogeu do SISTEMA DESIGUAL E COMBINADO detectado por Trotsky. Derrubar este sistema parece utopia humana. Nem o estoicismo conseguiu. Somos cobaias. Somos experimentos vivos. Uns mais que outros, é claro.
A igualdade? Deveria inexistir como signo; pois sua significação sai da nuvem do pensamento e perde a lógica do seu sentido correspondente no mundo real, como validação semiótica do referente. Afinal, Humberto Eco disse que podemos mentir a partir dos signos.
A semiótica também é ciência; e como tal poderá aplicar o método hipotético dedutivo de Popper; e vale lembrar que o conhecimento científico não é a verdade absoluta; ou seja o cientista sempre é levado ao mais elevado grau de ceticismo sobre determinado assunto.
O processo de pesquisa apresenta três momentos: problemas, conjecturas e falseamento
Este é o pensar dentro da academia, ou universidades. E David Hume nos assegura que ver cisnes brancos o tempo todo não garante cientificamente a não existência de cisnes não brancos. Tal fato observado por Popper nos levou ao Método supracitado. O que realmente esperamos da ciência é que suas descobertas; especialmente no campo da prevenção alcancem de forma igualitária as cobaias do capitalismo que de forma criminosa em meio a pandemia letal se penduram em ônibus abarrotados para continuar sob o viés de infame e mascarada DESIGUALDADE. Que todos nós possamos receber o remédio ou a vacina de ponta. Com garantias de vida; e não com a patente “de cobaias testadas” no tubo de ensaio de qualquer determinismo científico que se coloque a serviço dos capatazes obscurantistas do capitalismo e seu Mercado.
O povo precisa saber que não existem só CISNES BRANCOS.
#JORNALISMOHISTÓRICO
#LEIABRAZILEVIREBRASIL