A crise entre Espanha e Marrocos persiste, e envolver a União Europeia descartável!

crise política entre Espanha e Marrocos, iniciada desde mais de dois meses, cujo problema en volta da recepção da Espanha de um separatista da frente da Polisário, com documento falsos e usurpação em flagrante irregularidade, e violações dos direitos humanos, sendo acusado de atos de estupro, volência e terrotismo internacional.

Tal crise retomada, na véspera da votação do Parlamento Europeu esta quinta feira sobre uma resolução, pretendendo condenar o Marrocos na questão do "uso de menores  na cidade ocupada de Ceuta",

Diante disso, Rabat reiterou a sua rejeição da tentativa de Madrid envolver a União Europeia numa disputa bilateral particular, longe de uma resposta convincente sobre os crimes do dito separatista, hospitalizado por quase um mês na Espanha com a complicidade da Argélia.

Sr Nasser Bourita, Ministro das Relações Exteriores, da Cooperação Africana e dos marroquinos residentes no exterior declarou. quarta-feira passada, que a posição de Marrocos é clara sobre os desdobramentos da crise com a Espanha, cuja uma cópia entregue à imprensa, 31 de maio, na véspera na qual o separatista, Ibrahim Ghali compareceu perante a Suprema Corte de Madri.

 

Na margem de uma conferência de imprensa após receber o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio, Peter Sigarto, Bourita sublinhou que a crise entre os reinos espanhol e marroquino não começou com a chegada do líder da Polisario a Espanha ou com a sua saída, reiterando que as raízes da a disputa são relacionadas com o grau do respeito à parceria entre os dois países vizinhos.

Sr Bourita rejeitou as tentativas da Espanha envolver a União Europeia no processo por uma questão de imigração irregular considerando que a crise bilateral e política envolve  a Espanha, e não com a União Europeia, tais tentativas espanholas desesperadas visam a desviar a atenção das verdadeiras causas,  raízes da disputa entre os dois países.

O chanceler marroquino afirmou que a tensão com a Espanha ainda continua a existir enquanto as principais causas da disputa mantidas, lembrando que "a solução deve vir de Madrid, objeto dessa tensão, e não Rabat", conforme o Ministro.

Sr Bourita acrescentou que, nos últimos anos, o Marrocos desenvolveu múltiplas parcerias com a União Europeia,  reconhecendo o papel principal de Marrocos no dossier migratório,  envolver o lado espanhol da Europa no conflito não vai ajudar a encontrar uma solução do litígio entre os dois países.

O Parlamento Europeu ia nesta quinta-feira, analisar e apreciar um projecto de resolução sobre a invasão marroquina da cidade ocupada de Ceuta, tal projecto considera a área ocupada “uma cidade europeia cuja segurança cabe à União Europeia proteger”.

 

No domingo passado, o Presidente do Parlamento Habib El Malki expressou o seu “espanto” e “decepção” com a inclusão de um projecto de resolução no Parlamento Europeu sobre “alegado emprego do Marrocos de menores” numa crise migratória em Ceuta, sublinhando que tal iniciativa é totalmente incompatível com a qualidade da cooperação existente entre o Parlamento marroquino e o Parlamento Europeu.

Al-Maliki sublinhou que "a Câmara dos Representantes, acompanha de perto esta questão, esperando que o espírito de parceria construtiva prevaleça e que o Parlamento Europeu não caia na armadilha da escalada."

Concluindo que os deputados espanhóis nos corredores do Parlamento Europeu pretendem pressionar, através de uma resolução, condenando o Marrocos na questão do afluxo de milhares de migrantes irregulares na cidade ocupada de Ceuta.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 10/06/2021
Reeditado em 10/06/2021
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