A Alemanha:  a abordagem marroquina objeto da resolução das crises?

Diferentemente do primeiro congresso de Berlim na qual  a Alemanha tem excluído o Marrocos e Tunísia de participar nos  trabalhos,  esta vez ele enviou um convite a Marrocos para participar numa conferência, reconhecendo o papel preponderante  da abordagem marroquina para resolver a crise da Líbia.

Considerando o Diálogo Líbio-Líbio, único meio capaz de levar a um consenso entre estas partes. Além do papel central  da aproximação entre os pontos de vista dos líbios, destacando a força da influência marroquina na promoção da causa líbia, no sentido de encorajar essas partes, cujo resultado atender a credibilidade, patrocinando os diálogos anteriores, diante do fracasso do ocidente, para alinhar as partes desta crise.

A Alemanha tentou na primeira conferência de Berlim convocar os apoiadores das partes da crise para discutir a crise e as possibilidades de resolvê-la, cujo resultado chocante, cuja principal recomendação da conferência foi de eliminar as partes do conflito sobretudo das forças petrolíferas, tendo em vista não prejudicar os interesses.

O mundo ocidental pretende levar a outros diálogos, revelando o sentido tomado nesta reunião centrada principalmente sobre como garantir o escoamento do petróleo líbio apenas.

 As questões de construção do novo estado líbio, baseado sobre a estabilidade e reconciliação, dependem das manchetes longe de qualquer meio do consumo mediático, ou propaganda consumista.

O Marrocos foi sempre presente na zona do Magrebe Árabe,  concentrando-se nas prioridades dos aspectos humanitários e na construção do estado líbio, parte do mundo Árabe,  buscando levar o povo líbio a avançar, materializando a segurança e a paz, meios capazes avançar junto com os organizadores da conferência. 

Tratando com aqueles que não compreenderam a mensagem de Berlim, sobretudo após o fracasso da sua conferência da Alemanha, anotando o papel do encontro dos líbios em Bouznika e da conclusão de acordos e entendimentos, dizendo respeito a vários aspectos, da soberania, do poder, da economia, do petróleo e outros.

Depois disso, as tensas relações entre o Marrocos e a Alemanha se explicam pelo fato de não convocar a conferência de Berlim, cujas implicações revelam as enormes divergências das partes?

Ninguém pode contestar a força econômica e política da Alemanha na Europa e no mundo, mas ao mesmo tempo ninguém pode argumentar que o Marrocos de hoje não é o Marrocos de ontem, segundo Nasser Bourita, referendo a crise do Marrocos com a Espanha, como explicar o convite para um hóspede, inimigo, cortador do vínculo do país em questão? 

O anfitrião, intruso, por semanas, aumenta as divergências entres as partes, sem explicação ou motivo lógico, contra a estabilidade  na zona, objeto do país convidado de um separatista, contro o Marrocos desempenhador de um peso  no processo da segurança e paz na região como tudo.

Até hoje tem um peso na equação das relações da bacia do Mediterrâneo e da África, maiores do que o esperado, por exemplo para Alemanha e  Espanha,  percebendo, infelizmente tardiamente o papel do Marrocos, a exemplo no sentido de explicar este convite dirigida ao Marrocos para participar da conferência, depois de ter sido ignorado na primeira versão da conferência do ano passado.

Diante deste processo de revisão alemã e de seus planos em relação à Líbia, bem como em relação a Marrocos,  sendo um gesto de boa vontade para reenviar o processo das relações bilaterais marroquino-alemão após a eclosão da crise, levando o Marrocos ao corte de todos os contactos com a embaixada alemã em Rabat.

 Considerando este fato objeto de confiança ser uma porta de entrada para que a Alemanha vê no restabelecimento das relações com Marrocos uma forma, certamente, de impor novamente a sua presença poderosa, tanto no diálogo lançado ou  na construção de base dos entendimentos seja na cidade de Bouznika, Marrocos, bem como através da Conferência Bellerin,  constituída sobre os resultados da reunião de Skhirat.

 Desta forma, a presença de Marrocos e de maneira forte incorpora a vontade dos líbios, no sentido da implementação real de suas propostas sobre o futuro da África numa perspectiva de Cooperação Sul-Sul, que concretiza a prática da fórmula ganha-ganha, defendida pelo Marrocos no Magrebe e na África.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 07/06/2021
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