Madrid: a "Polisario", um movimento terrorista e o assassinato dos marinheiros espanhóis
A última crise entre Espanha e Marrocos sobre o separatista, Ibrahim Ghali, inimigo número 1 do reino do Marrocos, acolhido e hospitalizado, com ajuda da Argélia na Espanho.
Interrogando sobre a atitude da Espanha, para com a história com este grupo terrotista que tem uma passagem e registro na Espanha.
A título de exemplo, lembrar do ataque mais violento e feroz da Frente Polisario contra os navios espanhóis na costa das Canárias os anos 80. O resultado foi a morte de um marinheiro e ferimentos de outras pessoas, além da detenção de outros, por elementos armados afiliados à frente da polisário.
Em consequência disso, Madrid lançou uma operação massiva contra os líderes separatistas no solo espanhol, quando a “Polisario”, designada como um movimento terrorista, em 1985.
Antes da data do ataque sangrento, contra o barcos de pesca transportando civis espanhóis, notadamente a “Cruz del Mar” e “Mensai de Abona”, anotando graves abusos cometidos pelos elementos da Frente, durante as décadas de setenta e oitenta nesta zona, entre o Saara marroquino e as Ilhas Canárias, causando a morte de Muitos pescadores das Ilhas Canárias.
Em razão desses ataques contra pescadores e civis canários, a “Polisario” foi considerado parte das organizações terroristas envolvidas na Espanha, cujos representantes expulsos por decisão do governo, bem como do governo liderado por Felipe Gonzalez e suas autoridades espanholas decidindo expulsar o representante da Polisario em Madrid, Ahmed Bukhari, encerrando seus escritórios na Espanha, 1985.
A Madrid enfrentou a frente junto com a comunidade internacional, devido aos ataques cotidianos dos navios por parte dos militares espanhóis, considerando a presença destes navios “uma provocação e uma causa de guerra, o que significa para Madrid entrar numa aliança militar, alinhado com Marrocos”.
A Associação Canária de Vítimas do Terrorismo a exemplo da "Polisario" envolvido entre os grupos terroristas, cuja Espanha sofreu em seu detrimento devido aos ataques separatistas contra os pescadores do arquipélago, sobretudo das décadas 1970 e 1980.
E todas as vezes que Madrid realiza cerimónias em homenagem às vítimas do terrorismo, às vítimas do atentado da Frente Polisário continuando a se afogar ou a se fuzilar a bordo de navios de guerra. A maior parte dos movimentos da frente agem à noite com velozes barcos de borracha, atacando os marinheiros das Canárias nesta zona.
Em abril 1985, um atentado contra o navio "Santa Maria Anna", seguido de outro em maio contra o navio "Leriz" e depois em agosto contra o navio "Tila", cujo resultado um marinheiro morto, e outro baleado. Prosseguindo outros ataques sangrentos contra os navios das Canárias, deixando muitas vítimas.
O ex-diplomata espanhol José Cuenca, no seu livro, vinculado à agência oficial de notícias marroquina, referindo-se às negociações realizadas por Madrid com a liderança da “Polisário” para libertar 38 pescadores raptados nas águas entre os Saara e Ilhas Canárias.
lembrando dos ataques que tiveram, quando foi o alvo o navio pesqueiro canário “Cruz del Mar”, novembro de 1978, no qual morreram sete pessoas, incluindo uma criança, além do naufrágio do navio “Minci de Abona”, dois anos depois, mais uma vez 14 pescadores a bordo de outro navio, contrando o navio “El Juanito” .
Em setembro de 1985, a liga espanhola “Tagomago” apareceu para dar o seu socorro aos marinos, de acordo com o que foi noticiado pelo jornal “Le Monde”.
Finalmente após todos esses atentados, a “Polisario” foi indicada pela Espanha como organização terrorista, lado a lado com os grupos “Grabo” e “ETA”, incluindo seus “representantes” , expulsos do país por decisão do socialista governo chefiado por Felipe Gonzalez na época. Face ao que ocorreu em 2021 quando um inimigo do governo líder da polisario, responsável pelas mortes, violações dos direitos humanos entre outros, mudando ou apagando os crimes hediondos contra os marinos espanhóis dos anos 80.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário, Marrocos