A Argélia não consegue mudar a posição da "administração Biden" sobre o conflito do Saara marroquino

O ministro das Relações Exteriores da Argélia, Sabri Boukadoum não conseguiu mudar a posição do governo Biden sobre o conflito marroquino do Saara, durante o primeiro contato com seu homólogo americano Anthony Blinken.

A mídia argelina focou-se sobre a chegada do chanceler argelino, afirmando ter discutido o dossiê do Saara, durante as negociações com o lado americano, apesar de o comunicado de Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, uma vez que a realidade não tem tratado de forma alguma sobre o Saara.

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken tem discutido com o seu homólogo argelino Sabri Boukadoum, de acordo com a declaração de Washington, apenas as “formas de fortalecer a relação bilateral com base nos valores comuns e interesses mútuos. discutindo também a oportunidade de aumentar a cooperação na África a fim de espalhar a prosperidade econômica e a estabilidade regional.

O comunicado acrescentou que o ministro dos EUA "expressou o seu apreço pelo papel da Argélia na promoção da estabilidade na região do Sahel e Líbia", saudando seus esforços no sentido "da diversificação da economia e da energia, esprando atrair mais empresas americanas para o país", sem tocar sobre a questão do Saara marroquino.

A Argélia tem expressado a sua rejeição ao reconhecimento de Donald Trump da soberania de Marrocos sobre todo o Saara, uma vez que Washington ficou "neutra", quanto ao aparato diplomático e a mídia, alocando um enorme orçamento por meio de seu contrato com grupos de pressão americanos para empurrar o A administração de Biden a recuar do apoio ao Saara marroquino.

O secretário de Estado americano Anthony Blinken tem sublinhado no “tweet” para Sabri Boukadoum, que o “Saara marroquino” não estava no centro das conversas do lado americano, constituindo um fracasso da diplomacia argelina, apostando sobre a retirada do governo Biden do reconhecimento do Saara marroquino, ou pelo menos, o congelo desta realidade e os trâmites sobre a abertura do Consulado de Washington na cidade de Dakhla.

Conforme as normas diplomáticas, os temas discutidos durante os contatos ou reuniões fechadas sejam os que são divulgados através de comunicados oficiais e a imprensa, o que o comunicado do Departamento de Estado dos EUA não sublinhou sobre a questão do Saara.

Sr Blinken, preocupado da posicao dos Estados unidos por nao referir-se à questão do saara, um momento que a nova administração dos EUA importante para o diferendo, não revelou a sua posição sobre o decreto presidencial de Donald Trump, cujo Secretário de Estado dos EUA tem evitado falar do conflito na ausência de um visão clara da Casa Branca sobre tal questao.

Semanas atrás, o presidente dos Estados Unidos revelou na sua primeira lista de embaixadores, incluindo nove candidatos, dos quais o embaixador na Argélia, enquanto o Marrocos estava ausente dessa lista.

Durante a última sessão do Conselho de Segurança, os Estados Unidos não mencionaram o reconhecimento de Washington do caráter marroquino do Saara, o que levantou muitas questões no Marrocos.

Mohamed Saleh Tamek, delegado geral para a administração prisional e reintegração no Marrocos, considerado um dos ex-xeques tem criticado o silêncio dos EUA em relação às medidas da Polisário e da Argélia, colocando em risco a segurança da região do Saara.

Finalmente Tamak interregou, num artigo de opinião publicado pela agência oficial de notícias Maghreb Arab News, sob o título “A última reunião do Conselho de Segurança e a posição decepcionante dos Estados Unidos da América”: “Como podem (os Estados Unidos) então ficar em silêncio face aos movimentos da Polisário e da Argélia, pondo em perigo a segurança da região? Como tal posição deve ser assumida, depois que a administração Trump reconheceu a soberania do Marrocos sobre o Saara? ”

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitario, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 01/05/2021
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