O líder separatista da polisario mantém o governo espanhol numa situação crítica e deselegante
O caso do suposto líder do separatista da polisário, Gali, hospitalizado em Madrid, levantou interrogações e suspeitas contra Espanha, aliado tradicional e vizinho de Marrocos, em torno do dossie do saara marroquino marroquino.
Afetado pelo virus cornona 19, nos campos de Tinduf, durante meses muitas notícias publicaram notícias sobre a sua morte.
Até aprender que o dito líder, com uma falsa identidade e uma história carregada de crimes contra a humanidade, pretendido secretário-geral da separatista Frente Polisario, ter entrado no solo espanhol, para tratar do dito vírus Corona, uma vez que as autoridades alemãs tem refutado a sua entrada neste país; levantando assim dúvidas da recepção de Madrid deste individuo apesar do "mandado de seguranca" contra ele, envolvendo entre outros as questões éticas e de justiça.
Num contexto desta nova crise entre Madrid e Rabat, as autoridades espanholas teriam recebido o líder separatista, transferido com urgência para um hospital pelo tratamento, depois de ser afetado pela epidemia "Corona"; uma vez que todo o tecido espanhol sobretudo dos ativistas dos direitos humanos levantou, reclamando e exigendo uma prisão imediata.
A imprensa espanhola sublinhou que o Tribunal Nacional de Espanha abriu uma investigação sobre o dirigente da Polisario que entrou no território espanhol com identidade argelina, a fim de evitar a sua detenção, devido ao mandado de busca contra ele emitido pela justiça internacional, interpol.
A ação do judiciário espanhol considerou depois que a Associação Sahrawi de Direitos Humanos um pedido, por meio de seu advogado ao Ministério Público espanhol, visando um interrogatorio com Ibrahim Ghali, “exigendo de um oficio impedindo sua saída do território espanhol” sob acusações, principalmente relacionados com “crimes contra a humanidade, sequestros e tortura”.
O defensor dos direitos humanos e advogado marroquino Nawfal Al-Ba'mari destacou ainda que “o governo espanhol aceitou a entrada de Ibrahim Ghali em seu território sem tomar conta do processo contra e queixas abertas, contra uma jovem saharaui de nacionalidade espanhola que tem apresentado uma queixa contra tal separatistas em Madrid, a título de cidadão espanhol. ”
O mesmo porta-voz salienta que “o fato de aceitar esta entrada, o governo influencia e afeta os procedimentos do judiciário, apresentando garantias políticas perante uma pessoa procurada da sua justiça, impedindo assim a aplicação da lei contra tal separatista do polisario, o que explica interferência no judiciário, por motivos políticos.
“Essa interferência do governo espanhol vai contra a lei nacional espanhola”, anotou Al-Baamari num comunicado ao jornal Hespress.
No plano internacional, o porta-voz fez saber que: "O governo espanhol tem violado o direito internacional dos direitos humanos".
Tal comunicado considerou que “o governo espanhol violou os acordos e convenções internacionais, deixando de criminalizar as agressões sexuais, objeto de um julgamento justo e do cumprimento das suas condições, cuja ingerência política viola também os direitos da vítima através de uma interferência perigosa no judiciário espanhol. "
Al-Baamari concluiu dizendo: "Todas essas violações levantam questões morais, jurídicas e políticas deste governo que não deu até ao ex-rei da Espanha, Juan Carlos, a proteção que hoje deu a Ibrahim Ghali!".
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário, Marrocos