QUANDO ESSES FOROS PRIVILEGIADOS VÃO ACABAR???

Pai do menino Henry Borel cobra resposta sobre a morte da criança: 'Acordo de manhã chorando'

"Por que que o Henry morreu?" É a pergunta que se faz Leniel Borel de Almeida Jr., pai do menino Henry Borel, de apenas 4 anos. À TV Globo, Leniel desabafou, cobrou respostas da polícia e, emocionado, disse que acorda pelas manhãs chorando.

"Eu choro. Acordo de manhã chorando. Tem que ter muita força, cara. E o que eu sei é que esse menino não pode ter morrido em vão. O menino era perfeito. Então, por que que o Henry morreu?

A morte de Henry, na madrugada de segunda-feira (8), na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio, é investigada pela Secretaria de Polícia Civil.

Polícia Civil investiga morte do menino Henry Borel

Naquele dia, Henry estava na casa da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida, e do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

Monique e o vereador prestaram depoimento por cerca de 12 horas. Eles foram ouvidos em salas separadas e deixaram a delegacia às 2h30 desta quinta (18).

Segundo Leniel, a ex-mulher e Dr. Jairinho contaram a ele que ouviram um barulho de madrugada e encontraram o menino desacordado em casa. O casal teria tentado socorrer a criança para um hospital na região, mas o menino não resistiu.

"A primeira reação foi perguntar [a Monique e Jairinho] o que tinha acontecido. Porque eu não sabia o que tinha acontecido. Entreguei o menino perfeito", disse o pai.

Emocionado, ele lembrou da personalidade do filho.

"[Era um] Menino ativo, inteligente, amigo, companheiro, muito divertido, gostava de brincar, brincar com as pessoas. Quando não conhecia alguém, era até meio introvertido. O resto era só alegria", disse.

Monique Medeiros da Costa Almeida e Dr. Jairinho deixam a delegacia após 12 horas de depoimento sobre a morte do menino Henry Borel — Foto: Reprodução/TV Globo

Ainda sem respostas convincentes sobre o que aconteceu entre 19h30, quando deixou Henry na casa da ex-mulher, e 4h30, quando a criança foi socorrida para o hospital, o pai afirmou que acredita numa resposta da investigação policial.

"Eu espero que a polícia seja imparcial, investigue o caso. Acredito na polícia, de que ela vai fazer o melhor para o meu filho, entendeu?"

O vídeo abaixo conta o que se sabe até agora sobre a morte do menino Henry.

Dr. Jairinho e Monique prestam depoimento

Jairinho e Monique foram chamados para depor na 16ª DP (Barra da Tijuca) na quarta-feira (17). O relato da mãe durou mais de sete horas, terminando por volta das 22h. Em seguida, foi ouvido o vereador, até por volta de 2h30 desta quinta (18).

O casal não falou com os repórteres. Os advogados do vereador também não deram declarações.

Ao jornal Extra, Dr. Jairinho enviou uma nota em que informa "estar triste", "sem chão" e "suportando a dor graças ao apoio da família e dos amigos".

"As autoridades apuram os fatos e vamos ajudar a entender o que aconteceu. Toda informação será relevante. Por isso, acho prudente primeiro dizer na delegacia a dinâmica dos fatos, até mesmo para não atrapalhar os trabalhos desenvolvidos", informou o parlamentar na nota.

Menino chegou ao hospital morto

No laudo médico obtido pela TV Globo, é relatado que a criança já deu entrada no hospital morta e apresentava:

· múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;

· infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça;

· edemas no encéfalo;

· grande quantidade de sangue no abdome;

· contusão no rim à direita;

· trauma com contusão pulmonar;

· laceração hepática (no fígado);

· e hemorragia retroperitoneal.

O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna, laceração hepática causada por uma ação contundente.

Polícia investiga morte de menino de 4 anos no Rio

O que dizem os especialistas

Nove peritos ouvidos pelo RJ2 dizem que, pelo exame de necropsia, dá para afirmar que Henry morreu por uma ação violenta. Eles analisaram o laudo elaborado pelo IML sobre Henry Borel.

Para Talvane de Moraes, perito aposentado, o documento apresenta que o menino teve múltiplas lesões pelo corpo.

"A necropsia mostra lesão no crânio, no estômago, no fígado, nos rins e várias equimoses, populares manchas roxas."

O perito legista Carlos Durão disse que "é evidente, com as experiências que temos, que se trata de uma morte violenta".

"Agora, uma queda de uma altura baixa é pouco provável que esteja na origem dessas lesões traumáticas que observamos aqui. Em acidentes de trânsito, com muito mais energia, nós observamos esses tipos de lesões", afirmou Durão.

O perito ainda complementou: "mas acontece que há outras lesões, fígado grave, no rim, pulmão, sangue no abdômen, então, não foi só na cabeça. A morte dessa criança veio por uma série de lesões universais que provocaram a morte", disse.

Alguns peritos analisaram o documento desde que fosse mantido o anonimato. Os especialistas descartaram que um acidente dentro do quarto, como uma queda da cama, possa ter provocado os ferimentos de Henry.

Pai relata últimos momentos com o filho

Em seu depoimento à polícia, o pai do menino disse que passou o fim de semana com o filho e o deixou no condomínio onde mora a mãe por volta das 19h de domingo (7). Segundo ele, os dois passearam em um shopping e assistiram televisão juntos.

Ainda no relato, ele contou que às 4h30, quando se preparava para ir a Macaé, onde trabalha, recebeu uma ligação de Monique, pedindo que ele fosse até o Hospital Barra D’Or. Leniel disse que ela falou que o menino estava sem respirar.

"Meu filho brincou, comeu, se divertiu. Nosso final de semana foi maravilhoso. Poderia falar até perfeito se não fosse o final."

Nota do divulgador:- Será que tais crimes não serão nunca punidos??? Nenhum crime deveria prescrever... pois crime é sempre crime... e assassino será sempre assassino!!! Que lei é essa que prescreve com o tempo e cai no esquecimento????