Questão de honra
Infelizmente, os últimos anos não tem sido marcado por passos concretos em direção a ordem e ao progresso como está escrito em nossa honrada bandeira, sobretudo no que se refere à responsabilidade do poder executivo. Ao contrário, o representante eleito não se compromete com a sociedade, fazendo do seu juramento em cumprir a constituição meras palavras jogadas ao vento. Hoje, ontem e em muitas ocasiões anteriores, diante dos graves danos provocados pela terrível epidemia que assola o mundo e principalmente o Brasil, suas intervenções só prestaram para piorar cada dia mais a situação devastadora que é vista com angústia e tristeza pela maioria dos brasileiros e pela comunidade internacional, fazendo do país um lugar que é motivo de piadas, chacotas, mal afamado e indesejado. Para grande parcela da população civil, estes danos concernentes a incapacidade de gerir os desafios que competem ao presidente, sejam de natureza material e principalmente moral, tem maior gravidade na violação de seus mais elementares direitos individuais e coletivos. Além disso, a polarização política insistentemente praticada pelo ignóbil presidente, tanto no plano interno quanto externo, têm reflexos mais diretos nas relações com todos e tudo não se contendo somente nos limites institucionais, sendo de conhecimento público a "instabilidade" e as ameaças golpistas que pesam contra a democracia e hora em países parceiros. Essas imbecilidades trazem desdobramentos previsíveis que afetam nossas vidas e nos deixam ainda mais expostos as incertezas e não só ao temeroso vírus.
A extensíssima sociedade brasileira, portanto, não está, por enquanto, de todo e para sempre a salvo das hipóteses de agressões morais e até físicas, visto que em suas falas e atitudes o chefe de Estado demonstra apetite de instalar uma ditadura para assim permanecer no poder protegendo a si próprio, a família e seus asseclas, num objetivo claro de perseguição a quem discorda dele.
Sei que a grande maioria das pessoas nunca tiveram interesse em ler nossa constituição, mas conclamo aqui que vejam pelo menos os cinco primeiros artigos dela e então entendam que para chegar nessa condição que hoje temos foi preciso muita luta, perdermos muitas vidas, algumas torturadas, e não é possível e admissível um único indivíduo se achar o todo poderoso.
No que depender de mim, ele não ficará lá nem mais um minuto, pois de meus direitos, da minha honra pessoal não abro mão.