Os "Ismos" Continuarão a Dirigir a Nação? Só se o Povo Quiiser
À medida que se aproximavam as eleições brasileiras de 2020, para prefeitos e vereadores, publicamos quatro artigos: “Impeachment da Presidente Dilma”; “Corrupção Sistêmica Brasil”; “Eleição para Senador 2018 por Minas Gerais”; e “No Voto, a Última e Única Chance”.
Os três primeiros serviam de argumentação e justificativa à proposta de ação cidadã apresentada pelo último. A proposta partia da desesperança de que os poderes republicanos constituídos – Legislativo, Executivo e Judiciário, apesar de com poderes para reduzir a impunidade do núcleo político com Foro Privilegiado, significativamente envolvido em corrupção, não tem interesse, ou capacidade para fazê-lo. O espírito de corpo, o corporativismo explica, mas não justifica, perante o resultado esperado de exercício de função de cuidar, de zelar, de desenvolver a nação brasileira.
O artigo “Corrupção Sistêmica Brasil” se voltou para dimensionar a tragédia. Com base em média de estimativas apresentadas por algum dos sítios pesquisados: 130 bilhões de reais/ano na eficaz ação marginal de parcerias público privadas. Apontou, também, quais as legendas partidárias mais envolvidas: MDB; PP; e PT, indicados como responsáveis pelo maior montante dos desvios estimados.
Mas por qual motivo essa volta a esses artigos anteriores? Porque a ineficácia a favor da impunidade se repete. Parece que existe roteiro preestabelecido para absolver o grande chefe do “lulismo”, que usou o PT como moldura comandando-o de forma absolutista, onde, exagerando muito pouco, ilustração desse domínio: nenhum postulante a candidato a vereador pelo PT, mesmo de município do extremo norte brasileiro, tornar-se-ia candidato sem aprovação do “rei Luís”.
Cito como outros dois exemplos para ilustrar esse absolutismo: as palavras de ordem, que representavam as razões da criação do PT, foram alteradas visando as eleições de 1990, para “Lula presidente”; e, no anúncio de Fernando Haddad para concorrer à presidência, assim o fez a, então, senadora e presidente do PT, Gleisi Hofmann, em palanque em frente à prisão especialíssima do grande chefe: “o candidato de Lula à presidência da república é Fernando Haddad” (o candidato era de Lula e não do PT).
O fato relacionado nos artigos anteriores e de mesmas características ao roteiro preestabelecido para livrar Lula da inelegibilidade foi a condução do julgamento do “impeachment” da, então, presidente Dilma e a proclamação de resultado do mesmo. Apesar de realizados, como previstos na legislação, apesar de conduzido pelo STF, além de separarem a perda de mandato de direitos políticos, numa acrobacia jurídica, fizeram vistas grossas aos limites constitucionais e, de forma inconstitucional, garantiu a continuidade dos direitos políticos da presidente, julgada culpada de crime de responsabilidade.
De mesma forma, o exemplo motivador para à proposta apresentada naquela ocasião é o mesmo para esse “novo” fato, pois a desconfiança e desesperança nos poderes constituídos se reforçam com a repetição de roteiros preestabelecidos.
O exemplo motivador foi descrito no artigo “Eleição de 2018 para Senador por Minas Gerais”. Exemplo dado pelo povo mineiro que, em mobilização espontânea, impediu pelo voto que a, então, presidente caçada, com seus direitos políticos mantidos por acrobacia jurídica, se elegesse. Congresso e STF fizeram a acrobacia jurídica, o povo mineiro em imensa mobilização espontânea, corrigiu. O voto do povo mineiro fez justiça.
Numa democracia, mesmo com a tirania da impunidade, representada pelo Foro Privilegiado, pela incompetência do STF como corte criminal e com Judiciário voltado para a eficiência de processos procrastinatórios, a ação do povo, pelo voto, pode contrariar esse roteiro preestabelecido e impedir a continuidade de o “lulismo”.
Mas, prejuízo tão grande quanto, quiçá maior, que “mensalão”, “petrolão” e a corrupção sistêmica foi; impor Dilma Rousseff com seus desgovernos; restabelecer o “peleguismo” na atividade sindical; se tornar aliado de ditaduras; a divisão de parte expressiva da sociedade numa polaridade insana, que resultou num segundo turno, em 2018, decidido pelo critério de rejeição, elegendo Bolsonaro e nos castigando com outro populismo, tanto, ou mais prejudicial ao desenvolvimento da nação brasileira, o “bolsonarismo”.
Juízo povo brasileiro! Melhor seria se nos organizássemos suprapartidariamente. Entretanto, como parece que nunca conseguimos, façamos como o provo mineiro, trabalhemos para que, nas próximas eleições majoritárias de 2022, não se repita a polaridade de 2018. Evite os extremos, não permita que essa polaridade, regida pelo passional, se repita. Oriente os resultados das pesquisas, que mostrarão a polaridade insana como desejo do povo, para evitá-la. Rejeite as duas tragédias, ambas, agora, conhecidas.
A eleição para o Senado de Minas mostrou que isso é possível. Façamos como naquela ocasião. Nossa mobilização espontânea, em campanha eleitoral voluntária, será para que nem “lulismo” e nem “bolsonarismo” cheguem ao segundo turno.
Utilize seu voto como instrumento de desenvolvimento humano, social, político e econômico da nação brasileira. Lembre-se de sua desesperança e desconfiança com os poderes instituídos e que, no voto, a última e única chance para reduzir a impunidade, á corrupção, à gestão ineficaz e romper com esse ciclo de dependência com essa droga de relação com o governante, batizada de populismo.
Que as cepas do SAR COV 2 e o mal produzido pelo seu contágio, a doença pandêmica COVID 19, bem como as doenças epidêmicas “lulismo” e “bolsonarismo” estejam devidamente sob controle, para um muito melhor viver da nação brasileira em 2023.
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O “IMPEACHMENT” DA PRESIDENTE DILMA
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CORRUPÇÃO SISTÊMICA BRASIL
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ELEIÇÃO DE 2018 PARA SENADOR POR MINAS GERAIS
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