UMA BRINCADEIRINHA CARA

UMA BRINCADEIRINHA CARA

"Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" - Gálatas 6:7. Jamais na história de um político brasileiro este verso foi tão verdadeiro, é até aterrorizante ver como a coisa no mundo espiritual é séria e não falha. Lembram da cena patética de Boçal Naro sendo batizado no Jordão por um criminoso da Assembléia dos Políticos, ou melhor, de deus? É com "d" minúsculo mesmo, vocês vão entender. Pois bem, nas redes sociais defensores do Minto disseram que foi apenas uma brincadeirinha de amigos. E foi! Um deboche. Num 12 de outubro, uma data escolhida a dedo, pois era dia da Padroeira do Brasil, e votava-se a destituição de Dilma da Presidência. Sou CRISTÃO, frequentei uma igreja batista por 60 anos, sei exatamente o simbolismo e a seriedade de um batismo. Ao que parece, para a tal igreja Assembléia dos Políticos o que a Bíblia diz sobre o tema não faz sentido, nem para os tais evangélicos. Brincaram com coisa séria, desmoralizaram o cristianismos, fizeram chacotas com o sagrado. E o que podia se esperar? O verso responde: Semeou, colheu. Desde a sua ascensão ao trono do sonhado Império Bolsonarista, tudo deu errado para o então "MESSIAS", título herdado da sua relação com o mundão… Evangélico, óbvio. Na busca de sua perda de credibilidade, com o número inexpressivo de conversões nos cultos, a igreja precisou arranjar algo para se agarrar, pois estava prestes a sumir das páginas da história. De Agência do Reino, ela se transformou em Agência dos Políticos, a palavra de Deus já não norteia mais as regras de conduta dos fiéis, optaram por uma mesclagem entre ideologias, filosofias e mundanismo. Neste alicerce resolveu construir sobre Bolsonaro uma nova era na igreja, desvencilhada da igreja primitiva. O Lobo Solitário da Câmara dos Deputados, um esquecido nos porões da política, que durante muito tempo pregou no deserto sendo desdenhado pela imprensa. Disposto a levar a cabo seu projeto, ele investiu pesado na mentira, montou até um comitê exclusivo para disseminar Fake News nas redes sociais. Com todo este caderno de apresentações, lideranças evangélicas se referem a Boçal Naro como "profeta", o que é uma blasfêmia contra os verdadeiros profetas da bíblia. No dia 24 de setembro de 2020, na solenidade na PRF, Bolsonaro elogiou o trabalho deles e esnobou: "Costumo dizer que não sou Jesus do Flamengo, mas sou o Messias do Executivo. Com Deus não se brinca! A coisa é vergonhosa, em 30 de novembro, o Minto foi a igreja Assembléia de Políticos, ops! de Deus, Vitória de Malafaia, para agradecer o apoio do mercenário Silas a sua candidatura. Uma platéia de centenas de fiéis o recebeu aos gritos de “mito” e “glória a Deus”. As trapaças e trapalhadas contra o cristianismo são incontáveis e eu digo: "Com Deus não se brinca!". Para fazer média com os medíocres evangélicos, em especial, os presentes na cerimônia, ele declarou: “Não sou o mais capacitado, mas Deus capacita os escolhidos”, só que esqueceram de avisar para Deus quem era o tal escolhido. Sem provas da aprovação do Senhor, elevaram o sujeito à categoria de Messias moderno. Vou citar dois fatos marcantes de nossa história. Tancredo Neves, na ocasião da campanha presidencial, frisou: “se tivesse 500 votos do seu partido - PDS, nem Deus o tiraria da presidência da República. Foi fácil, os votos ele conseguiu, mas o trono lhe foi tirado, de forma dramática, um dia antes de tomar posse. Brincou, levou! O venerado cantor Cazuza, em um show no falido Canecão, deu um trago em um cigarro de maconha, soltou a fumaça para cima e em tom de gozação disse: “Deus, essa é para você!” Nem precisa falar em qual situação morreu esse homem. Brincou! Bolsonaro, com a epidemia, ele aproveitou para montar o seu "Holocaustro Particular", com sede de sangue, investiu na liberação de armas, e ainda continua tentando emplacar medidas para armar a população. Bolsonaro sofre de tenotomia, tendência patológica de satisfação com a morte alheia, hoje, chegando a 300.000 mortos, ele não demonstra nenhum sentimento de compaixão. Ao contrário, debocha, ironiza, faz piadas, e ridiculariza.

Vivemos uma guerra de deuses, com o Deus verdadeiro assustado com o que está acontecendo. Ele está pasmo com a petulância de sua obra prima, e se pergunta: 'Onde foi que eu errei?". Ele se diz religioso, mas é de uma religiosidade rancorosa, odiosa, criminosa. Ele gosta de brincar com o perigo, talvez por não ter participado de uma guerra de verdade, ele resolveu fazer a sua a seu modo. No dia 26 de maio de 2019, em um "CULTOMÍCIO", na Igreja Atitude, de um tal Pastor Josué V-Malandro, ele disse: "Meus irmãos da igreja Atitude, brasileiros de todos estes rincões dessa nação brasileira, vamos juntos, tendo Deus no coração, colocar o Brasil no local de destaque que ele merece". Ironia do destino, o Brasil é medalha de ouro em mortes na PANDEMIA. O governo de Bolsonaro é desprezado por todos os líderes mundiais. Seria este o lugar que Deus reservou para o Brasil? E o Brasil, merece Bolsonaro? Ele brinca de ser um deus, joga com a fé desde que os evangélicos o lançaram como "salvador da pátria", e seu lema: “Deus acima de todos e o Brasil acima de tudo” precisa ser denunciado, ele vai além da utilização do nome de Deus. O segundo mandamento é claro: “não usar o santo nome de Deus em vão”. Sagrado deve ser respeitado. Só que aqui o uso do nome de Deus não é apenas um abuso, mas representa uma verdadeira blasfêmia. Preste atenção, não há como combinar Deus com ódio, com elogio à tortura e a torturadores e com as ameaças a seus opositores como fazem Bolsonaro e seus filhos. Não há como juntar Deus e mentiras num único pacote. Com Deus não se brinca! Ao não levar a sério a ciência, ele iniciou a construção da Indústria da Morte no Brasil, neste afã, comprou uma briga com a OMS, briga esta que lhe rendeu o título de indesejável por todas as nações do mundo. Isolados, na trincheira da Ignorância, atira em qualquer um que ele entenda ser ameaça só seu governo. Amparado pela igreja, sob o manto dos evangélicos, e agarrado a certeza da impunidade, ele segue na devastação da ética, da moral e dos princípios elementares da fé. John Lennon, ao dar uma entrevista em uma revista americana, em 1966, disse: “O cristianismo vai se acabar, vai se encolher e desaparecer”. Olha o que está acontecendo! Com a pandemia, as igrejas estão falando, há um desespero descomunal na pastorada, pois a arrecadação está caindo a cada culto. Poucos estão sentindo falta do espetáculo, o teatro evangélico perdeu seu público. Mas ainda assim, não desistem de levar o Messias a categoria de deus, um Bezerro de Ouro moderno, erguido no monte da ignorância. Charlatão, Boçal Naro empurra sobre a ciência um vermífugo para atacar a Covid como de ele fosse um elixir dos deuses. Garoto propaganda, colocou até a pobre ema como figurante de seu comercial. Bolsonaro abandonou a população do Brasil a própria sorte, a morte. Apesar do suposto "apoio divino", é inevitável a queda de Jair Messias, o ungido, como diz o ditado: "Fruta podre caia sozinha". Será um longo e tenebroso inverno. Duro, sofrido. Milhares ainda vão tombar pelo caminho, inclusive negacionistas e militantes do partido de Bolsonaro. Estes são maioria nos leitos de hospitais. Minha certeza é de que o Brasil é maior que a irracionalidade reinante na presidência e que sairemos ainda melhores da atual crise. Com Deus não se brinca! Quem muito se exaltar, será humilhado. Amém!

Carlos RMS
Enviado por Carlos RMS em 18/03/2021
Código do texto: T7209617
Classificação de conteúdo: seguro