NEM UM ÚLTIMO ADEUS
NEM UM ÚLTIMO ADEUS
Carlos Roberto Martins de Souza
Velar corpo já foi algo muito sublime
Eram horas de despedida no velório
Hoje a ordem a todos é não aproxime
Despedir do ente não é fato notório
As lembranças daquele último adeus
Nem os parentes podem dela desfrutar
É muito triste não ver o rosto dos seus
Até o nobre caixão eles mandam lacrar
Por culpa de imbecis e gente ignorantes
Que zombaram da ciência da medicina
Por causa de ideologia de governantes
Comportaram como de gente cretina
Pelo exemplo do líder do presidente
Não respeitaram isolamento indicado
Fizeram da vida de muita boa gente
Um motivo para deixar dela um legado
A máscara desdenharam debocharam
Como o capitão fizeram aglomerações
A minha a sua saúde não importavam
Era crime ter que se sujeitar a prisões
Pagamos o preço pela mediocridade
Pela a incompetência de um boçal
Para quem a vida é uma banalidade
Ele tem um grave problema mental
Despedir já era um momento duro
Mas o caixão lacrado pela doença
Mostrou que nas eleições no futuro
Podemos permitir que a razão vença
Quando for na urna seu voto enterrar
Lembre o enterro de seu ente querido
Não erre enterre quem te fez chorar
Quem fez do último adeus um gemido
No último adeus mesmo que isolado
Sua lágrima solitária ele vai enxugar
Lembre há sempre Deus ao seu lado
Um amigo não abandona o seu par
Erga a sua cabeça siga em frente
Confie que tudo vai um dia acabar
Para evitar todo este desconforto
Basta saber em que você vai votar