BANDA PODRE DA FÉ

Nasci, e fui criado na igreja, e até dois anos atrás, estive lá e vi nascer esta indústria podre de Camelódromos da Fé, vi o Circo da Lagoinha armar suas tendas em Belo Horizonte, vi o Mala Feia e Cheia surgir do nada pregando heresias e vendendo Bíblia pela módica quantia de R$ 1000,00. Vi um tal Caio, ou Caiu Fábio, perfilar multidões para ouvir suas asneiras, e depois mostrar, quem de fato era. Vi os Hernandes, que ao invés de Sarar a Nossa Terra, deixou ela tão doente que precisou procurar os hospitais da política para tratamento. Também vi um tal Marquito Cabelo Esticado Feliciano, pregando AVIVAVENTO, conheci e tive a infelicidade de ser ovelha de um tal Josué V-Malandro, que me orgulho de ter botado para correr, sendo mentor intelectual do crime de lesa fé, ao impor sobre os evangélicos a figura macabra de Bolsonaro. Vi muita coisa suja que levaria dias para relatar, pois foram 62 anos assistindo a este teatro. Quando me rebelei, o tal Josué quis me encarar, teve que bater em retirada sem que eu usasse qualquer arma, apenas a verdade e a justiça. Esta turma de oportunistas não possuem nada, absolutamente nada, do que a vida de Jesus foi e deixou como padrão para a igreja, que carinhosamente tratou como "Noiva do Cordeiro". Consequentemente, elas ferem e traem quem deposita nelas a credibilidade de conhecimento e compromisso com o Evangelho. Hoje as lideranças são perversas, fingem ser crentes, mas acreditam mesmo é na política e nos dividendos que ela deposita na conta deles pela fidelidade ao sistema. Quando olhamos para dentro das denominações, ou, Emprejas S/A, percebemos a posição nada cristã de pastores, seus impérios, suas mordomias, e o mais grave, a conivência destes com a política bem-sucedida de indiferença com os cuidados da vida de seus seguidores, percebemos que é uma traição brutal, inconsequente e criminosa do que é a vida de Jesus descrita nos Evangelhos. O Cristo de lá, não veste e não vestiria os ternos do Cristo dos evangélicos, não entra nos cartões blindados, pois era de sua prática se expor ao ataque e as ameaças dos contrários ao seu ensino. Aliás, as principais referências sobre Jesus, os textos mais conhecidos e profundos sobre suas mensagens, e o Sermão do Monte é o maior deles, aconteceram em meio ao povo, na rua, nas montanhas, às margens de rios, e nunca no templo. Até seu julgamento foi em público. É de se pensar que, nas poucas ocasiões em que Jesus aparece no templo, ele tenha precisado fugir da elite religiosa, ou tenha que entrar botando todo mundo para correr. E no seu silêncio, sem propaganda, sozinho e discretamente, entra no Tanque de Betesda, lá cochicha no ouvido de um paralítico, ele sai andando, e Jesus, sem ser notado, sai e vai cumprir seu ministério. Do miserável assassino Caim tentando lucrar com as bênçãos recebidas de Abel, vendo um Jacó dando uma de esperto sobre Esaú, na maior cara de pau, passando por Davi, de olho em Bete-Seba, mulher de Urias, com que se deitou, até chegarmos a um tal Judas Iscariotes, o Tesoureiro Golpista, traindo seu amigo e Senhor por umas parcas moedas de ouro, a prática implementada por esses pastores, bispos e apóstolos se assemelha a eles em grau, gênero e número na ganância sem medida pelo estrelato e pelas facilidades do meio político. Para dar suporte as trapalhadas e as bancarrotas do governo Bolsonaro, órgãos como a CBB - Convenção Batista Brasileira, CPE - Coalizão pelo Evangelho, VNPCC - Visão Nacional para a Consciência Cristã, ANJE - Associação Nacional dos Juristas Evangélicos, Jocum - Jovens Com Uma Missão, a de destruir o cristianismo, se associaram, imoralmente para blindar e dar cobertura, total e irrestrita, a um governo que tem na mentira e na violência sua principal bandeira. Esta gente maldosa e irresponsável abandonou Deus e se agarrou ao diabo e suas ofertas. Desta forma, o evangelho dos crentes, olhe, não me refiro a CRISTÃOS, está dividido entre os que olham, sem esperança, para o céu e os que fincam a visão para suas contas bancárias, seu patrimônio e para os privilégios da sua Empresa S/A. Não há nenhuma inspiração em Jesus, todos se espelham em Judas, ou no casal Ananias e Safira. Dindim, Dindim, traga prosperidade pra mim. Assim, a Banda Podre do cristianismo vai fazendo suas vítimas e deixando o caminho o inferno pavimentado pelas vítimas da ignorância espiritual de quem um dia abandonou a Noiva do Cordeiro numa esquina e se entregou nos braços de uma prostituta de plantão.