UM IMPÉRIO DE IGNORANTES
UM IMPÉRIO DE IGNORANTES
Os caixões passam, descem em massa, às sepulturas, e o cão ladra. Os alicerces da ignorância se solidificam, por toda a parte há burros dando ordens, gente sem o mínimo de capacidade, mas com plenos poderes para se acharem os melhores seres humanos do mundo. A ignorância é uma escolha, ninguém obriga ninguém a assumir esta posição. No Brasil, as redes sociais deram vida a milhões de imbecis que viviam isolados, gente sem caráter, sem moral, mas com uma fome doentia de infectar outros com a sua burrice. A ignorância é a maior fábrica de estúpidos, e a matéria prima usada é a miserabilidade cultural. Cadáveres estão se manifestando, seres que há muito morreram, mas que não assumiram o papel de imprestáveis para a sociedade, os seus erros são sempre imputados a terceiros, eles nunca erram. Somos vítimas da mais radical estupidez e da mais profunda ignorância, capitaneados por um tosco presidente, multidões estão lançando, se seus celulares, um ataque maciço contra a democracia e contra a liberdade. Há um festival de boçalidades se espalhando, contaminando pessoas de todas as idades. O grande desafio a ser vencido é o valor econômico da ignorância, nos meios políticos ela é cotada a preço de diamante. Quanto mais lapidada for, quanto mais imbecil, mais o comprador afunda sua mão no bolso. A ignorância é um estado mental que possui alto valor de mercado porque pode ser explorada, tanto no plano econômico, quanto no plano político. Ela é o insumo principal para conduzir a um processo de subjetivação que não enfrentará resistência de valores como a verdade, a solidariedade, a inteligência, ou a lógica. A partir da ignorância da população é possível potencializar, tanto o mercado quanto, a adesão cega e irracional a um regime político. Ela cria uma superioridade ilusória capaz de esconder fracassos e fracassados atrás dos tapumes da frustração. Manter a ignorância tornou-se, então, um dos principais "Plano de Governo", na arte de enganar governando. No Brasil, a figura do Capetão, que é uma caricatura de ditador barato, mostra como a ignorância é impotente contra a tragédia, pois, com seu comportamento delinquente, ele está formando uma multidão de experts em coisa nenhuma. Ou melhor, em puxa saquismo. A ignorância é a luz negra da boate da estupidez, ela ofusca a visão e deixa a mente perturbada, e no escurinho da sua baixa luminosidade, o sujeito procura se esquivar da verdade e da realidade. O agravante em tudo isto é que o negativismo pregaddo, praticado e incentivado por Boçal Naro exerce enorme atração sobre a parte da sociedade que acredita no seu discurso. É uma atração fatal! Atrás do idiota só não vai quem já acordou para a dura realidade que nos assola. A ascensão de Jair Bolsonaro a cadeira de Presidente da República, tirou das profundezas das cavernas uma infinidade de ignorantes, gente que até então, vivia entre os morcegos. Sem noção das ameaças de um candidato a tirano governando o país, estás almas penadas seguem o caminho traçado pelo encantador de idiotas. O gande perigo, o maior desafio dos inteligentes, é que há uma legião de desinformados cheios de certezas, e vazios de informações, pregando mentiras, multiplicando conflitos desnecessários e comprometendo o futuro de nossa Nação. No Brasil a ignorância é um direito adquirido, um bem fundamental que em breve deverá ser reconhecido em lei, até porque ela gera uma sensação de prazer, e de quebra produz um cidadão dependente do orgulho arrogante. Poucos percebem, mas o culto à ignorância passou o cristianismo como principal crença do Brasil, a legião de ignorantes supera os evangélicos, até porque, este último é parte integral do primeiro. Afinal, foi a ignorância dos crentes que jogou sobre nós o maior ignorante do Brasil dos últimos tempo. Ou você muda, ou seremos, os inteligentes, um classe extinta, ou reservada para o exercício do autoritarismo reinante no Brasil.