O DIABO É O INVERSO DE DEUS
No filme “Cruzada”, a rainha de Jerusalém, Sibila, ao saber que seu amante, o cavaleiro Balian, se recusava a casar com ela, porque se o fizesse se tornaria responsável pela morte do marido dela, disse a ele: “chegará o dia em que desejará ter feito um pouco de mal para obter um bem maior”.
Talvez seja isso que Bolsonaro esteja pensando ao costurar alianças com os partidos e políticos do chamado Centrão. Pois é nesses partidos que se encontra a grande maioria das “tranqueiras” que congestionam nossas casas legislativas e não deixam que este país encontre um caminho para sair do lodaçal em que se meteu com a sua política de alianças e pragmatismo predador. Aliás, as alianças que Bolsonaro está fazendo indicam que ele não mudará muita coisa neste país. Tudo leva a crer que perpetuará a bandalheira e a imoralidade que se tornou a principal marca da política brasileira. Se estivesse pensando o contrário não estaria se juntando com esse partido onde militam notórios vigaristas, que tanto prejuízo já deram ao país. Votei no Bolsonaro porque ele defendeu um programa de reformas que eu sempre achei necessário para descongestionar a vida política, econômica e administrativa que a Constituição de 1988 criou para o Brasil com a sua ideologia descomprometida com a realidade do país. Por isso não gosto nada das alianças que o Bolsonaro está costurando, pois a meu ver os votos que ele vai ganhar no Congresso não vão compensar a credibilidade que ele perde ao trazer para o seu lado uma súcia de políticos que eu gostaria de ver eliminada da vida pública.
É possível, como disse a rainha Sibila, que fazer um pouquinho de mal se justifique quando se pretende alcançar um bem maior. No caso, o bem maior, para Bolsonaro, seria a aprovação das reformas que ele prometeu antes de ser eleito. Talvez ele ache que poderá manter longe dos cofres públicos essa malta insaciável de lobos famintos que ele está juntando para dar força ao seu governo. Mas, como escreveu Goethe em seu famoso poema “A Tragédia de Fausto”, quem faz pacto com o demônio assina sentença de danação e dela não se livra nem pelo amor. Ou quem sabe Bolsonaro esteja pensando, como o filósofo Maniqueu, que “demon est Deus inversus”. Assim, se o diabo é a outra face de Deus, não seria possível a existência do mundo (no caso, o seu governo) sem a participação dessa gente. Mas eu, que não sou maniqueísta nem acredito que o mal seja necessário para a existência do bem, já vou dizendo logo. Se é com esse tipo de parceria que ele acha que vai consertar o Brasil que a turma do Lula quebrou, ele está muito enganado. Pois foi exatamente essa gente que ajudou o PT a afundar o país.
No filme “Cruzada”, a rainha de Jerusalém, Sibila, ao saber que seu amante, o cavaleiro Balian, se recusava a casar com ela, porque se o fizesse se tornaria responsável pela morte do marido dela, disse a ele: “chegará o dia em que desejará ter feito um pouco de mal para obter um bem maior”.
Talvez seja isso que Bolsonaro esteja pensando ao costurar alianças com os partidos e políticos do chamado Centrão. Pois é nesses partidos que se encontra a grande maioria das “tranqueiras” que congestionam nossas casas legislativas e não deixam que este país encontre um caminho para sair do lodaçal em que se meteu com a sua política de alianças e pragmatismo predador. Aliás, as alianças que Bolsonaro está fazendo indicam que ele não mudará muita coisa neste país. Tudo leva a crer que perpetuará a bandalheira e a imoralidade que se tornou a principal marca da política brasileira. Se estivesse pensando o contrário não estaria se juntando com esse partido onde militam notórios vigaristas, que tanto prejuízo já deram ao país. Votei no Bolsonaro porque ele defendeu um programa de reformas que eu sempre achei necessário para descongestionar a vida política, econômica e administrativa que a Constituição de 1988 criou para o Brasil com a sua ideologia descomprometida com a realidade do país. Por isso não gosto nada das alianças que o Bolsonaro está costurando, pois a meu ver os votos que ele vai ganhar no Congresso não vão compensar a credibilidade que ele perde ao trazer para o seu lado uma súcia de políticos que eu gostaria de ver eliminada da vida pública.
É possível, como disse a rainha Sibila, que fazer um pouquinho de mal se justifique quando se pretende alcançar um bem maior. No caso, o bem maior, para Bolsonaro, seria a aprovação das reformas que ele prometeu antes de ser eleito. Talvez ele ache que poderá manter longe dos cofres públicos essa malta insaciável de lobos famintos que ele está juntando para dar força ao seu governo. Mas, como escreveu Goethe em seu famoso poema “A Tragédia de Fausto”, quem faz pacto com o demônio assina sentença de danação e dela não se livra nem pelo amor. Ou quem sabe Bolsonaro esteja pensando, como o filósofo Maniqueu, que “demon est Deus inversus”. Assim, se o diabo é a outra face de Deus, não seria possível a existência do mundo (no caso, o seu governo) sem a participação dessa gente. Mas eu, que não sou maniqueísta nem acredito que o mal seja necessário para a existência do bem, já vou dizendo logo. Se é com esse tipo de parceria que ele acha que vai consertar o Brasil que a turma do Lula quebrou, ele está muito enganado. Pois foi exatamente essa gente que ajudou o PT a afundar o país.