TREZENTOS E DOIS DINHEIROS
TREZENTOS E DOIS "DINHEIROS"
Valéria Guerra Reiter
A Subserviência de uma falseada direita e de uma titubeante esquerda trouxe à baila o quanto o termo traição nos remete ao símbolo cristão da última ceia com os apóstolos e Jesus, entre os anos 30 e 33 D.C, da Idade Antiga.
Lá o discípulo, que aparentemente seria o mais revolucionário, não negou fogo diante dos trinta dinheiros farisaicos, e traiu Jesus. Havia pobreza nas ruas do vasto Império romano...
E hoje, no "subdesenvolvido" Brasil, a situação é similar, o povo de rua, aquele que não tem teto, encontra pedras embaixo de viadutos, o fato ocorre em uma metrópole como São Paulo. O explorado não pode sequer deitar no solo e dormir sendo corroído pelos ratos na madrugada fria.
Sim, nossos irmãos tem servido de cobaias, quando vão trabalhar frente à pandemia que recrudesce no país. Para o clã do ar condicionado, que confinado sob mordomias implacáveis na "Câmara do povo", apenas corrobora com o melhor dinheiro: não ter o café da manhã, ou morrer de covid porque dormiu ao relento, nunca será a pauta.
Interculturalidade é respeito. E, em um universo de injustiças, qualquer parlamento deveria ser o ponto de equilíbrio, junto com a jurisprudência, para libertar a população das amarras secularizadas da desigualdade.
Porém, como vimos ontem, ao contrário, o exercício da traição se deu no âmbito parlamentar, e o maior atingido (como sempre) foi o povo.
Foram 302 votos para manter o extremismo liberal como protagonista da concupiscência.
Vestir golpismo é moda, e vestir democracia é démodé. O que nos consola é ler o pensamento do "muso" das diretas já (DR.ULYSSES GUIMARÃES): "Deputado não briga com a rua"; colocando em prática, através da união social que gritará ... com álcool gel 70 %, em punho, e máscara na face.
A força de base, claro, é uma educação crítica e plural, sem os vícios de uma sociedade do jeitinho ou do" ah tá bom", é preciso construir um novo estado. A revolução caminha a passos largos no coração e nas mentes dos seres humanos, mas a coleira da colonialidade periférica funciona como um veneno sem antídoto para a maioria…que jaz na indigência educacional...
Hoje órfãos de um auxílio emergencial, em uma terra "plana" e capitaneada por uma "lira" que tende a tocar desafinada com as massas, e em prol de um neoliberalismo canibal.
#LEIABRAZILEVIREBRASIL
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