O monopólio da compaixão
A maior forma de caridade, argumentou o filósofo judeu Maimônides, ainda no século XII, ocorre quando a ajuda dada permite ao ajudado se tornar auto-suficiente. No entanto, os sistemas estatais de caridade mundiais, geraram o efeito totalmente oposto, criando dependência àqueles que são assistidos e sendo considerados a si próprio como sistemas de bem estar social.
Em nossa sociedade atual existe uma interpretação que embora alguns afirmem ser bíblica e correta, é totalmente desconectada com a verdade fundamental encontrada nos evangelhos, mostrando-nos exatamente o contrário e que deve ser ressaltada a todos, que é incorreta. Se você quer entender a pobreza, primeiramente você deve saber como se tornar próspero, pois todos nós nascemos pobres, é condição natural do ser humano. Não é a riqueza que tem a ausência da pobreza e sim o contrário. Enquanto pensarmos que o assistencialismo, o igualitarismo, produzirá a tão propalada “justiça social”, ou algo mais nobre, estaremos na direção contrária do que é normal, e bíblico. Se quisermos que a pobreza diminua, devemos incentivar as pessoas a serem prósperas, a trabalharem à adquirirem seu sustento de forma digna . Os países onde existem maior liberdade e desenvolvimento são aqueles onde o Capitalismo e o direito a propriedade privada são praticados. Aqueles que preferem a “igualdade econômica”, os países socialistas, marxistas, ou comunistas que mantêm sua ideologia de forma coercitiva, geram como resultado, morte e privação de liberdade, é histórico.
Contextualizando as duas ideologias capitalismo e socialismo, podemos verificar que a Bíblia Sagrada, ao contrário do que muitos pensam, não fala sobre “igualitarismo”, ou igualdade, e sim de “liberdade”. Em Atos 5:3-5 Pedro perguntou a Ananias o motivo dele ter escondido e não ter depositado sua herdade, para que a comunidade da época pudesse fazer uso da mesma, não foi o fato dele ter negado a sua riqueza o ato mais importante, mas a mentira contra o Espírito Santo. Pedro disse que ele se quisesse reter o valor poderia, tinha liberdade para isso: “Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder?”. Não somos, nem devemos ser obrigados à compaixão ao próximo, essa atitude deve ser natural, algo que brota de um coração redimido e amoroso, porém quando através da coerção, e de uma mística de “justiça social” somos impelidos a contribuir, então já não existe mais liberdade, já não existe naturalidade, nem amor. Se existe esse dever de consciência em querer ajudar os menos favorecidos como se fosse algo obrigatório, quiçá um “pecado” àqueles que pensam diferente, então nossa justiça é falsa, nosso amor é aparente, e não conhecemos quem é Jesus. Se ainda assim, como cidadãos aceitarmos à ajuda do Estado como algo que diminui essa diferença, que tenta igualar a todos através da distribuição de rendas, via impostos, então contribuímos cada vez mais pelo distanciamento entre pobres e ricos, e não entendemos nossa posição dentro da sociedade, muito menos como Igreja.
Para que um governo possa produzir a mínima quantidade de igualdade econômica, em que todos possam desfrutar de “tudo em comum” esse governo deve expedir as seguintes ordens: Não se sobressaia, não trabalhe com mais afinco do que seu vizinho, não tenha boas ideias, não corra nenhum risco, e não faça nada de diferente em relação ao que você já fez ontem. Em outras palavras, não seja humano.
É impossível você não querer desenvolver seus talentos, suas aptidões, suas ideias, pois faz parte do conhecimento da vida e, se você não está doente, você certamente vai querer crescer em Cristo em sabedoria e em conhecimento e com isso certamente prosperará, como diz no Salmo1:3 “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará”. A prosperidade aqui está relacionada a todos os aspectos da vida do cristão. Quem planta o amor e a Palavra ao pecador é a Igreja, mas quem dá o crescimento é Cristo, como diz: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento”. I Cor.3:6 Então, qualquer indivíduo desde o mais pobre, até o mais rico, pode ter sua vida transformada e prosperar. Não existe igualdade na Igreja, cada um tem sua função, cada um de nós tem características individuais, porém temos o mesmo valor perante Deus!
Eu concordo que é triste, muito triste, ver pessoas passando fome, sem ter dinheiro para comprar o pão, sem ter um teto para morar, etc.. e acho justo a Igreja manter e ajudar essas pessoas, é bíblico. Mas, da mesma forma que ajudamos na necessidade, devemos ajudar ensinando como crescer e prosperar para que não haja uma dependência eterna. Realmente a parte social precisa ser feita, mas ela deve vir acompanhada com uma atitude do favorecido. Devemos não só dar o peixe, mas também ensinar a pescar. As Teologias que hoje surgem, com roupagem humilde e farisaica, não querem promover o tema central da Bíblia que é Jesus, preferem focar suas pregações no Reino que pode ser vivido aqui nessa Terra, de como o homem pode ser transformado vivendo em igualdade na Igreja, com uma unidade diferente à ensinada na Bíblia, uma mistura de Cristianismo com Marxismo, causando aberrações aos que tem um mínimo de conhecimento sobre o assunto. Cristo tem algo muito melhor para sua Igreja, e para aqueles que o aceitam em seu coração!
Esse texto, escrevi algum tempo atrás, porém hoje ele está muito atual, no sentido econômico. Infelizmente estamos vivendo o contrário, pois o Governos excepcionalmente estão ajudando as famílias sem uma contra-partida, e isso está errado. A conta lá na frente vai ficar impagável, e muitos pagarão com suas próprias vidas. Como diz a bíblia em ITs.3:10 ”se alguém não quer trabalhar, também não coma”. O país precisa produzir para trazer felicidade a todos, e o que essa pandemia trouxe, foi justamente o contrário. Que Deus abençoe a nossa Nação, e a cada um de nós!