Qual o preço da nossa liberdade?

Minas Gerais tem um Governador filiado a um partido Liberal, o NOVO. Que notadamente é admirador de um presidente que possui posicionamentos e atitudes contestáveis. Porém noto que este partido e seus membros ficam de mãos amarradas diante do posicionamento do seu líder maior aqui no Estado.

Oras! Como Governador de Minas, por que não cobra uma postura mais firme do Presidente da República durante a pandemia? Será mesmo que os deputados, vereadores e membros do partido concordam com a postura de Romeu Zema (NOVO) e de Jair Bolsonaro (sem partido)?

Eu vejo um antigo *modus operandi, onde os correligionários são proibidos de falar de seus líderes para garantir boas relações dentro do partido. Mas a custo de que? A liberdade dos mineiros não é moeda de troca entre os políticos desta legenda, e vocês precisam pressionar o nosso Governador para que casos como esses não se repitam:

- Romeu Zema finaliza a eleição pedindo voto para Bolsonaro e nem mesmo João Amoedo, então candidato à presidência se posicionou.

- Durante a pandemia Romeu Zema não assinou a Carta Aberta produzida pelos chefes do Executivo dos estados contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, na época, criticava o Congresso nacional durante o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no Brasil.

- O governador defendeu ou deixou de se posicionar contra Jair Bolsonaro, inclusive, conforme noticiado no jornal O Tempo, no dia 13 de janeiro deste ano que Zema disse o seguinte: “Os problemas do Brasil são complexos, o presidente pode ter os erros dele, mas também tem os acertos, e vejo que ele é uma pessoa bem intencionada”.

Não tive notícia de nenhum membro do NOVO cobrando postura diferente de Zema diante dessas atitudes. Muito pelo contrário. E a custo de que? Da tão sonhada liberdade pregada pelo liberalismo? Eu duvido que vocês concordem com ele e que acreditem que Jair Bolsonaro é alguém bem intencionado. E se são minimamente coerentes deveriam cobrar e fazer jus ao voto que receberam nas urnas.

Por fim, queridos leitores, como nada é eterno, estamos vislumbrando a possibilidade do mesmo governador sair do partido NOVO para manter o apoio do presidente da república e ele ter força para se manter no cargo no próximo pleito. Desconfiem, pois o senhor Jair pouco ou nada fez por Minas e, na minha humilde opinião, Zema foi uma experiência mal sucedida.

*Sobre o modus operandi, eu poderia utilizar qualquer partido político, porque isso é natural de qualquer um, mas coube bem a metáfora da liberdade, liberalismo e mãos amarradas ao partido NOVO.