A Via Revolucionária
> O Brasil não sofre por incompetência administrativa de governantes e servidores públicos. Ao contrário do que apregoa a ideologia liberal.
> O caos e corrupção que pautam as relações políticas diversas fazem parte do projeto político do Brasil, em que a maior parte dos agentes envolvidos e partidos concordam com o jogo e suas regras.
> A pobreza e a miséria não são efeitos de uma má administração política, mas efeito de escolhas políticas voltadas para setores financeiros e de exportação.
> O povo brasileiro, de uma forma geral, é a analfabeto político e com poucas condições de exercerem efetivamente a cidadania. Isto não é culpa da cultura em si, mas de políticas sociais mais amplas. Não é uma falha das políticas, mas o objetivo delas.
> Se a classe política é quem elabora, conduz e operacionaliza estas políticas sociais mais amplas, por que esta mesma classe política que se alimenta da miséria e da ignorância, fará alguma coisa para mudar alguma coisa?
> Se a classe política, partidos e burocratas especializados, não quer ou não é capaz de alterar tal cenário, ou seja, fornecer um modelo de desenvolvimento capaz de atender a interesses além do financeiro e do agronegócio, o povo terá que tomar as rédeas do processo.
> Se desconsiderarmos o povo como parte do processo de desenvolvimento, já que não seria capaz de conduzir um processo de transformação, seria necessário uma vanguarda revolucionária.
> Tal vanguarda deveria agir de forma a preparar o povo para a mudança, ou para pela menos cooperar com ela.
> Acreditar que o povo inercialmente se tornará esclarecido o bastante para conduzir mudanças ou apoia-las quando toda a força da mídia e de interesses financeiros agirem no contrário, é apostar muito alto.
> A via democrática, tal como concebida pelos liberais, implica em conciliar interesses muito diversos, o que de fato não faz, se não iludir uma parte de forma a favorecer o interesse de outra.
>O projeto hegemônico não tem os interesses de outras classes como pauta. A nossa democracia tem esta hegemonia como condição para qualquer outra discussão, inclusive sobre programas sociais e outras medidas inclusivas. Todas as vezes que tentaram romper com esta hegemonia tivemos golpes militares e parlamentares, para restaurar a situação.
> Logo, a via revolucionária é única capaz de dar uma resposta satisfatória ao problema da injustiça e desigualdades sociais.
> A verdadeira questão não sobre fazer ou não a revolução, mas como construirmos este caminho aprendendo com o passado, eliminando DOGMATISMOS TACANHOS e sendo mais pragmáticos quanto ao verdadeiro peso que o capitalismo tem no mundo e no quanto um projeto socialista ainda se encontra vago e irreal em relação as condições oferecidas pela realidade social e econômica.