COLONIZAÇÃO DE MENTES E O REINADO DO AH TÁ BOM!
COLONIZAÇÃO DE MENTES E O REINO DO "AH TÁ BOM."
POR VALÉRIA SÁ GUERRA DE ARAÚJO.
A colonialidade é um estado. O povo que nasceu do processo "civilizatório" chamado de colonização: possui sequelas profundas, veja o fragmento abaixo.
"O povo-nação não surge no Brasil da evolução de formas anteriores de sociabilidade, em que grupos humanos se estruturam em classes opostas, mas se conjugam para atender às suas necessidades de sobrevivência e progresso. Surge, isto sim, da concentração de uma força de trabalho escrava, recrutada para servir a propósitos mercantis alheios a ela, através de processos tão violentos de ordenação e repressão que constituiram, de fato, um continuado genocídio e um etnocídio implacável." (O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil , p.23) por Darcy Ribeiro. EDUCADO PARA SER EXPLORADO O POVO BRASILEIRO SEGUE COMO PASSAGEIRO DA AGONIA...
Produtos de uma colonização e neocolonização, o povo brasileiro, como latino-americano, é sem dúvida um PASSAGEIRO DA AGONIA. Sua baixa autoestima histórica, como bem cunhei o termo: é fato. Já sabemos que como vítimas de uma colonialidade patológica já somos paridos com a pecha: de submissos e jecas.
Somos sim, recriados nos fornos do modelo eurocêntrico e estadunidense. Cada fornada já vem com a marca amaldiçoada da colonialidade. Somos repatriados (dentro de nossa própria terra) à mera condição de EXPLORADOS. Libertação e emancipação devem ser as palavras de ordem, para salvar os eternos colonizados do capitalismo opressor.
E ninguém melhor do que a FILOSOFIA na pessoa dos filósofos para trazer à tona o "afogado" social latino-americano. Este aferroado "ser" que é massacrado pelo herói da batalha sangrenta pela paz.
Por paz? sim, por paz. Desde que o mundo existe, que ESTAMOS EM GUERRA. E é claro que o objeto disputado pelos senhores de esta contenda milenar ( é de forma disfarçada) sempre) em busca da paz. Ora, ora, que PAZ é esta? que ESCRAVIZA E DILACERA...
Ou melhor, que claustro de dor é este que denominam de falta de PAZ, que precisa ser caçada pelo armamento sanguinário do infame e intolerante IMPERIALISMO..
A minha paz, sem dúvida, não é a sua. Elas ocupam espaços antagônicos: eu gosto de morango, você não: eu escuto Mozart, você não gosta de ler...e por aí afora ...A tolerância é o modo prático de exercer a democracia. O que não podemos tolerar é o vitupério, que dividiu o mundo em classes e castas. Uma rainha na Inglaterra, com seus congêneres, possui todas as regalias, através de uma tradição anacrônica, que como herança augusta do absolutismo: é ainda hoje um emblema entre as nações.
Ius dominativum, ou rechtlos são direções e termos que acalentam os tempos de barbárie, mas não a barbárie, não romana ou não grega. Afinal ser um bárbaro na acepção da palavra significa: inculto. E o que é ser inculto? seria não ser um médico, ou um jornalista? ou seria um leitor inveterado, porém um péssimo piloto de aeronave? o ponto de vista e a cultura fazem a diferença...
E Dussel, sabe que ainda não produzimos uma EDUCAÇÃO PARA TODOS, DE FORMA LIBERTÁRIA.
E o que fazer para transformar o ponto de origem do flagelo educacional e educativo de uma EDUCAÇÃO FEITA E REFEITA PARA EXPLORAR?
Quando Nicolau Maquiavel, filósofo absolutista, escreveu o manual para os monarcas em seu livro: O PRÍNCIPE, que por sinal, se constitui no livro de cabeceira de advogados e políticos: ele tinha em mente exercer a procriação sanguinária de uma horda de tiranos, já que ele apregoou que ser temido, é melhor que ser amado.
Então, hoje, na pós-modernidade cruel, este preceito não é exclusivo dos soberanos reais; ele é utilizado por diretores de Escola. Eu mesma já vi diretoras, usando e abusando do poderio "da falsa gestão" para tomadas de decisões arbitrárias.
Infelizmente, há Bodins espalhados nos jardins da aflição humana, dentro e fora das Escolas, que ficam sem asas, e cometem as mais atrozes arbitrariedades. Talvez, alguns meritocratas fisiológicos pensem como o filósofo Bodin: "Que são representantes de Deus na Terra..."
O desfile de trajes da posse de uma governança que riu de cento e oitenta milhões de mortos por um vírus mortal: foi um acontecimento breve que anunciou que houve muito mais involução do que evolução no planeta ao longo de sua História social.
Que possamos como educadores, mudar o rumo da historiografia, e através de uma revolução de asas libertas: alçar um voo como o da águia redescoberta e vigorosa. Uni-vos mestres, e façamos das palavras abaixo, um lema de mudança REAL, e não VIRTUAL.
A VIDA É UM DESENHO, NÃO MORRA COMO UM RASCUNHO.
Colonizar as mentes leva à a-criatividade.
Vivemos sob intenso estado de colonialidade, ou seja, somos filhos de um hediondo colonialismo; portanto todo o resultado político, religioso e ético, que nos abarca: se faz em função di sequenciamento de este estado quase inato de baixa autoestima histórica.
O termo referido aqui Como "baixa autoestima histórica" desde já, afirmo: ser de minha autoria. Nossa história é de resistir, porém também é de "vendar os olhos"; somos feitos de sentimentos e emoções. A quarta Revolução industrial está lutando para modelar a sua massa, de maneira radical: excluir os resistentes, ou melhor, os criativos...
Falando em criatividade, me lembrei do desenho "Coragem, o cão covarde", que em minha opinião esbanja criatividade. A frase do poeta e escritor Fernando Pessoa já demonstra o quanto a arte (que é criativa) é aliada forte do ser humano, principalmente, no que tange à liberdade de expressão. Ele disse que a arte é auto expressão lutando para ser absoluta.
O ser humano possui a inteligência artística, que é uma das oito inteligências psicológicas múltiplas atribuídas aos indivíduos, vide os estudos de Howard Gardner. E voltando a Coragem, o cãozinho afável que ama sua dona Muriel; ele não poupa esforços para salvaguardar a compreensiva e altruísta senhora.
E o canino com nome de galhardia, na verdade, oferece ao espectador um terremoto de emoções contrárias ao comportamento destemido que o personagem demonstra. Mas, existe algo que move CORAGEM, O CÃO COVARDE: o amor.
A filosofia, que é a busca pela sabedoria, tenta explicar o comportamento humano, e isso é milenar. A práxis, precisa da ética, e ambas necessitam da liberdade de escolha para equilibrar o convívio mútuo nas sociedades. O livre-arbítrio é fundamental nesta hora. As diferenças existem entre nós, mas o que nos une é a capacidade cognitiva. O inatismo é genético, e define nossa altura, cor-do- olhos, cor-da-tez; no entanto possuir intelecção e amor, são virtudes que podem ser adquiridas ao longo da história do Homem.
Afinal, é a dúvida, e não a certeza que sempre será a mola propulsora do conhecimento humano: "Inteligência é uma coisa, adestramento é outra" (Valéria Guerra Reiter).
Nossas terras e mentes foram barbaramente colonizadas, e agora é imperioso uma contrapartida, nem que seja através de sublevações, que na verdade sempre existiram, mas utopicamente. Nós vivemos sim em uma contemporaneidade mais obscura. A Idade Média considerada trevosa conseguiu ser menos abjeta: como fase histórica.
A pós-modernidade possui a incipiência como ídolo. A velocidade como totem, e a cultura de massa como Deus. A vida é apenas um detalhe, para quem pensa que "viver" é se fantasiar de dinheiro, e sair por aí, na teia do youtube; pari passu com o fluxo e refluxo da sociedade do espetáculo mesclada com o tempo líquido que abortou as eras culturais de ouro dos ANOS DOURADOS, ou da REVOLUÇÃO CULTURAL.
Hoje, a vida segue longe da Leitura, longe da História, longe da Educação. A palavra MODERNO, significa recente, contemporâneo, porém o que se projeta além, ou seja, a pós-modernidade, se traduz em além do termo modernus. Modernus? nesse momento; em que a vida escoa por entre os dedos: É TIRANIA. Mandatários gritando e xingando, e por fim extinguindo milhões de brasileiros...No turbilhão do desamor.
Tais chefes, se deliciam em almoços, como se estivesse salvando vidas. Infelizmente, um dos convidados de um desses, foi o líder máximo do Ministério da Saúde. O Brasil possui 180.000 almas que desceram ao pó; e o Planalto se alia aos representantes culturais/musicais dessa cultura de massa recriada nas placas de petri das ditaduras dos séculos de Casa Grande e Senzala que realiza a antropofagia de inocentes sonhos e gentes.
Pois é, milionários cantores ditos sertanejos, donos de vastas fazendas, são idolatrados por paupérrimos ( diariamente ) em suas faustas rotinas felizes e exploradoras; esta gente, que através das famosas lives de cativeiro: escravizam seu rebanho incauto. E dentre estes espectadores estão alunos do Estado do Rio de Janeiro, que segundo fontes seríssimas, têm a falta diária do pão.
Vivemos sob apartheid, um apartheid global, que exclui, e cancela. Que demoniza as pessoas que não idolatram os ídolos falsos, pegajosos, inescrupulosos e mercadores da mídia. Os agrupados não pensam, apenas, obedecem. Sócrates, o filósofo, já sabia disso, por isso proferiu: "O poder se torna mais forte quando ninguém pensa".
A individualidade está no campo de concentração, e isso se dá em todos os âmbitos: Fóruns, Plenários, Executivo, Judiciário, Parlamento, Redações de jornalismo, Escolas e etc.
Há fascismo em tudo, procure e você achará...
Qual é o remédio para que a educação de cunho escravagista seja freada? Nunca deixar morrer o Homo sapiens criativus.
Há uma escalada para que ocorra extinção do Homo sapiens criativus.
Os paradigmas tecnológicos com seu viés empresarial vem subjugando a mentalidade criativa do ser humano. Torno a reiterar, o quanto é desconfortável (para determinada parcela de discentes) espectar e expectar aulas que vendem o modelo tecnológico como salvador do mundo. Usando frases como: "hello meu pessoal chic, estou fazendo uma obra na minha casa, e as fechaduras que vou usar são incríveis e inteligentes, mas são caras", ou "como é massa, a "gente" ter sua capacidade de produzir (sendo medida) pela tecnologia em favor da meritocracia, gente é tudo de bom, não acham". O exemplo supracitado adveio de uma aula magna de jornalismo.
Dormir nas cavernas, foi uma conquista tecnológica, e sem dúvida, a busca por conforto, nada mais é que a "velha e boa" adaptação do sujeito ao meio; será isto uma demonstração do quanto a cognição humana evolui? O fragmento abaixo, que integra uma das Antologias da editora Perse e também foi publicada pela ENVOLVERDE, demonstra o quanto há dilema na sobrevivência da ética.
SER HUMANO
"Surgimos dentro de um mar tão primitivo, através de uma grandiosa explosão, que gerou todo o universo, que ainda tão mal conhecemos... Depois, de alguma forma evoluímos; a partir de um coacervado tão simples...
Após tantas mudanças mutantes, chegamos a andar sobre os dois pés; quebrando o convencional, que por tantos milhões de anos fora o trivial entre as outras espécies do mundo animal.
Um dia levantamos nossos pés da terra africana, berço de nosso surgimento, e caminhamos eretos e resolutos rumo ao inexplorado, e já levávamos conosco: as ferramentas que já havíamos confeccionado para nos auxiliar nas mais variadas necessidades e apetites.
Depois que o nosso pêlo caíra, o nosso funcionamento cerebral levou-nos a criar o elemento fogo para nos aquecer... Já fazíamos a diferença no mundo.
No entanto, ao nos depararmos com outra tribo, menos eficiente, e mais forte, nos sentimos intimidados e superiores, e então surgia: a volúpia, o ego, e a sede de poder... Foi então que exercitamos pela primeira vez a luta corporal interespecífica e passamos a ser a única espécie humana da Terra.
Nossos mortos, já não eram abandonados, jazendo sem um funeral, nós o adornávamos e chorávamos por eles - nosso sentimento surgia... E nosso egoísmo crescia e permanecia ao lado dele, especialmente quando matamos o Deus, que se fez carne para nos salvar...
E hoje perguntamos: seríamos o mal resultado de uma experiência, a luta do bem contra o mal, ou apenas uma espécie prestes a desaparecer?
Ninguém na face deste planeta ainda consegue responder, mas eu pergunto a todos: será que somos melhores que os dinossauros; que viveram felizes aqui, o maior tempo descrito, aproximadamente Sessenta e cinco milhões de anos... sem ferir o ecossistema; e sem matar por poder." VALÉRIA GUERRA REITER.
E após esta degustação poética, voltamos a falar da nossa "criatividade", que atualmente vem sendo cancelada através da massiva publicidade do lema: FORA DO CAPITALISMO DE VIGILÂNCIA NÃO HÁ SALVAÇÃO. Através do submundo das IOTS (internet das coisas): deveremos "ter" e não "ser". Será que estamos forjando uma existência onde possuir coisas nos faz mais inteligentes?
O mercado de professores que se tornam mestres, doutores ou pós-doutores; "copiando e colando" de seus pares (que também exercem tal prática) cresce vertiginosamente, e é esta espécie que prega que ser reflexivo é um ato de vandalismo frente às maravilhas que a "internet das coisas" pode nos proporcionar: afinal, a internet das coisas não é para todos; assim caminha a humanidade controlada por um sistema desigual e combinado: eles realizam suas videoaulas ostentando suas salas bem montadas, com belos sofás e outros mobiliários luxuosos. As universidades estão utilizando o paradigma vigoroso da "unanimidade dos conceitos": que escolhe a dedo quem poderá ingressar em um mercado que fecha às portas na cara do Homo sapiens criativus.
O texto "Ser Humano" acima citado foi escolhido para integrar Coletânea de editora comprometida com a práxis da reflexão. No entanto, ouvimos de outro mercado, onde ele fora publicado,o seguinte: "O texto irá ser publicado aqui na agência, pelo fato de ser muito bom, mas nosso viés agora é dar voz a temática das IOTS; e tomando como base as nossas explanações nas lives de quintas-feiras". E pasmem a referida agência é de cunho ambientalista. Pois é, meus amigos leitores, estamos caminhando para o precipício da falta de liberdade e criatividade de expressão. O poço de piche aguarda os intelectuais.
Será que a Internet das Coisas poderá salvar o intelecto humano, ou realmente seremos reduzidos a simples autômatos degenerados?
DEFINIR É LIMITAR, como bem disse Oscar Wilde. E lembrando deste escritor, não poderemos esquecer que viver e existir são situações antagônicas. Como poderemos superar a hostilidade advinda de uma colonialidade que se tornou intrínseca ao povo americano do sul; e em especial ao Brasil?
A Educação vigente é ou não é uma Fabriqueta de futuros detonadores de bancos?
O artigo 26 que consta na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, que apregoa que toda pessoa terá direito à Educação gratuita; se faz (apenas) em uma simples retórica geradora de estoicismo.
Sim, a “Toda ação humana subjaz a desordem". O ser humano , em sua maioria, não despertou para o fato de que a FORÇA DE TRABALHO é um bem.
A frase de Jacquard (1995: 30) cai como uma luva: "Já não é necessário explorar os trabalhadores, não necessitar deles já é suficiente. A exploração foi substituída pela exclusão”. A política é excludente por natureza, os termos surgem e são aplicados para “enfeitar o pavão”.
A escola precisa ter as asas da sabedoria real; e INCLUIR o Homo sapiens, que é a espécie sábia e vigente: elementar. Sempre durante o meu percurso acadêmico, junto aos meus alunos; os tive como meus iguais, no sentido de que SOMOS TODOS HUMANOS e possuímos PRONTIDÃO: dentro de nossas personalizadas valises educativas.
A palavra aluno já nos diz tudo: seres em processo de alumiação. A missão do professor/alumiador é DAR ASA.
infelizmente,há professores/marginalizadores. Convivo com alguns assim.
No entanto, ainda creio que suas ações são fruto de uma colonização de mentes. Já que nosso “estado secular” é de vítimas psicológicas da colonização.
Enquanto houver um padrão eurocêntrico e um modo de produção capitalista explorador, sem equidade: a Educação será desigual para todos. E, consequentemente, o salário chamado de mínimo continuará (como corrente) no pescoço do escravo pós-moderno que sem voz e vez na SOCIEDADE DA CASA GRANDE: Viverá amontoado na SENZALA ad-aeternum. São 14 milhões que vivem à deriva; se arrastando no charco da marginalização e sem as asas do conhecimento: sonegadas pela colonialidade vigente; filha de uma megaoperação mercantilista e colonialista programada para o futuro reino do "Ah tá bom".
Ah, tá bom! - A educação trincada - ARTIGO DO BRASIL 247, por Valéria Guerra Reiter.
Normalmente, durante algum tempo, a frase "Ah tá bom" já foi escutada por muitos professores durante seu trajeto docente, advinda de seus discentes, dentro de uma sala de aula qualquer, em uma série qualquer... de uma escola formal qualquer... do território nacional.
Tal situação não é, de certo modo, incomum de trezentos anos para cá, ou seja, desde a Reforma Pombalina, com uma educação por aulas régias. Não esquecendo que se trata da educação brasileira, com sua trajetória recheada de Reformas e ajustes nas regras e leis da educação; que se estende desde um Brasil colonizado e domesticado por padres jesuítas que educavam e catequizavam os indígenas e a posteriori: a matriz aqui nascida e renascida.
O Brasil já tinha uma cultura estabelecida antes do seu "Descobrimento", observa-se no trecho em seguida: "O grupo indígena majoritário no Brasil, quando da chegada dos primeiros europeus, é do tronco linguístico tupi-guarani, cujos integrantes eram praticantes da economia de subsistência"; tal trecho é extraído do livro: "O povo brasileiro" escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro.
Qualquer sala de aula se constitui em um espaço democrático, que requer debate, e os alunos, etimologicamente são seres em alumiação e o processo educacional é PERMANENTE. Aqui e agora, ao escrever este texto, se estabelece um processo de ensino e aprendizagem onde o conhecimento e reflexão são a tônica; e mesmo sem o espaço físico, o leitor sofrerá um despertamento, e/ou não conformismo na busca de mais conhecimento...
O professor não é um catequista, que quer difundir uma ideologia que converge para o adestramento, e com isso transformar o humano em fantoche. O professor, ou, o que o valha, é sim, um educador, um ator, um artista, é um homem ou uma mulher que deseja alertar, conduzir à reflexão, estimular as pessoas sedentas de leitura, e que nem sabem disso, mas que necessitam do ato de ler, como de oxigênio.
E o aluno do Ensino fundamental e médio de um Brasil em desconstrução, cheio de desmandos políticos, com todos os vícios que se arrastam desde a sua "Colonização cheia de salvação" pela fé e pela religiosidade - não encontra solução melhor para proferir além de um "Ah... tá bom" para seus resultados acadêmicos, em uma trajetória de baixa autoestima histórica; de um filho da catarse centenária da dominação e subjugação a um eterno calabouço colonial. "Abrigados" sob o manto de Democracias falseadas de populismo alternadas por ditaduras militares o aluno nacional se tornou um espectro sempre dizendo: "Ah tá bom" diante de medíocres resultados; e então somos o retrato fiel de um universitário, de um aluno médio, ou de um aluno fundamental que se conforma com médias incipientes, por exemplo, como 5,0.
Quando este professor, ou este aluno descobre que o seu país só conseguiu instituir a primeira Universidade brasileira, em relação à América latina, com uma distância de trezentos anos; ele poderá entender a razão de uma chuva de "Ah tá bom".
No tempo e no espaço – lá estava a Escola: nas indagações do filósofo Sócrates, querendo saber de seus concidadãos sobre a origem das coisas, em sua essência mais cara e rara, e valorizando sobremaneira o conhecimento...
Ensinar e aprender – o binômio da vida, que ao longo de toda a existência do ser orgânico, vem se perpetuando. A princípio informalmente, e depois já de forma instituída, hoje parece naufragar em um universo capitalista que tem no Mercado o seu maior parâmetro.
Para muitos, a Escola agora não passa de ESCRAVIDÃO, sim uma prisão para o aluno e para o professor, ambos acorrentados ao Império do holocausto social desvairado pela pequenez econômica, política, social, midiática, cultural, humana, imposta pela dominação que nunca cessou nesse gigante continental que vive à deriva. Este país diverso e desigual, onde o professor flutua em meio às intempéries - como um herói, por ainda resistir a tantas pressões, que o esmagam frente ao egoísmo de quem pensa ser administrador ideal.
A Educação cristal que a qualquer momento quebrará, diante de tanto desleixo ao conduzi-la, em mãos que tentam torná-la sem partido, sem memória, e sem autonomia. Afinal a "A educação arbitrária é uma ferida aberta", a frase está no site o pensador.com. E como administrar a Educação brasileira,que se desfaz de forma crível, e injusta: desde as fraudes nos Concursos de ingresso nos bancos públicos; da Universidade até às gestões corruptas administradas por políticos que naturalmente em seus verdes anos escolares podem até ter dito: "Ah tá bom!".
#LeiaBrazilevireBrasil
COLONIZAÇÃO DE MENTES E O REINO DO "AH TÁ BOM."
POR VALÉRIA SÁ GUERRA DE ARAÚJO.
A colonialidade é um estado. O povo que nasceu do processo "civilizatório" chamado de colonização: possui sequelas profundas, veja o fragmento abaixo.
"O povo-nação não surge no Brasil da evolução de formas anteriores de sociabilidade, em que grupos humanos se estruturam em classes opostas, mas se conjugam para atender às suas necessidades de sobrevivência e progresso. Surge, isto sim, da concentração de uma força de trabalho escrava, recrutada para servir a propósitos mercantis alheios a ela, através de processos tão violentos de ordenação e repressão que constituiram, de fato, um continuado genocídio e um etnocídio implacável." (O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil , p.23) por Darcy Ribeiro. EDUCADO PARA SER EXPLORADO O POVO BRASILEIRO SEGUE COMO PASSAGEIRO DA AGONIA...
Produtos de uma colonização e neocolonização, o povo brasileiro, como latino-americano, é sem dúvida um PASSAGEIRO DA AGONIA. Sua baixa autoestima histórica, como bem cunhei o termo: é fato. Já sabemos que como vítimas de uma colonialidade patológica já somos paridos com a pecha: de submissos e jecas.
Somos sim, recriados nos fornos do modelo eurocêntrico e estadunidense. Cada fornada já vem com a marca amaldiçoada da colonialidade. Somos repatriados (dentro de nossa própria terra) à mera condição de EXPLORADOS. Libertação e emancipação devem ser as palavras de ordem, para salvar os eternos colonizados do capitalismo opressor.
E ninguém melhor do que a FILOSOFIA na pessoa dos filósofos para trazer à tona o "afogado" social latino-americano. Este aferroado "ser" que é massacrado pelo herói da batalha sangrenta pela paz.
Por paz? sim, por paz. Desde que o mundo existe, que ESTAMOS EM GUERRA. E é claro que o objeto disputado pelos senhores de esta contenda milenar ( é de forma disfarçada) sempre) em busca da paz. Ora, ora, que PAZ é esta? que ESCRAVIZA E DILACERA...
Ou melhor, que claustro de dor é este que denominam de falta de PAZ, que precisa ser caçada pelo armamento sanguinário do infame e intolerante IMPERIALISMO..
A minha paz, sem dúvida, não é a sua. Elas ocupam espaços antagônicos: eu gosto de morango, você não: eu escuto Mozart, você não gosta de ler...e por aí afora ...A tolerância é o modo prático de exercer a democracia. O que não podemos tolerar é o vitupério, que dividiu o mundo em classes e castas. Uma rainha na Inglaterra, com seus congêneres, possui todas as regalias, através de uma tradição anacrônica, que como herança augusta do absolutismo: é ainda hoje um emblema entre as nações.
Ius dominativum, ou rechtlos são direções e termos que acalentam os tempos de barbárie, mas não a barbárie, não romana ou não grega. Afinal ser um bárbaro na acepção da palavra significa: inculto. E o que é ser inculto? seria não ser um médico, ou um jornalista? ou seria um leitor inveterado, porém um péssimo piloto de aeronave? o ponto de vista e a cultura fazem a diferença...
E Dussel, sabe que ainda não produzimos uma EDUCAÇÃO PARA TODOS, DE FORMA LIBERTÁRIA.
E o que fazer para transformar o ponto de origem do flagelo educacional e educativo de uma EDUCAÇÃO FEITA E REFEITA PARA EXPLORAR?
Quando Nicolau Maquiavel, filósofo absolutista, escreveu o manual para os monarcas em seu livro: O PRÍNCIPE, que por sinal, se constitui no livro de cabeceira de advogados e políticos: ele tinha em mente exercer a procriação sanguinária de uma horda de tiranos, já que ele apregoou que ser temido, é melhor que ser amado.
Então, hoje, na pós-modernidade cruel, este preceito não é exclusivo dos soberanos reais; ele é utilizado por diretores de Escola. Eu mesma já vi diretoras, usando e abusando do poderio "da falsa gestão" para tomadas de decisões arbitrárias.
Infelizmente, há Bodins espalhados nos jardins da aflição humana, dentro e fora das Escolas, que ficam sem asas, e cometem as mais atrozes arbitrariedades. Talvez, alguns meritocratas fisiológicos pensem como o filósofo Bodin: "Que são representantes de Deus na Terra..."
O desfile de trajes da posse de uma governança que riu de cento e oitenta milhões de mortos por um vírus mortal: foi um acontecimento breve que anunciou que houve muito mais involução do que evolução no planeta ao longo de sua História social.
Que possamos como educadores, mudar o rumo da historiografia, e através de uma revolução de asas libertas: alçar um voo como o da águia redescoberta e vigorosa. Uni-vos mestres, e façamos das palavras abaixo, um lema de mudança REAL, e não VIRTUAL.
A VIDA É UM DESENHO, NÃO MORRA COMO UM RASCUNHO.
Colonizar as mentes leva à a-criatividade.
Vivemos sob intenso estado de colonialidade, ou seja, somos filhos de um hediondo colonialismo; portanto todo o resultado político, religioso e ético, que nos abarca: se faz em função di sequenciamento de este estado quase inato de baixa autoestima histórica.
O termo referido aqui Como "baixa autoestima histórica" desde já, afirmo: ser de minha autoria. Nossa história é de resistir, porém também é de "vendar os olhos"; somos feitos de sentimentos e emoções. A quarta Revolução industrial está lutando para modelar a sua massa, de maneira radical: excluir os resistentes, ou melhor, os criativos...
Falando em criatividade, me lembrei do desenho "Coragem, o cão covarde", que em minha opinião esbanja criatividade. A frase do poeta e escritor Fernando Pessoa já demonstra o quanto a arte (que é criativa) é aliada forte do ser humano, principalmente, no que tange à liberdade de expressão. Ele disse que a arte é auto expressão lutando para ser absoluta.
O ser humano possui a inteligência artística, que é uma das oito inteligências psicológicas múltiplas atribuídas aos indivíduos, vide os estudos de Howard Gardner. E voltando a Coragem, o cãozinho afável que ama sua dona Muriel; ele não poupa esforços para salvaguardar a compreensiva e altruísta senhora.
E o canino com nome de galhardia, na verdade, oferece ao espectador um terremoto de emoções contrárias ao comportamento destemido que o personagem demonstra. Mas, existe algo que move CORAGEM, O CÃO COVARDE: o amor.
A filosofia, que é a busca pela sabedoria, tenta explicar o comportamento humano, e isso é milenar. A práxis, precisa da ética, e ambas necessitam da liberdade de escolha para equilibrar o convívio mútuo nas sociedades. O livre-arbítrio é fundamental nesta hora. As diferenças existem entre nós, mas o que nos une é a capacidade cognitiva. O inatismo é genético, e define nossa altura, cor-do- olhos, cor-da-tez; no entanto possuir intelecção e amor, são virtudes que podem ser adquiridas ao longo da história do Homem.
Afinal, é a dúvida, e não a certeza que sempre será a mola propulsora do conhecimento humano: "Inteligência é uma coisa, adestramento é outra" (Valéria Guerra Reiter).
Nossas terras e mentes foram barbaramente colonizadas, e agora é imperioso uma contrapartida, nem que seja através de sublevações, que na verdade sempre existiram, mas utopicamente. Nós vivemos sim em uma contemporaneidade mais obscura. A Idade Média considerada trevosa conseguiu ser menos abjeta: como fase histórica.
A pós-modernidade possui a incipiência como ídolo. A velocidade como totem, e a cultura de massa como Deus. A vida é apenas um detalhe, para quem pensa que "viver" é se fantasiar de dinheiro, e sair por aí, na teia do youtube; pari passu com o fluxo e refluxo da sociedade do espetáculo mesclada com o tempo líquido que abortou as eras culturais de ouro dos ANOS DOURADOS, ou da REVOLUÇÃO CULTURAL.
Hoje, a vida segue longe da Leitura, longe da História, longe da Educação. A palavra MODERNO, significa recente, contemporâneo, porém o que se projeta além, ou seja, a pós-modernidade, se traduz em além do termo modernus. Modernus? nesse momento; em que a vida escoa por entre os dedos: É TIRANIA. Mandatários gritando e xingando, e por fim extinguindo milhões de brasileiros...No turbilhão do desamor.
Tais chefes, se deliciam em almoços, como se estivesse salvando vidas. Infelizmente, um dos convidados de um desses, foi o líder máximo do Ministério da Saúde. O Brasil possui 180.000 almas que desceram ao pó; e o Planalto se alia aos representantes culturais/musicais dessa cultura de massa recriada nas placas de petri das ditaduras dos séculos de Casa Grande e Senzala que realiza a antropofagia de inocentes sonhos e gentes.
Pois é, milionários cantores ditos sertanejos, donos de vastas fazendas, são idolatrados por paupérrimos ( diariamente ) em suas faustas rotinas felizes e exploradoras; esta gente, que através das famosas lives de cativeiro: escravizam seu rebanho incauto. E dentre estes espectadores estão alunos do Estado do Rio de Janeiro, que segundo fontes seríssimas, têm a falta diária do pão.
Vivemos sob apartheid, um apartheid global, que exclui, e cancela. Que demoniza as pessoas que não idolatram os ídolos falsos, pegajosos, inescrupulosos e mercadores da mídia. Os agrupados não pensam, apenas, obedecem. Sócrates, o filósofo, já sabia disso, por isso proferiu: "O poder se torna mais forte quando ninguém pensa".
A individualidade está no campo de concentração, e isso se dá em todos os âmbitos: Fóruns, Plenários, Executivo, Judiciário, Parlamento, Redações de jornalismo, Escolas e etc.
Há fascismo em tudo, procure e você achará...
Qual é o remédio para que a educação de cunho escravagista seja freada? Nunca deixar morrer o Homo sapiens criativus.
Há uma escalada para que ocorra extinção do Homo sapiens criativus.
Os paradigmas tecnológicos com seu viés empresarial vem subjugando a mentalidade criativa do ser humano. Torno a reiterar, o quanto é desconfortável (para determinada parcela de discentes) espectar e expectar aulas que vendem o modelo tecnológico como salvador do mundo. Usando frases como: "hello meu pessoal chic, estou fazendo uma obra na minha casa, e as fechaduras que vou usar são incríveis e inteligentes, mas são caras", ou "como é massa, a "gente" ter sua capacidade de produzir (sendo medida) pela tecnologia em favor da meritocracia, gente é tudo de bom, não acham". O exemplo supracitado adveio de uma aula magna de jornalismo.
Dormir nas cavernas, foi uma conquista tecnológica, e sem dúvida, a busca por conforto, nada mais é que a "velha e boa" adaptação do sujeito ao meio; será isto uma demonstração do quanto a cognição humana evolui? O fragmento abaixo, que integra uma das Antologias da editora Perse e também foi publicada pela ENVOLVERDE, demonstra o quanto há dilema na sobrevivência da ética.
SER HUMANO
"Surgimos dentro de um mar tão primitivo, através de uma grandiosa explosão, que gerou todo o universo, que ainda tão mal conhecemos... Depois, de alguma forma evoluímos; a partir de um coacervado tão simples...
Após tantas mudanças mutantes, chegamos a andar sobre os dois pés; quebrando o convencional, que por tantos milhões de anos fora o trivial entre as outras espécies do mundo animal.
Um dia levantamos nossos pés da terra africana, berço de nosso surgimento, e caminhamos eretos e resolutos rumo ao inexplorado, e já levávamos conosco: as ferramentas que já havíamos confeccionado para nos auxiliar nas mais variadas necessidades e apetites.
Depois que o nosso pêlo caíra, o nosso funcionamento cerebral levou-nos a criar o elemento fogo para nos aquecer... Já fazíamos a diferença no mundo.
No entanto, ao nos depararmos com outra tribo, menos eficiente, e mais forte, nos sentimos intimidados e superiores, e então surgia: a volúpia, o ego, e a sede de poder... Foi então que exercitamos pela primeira vez a luta corporal interespecífica e passamos a ser a única espécie humana da Terra.
Nossos mortos, já não eram abandonados, jazendo sem um funeral, nós o adornávamos e chorávamos por eles - nosso sentimento surgia... E nosso egoísmo crescia e permanecia ao lado dele, especialmente quando matamos o Deus, que se fez carne para nos salvar...
E hoje perguntamos: seríamos o mal resultado de uma experiência, a luta do bem contra o mal, ou apenas uma espécie prestes a desaparecer?
Ninguém na face deste planeta ainda consegue responder, mas eu pergunto a todos: será que somos melhores que os dinossauros; que viveram felizes aqui, o maior tempo descrito, aproximadamente Sessenta e cinco milhões de anos... sem ferir o ecossistema; e sem matar por poder." VALÉRIA GUERRA REITER.
E após esta degustação poética, voltamos a falar da nossa "criatividade", que atualmente vem sendo cancelada através da massiva publicidade do lema: FORA DO CAPITALISMO DE VIGILÂNCIA NÃO HÁ SALVAÇÃO. Através do submundo das IOTS (internet das coisas): deveremos "ter" e não "ser". Será que estamos forjando uma existência onde possuir coisas nos faz mais inteligentes?
O mercado de professores que se tornam mestres, doutores ou pós-doutores; "copiando e colando" de seus pares (que também exercem tal prática) cresce vertiginosamente, e é esta espécie que prega que ser reflexivo é um ato de vandalismo frente às maravilhas que a "internet das coisas" pode nos proporcionar: afinal, a internet das coisas não é para todos; assim caminha a humanidade controlada por um sistema desigual e combinado: eles realizam suas videoaulas ostentando suas salas bem montadas, com belos sofás e outros mobiliários luxuosos. As universidades estão utilizando o paradigma vigoroso da "unanimidade dos conceitos": que escolhe a dedo quem poderá ingressar em um mercado que fecha às portas na cara do Homo sapiens criativus.
O texto "Ser Humano" acima citado foi escolhido para integrar Coletânea de editora comprometida com a práxis da reflexão. No entanto, ouvimos de outro mercado, onde ele fora publicado,o seguinte: "O texto irá ser publicado aqui na agência, pelo fato de ser muito bom, mas nosso viés agora é dar voz a temática das IOTS; e tomando como base as nossas explanações nas lives de quintas-feiras". E pasmem a referida agência é de cunho ambientalista. Pois é, meus amigos leitores, estamos caminhando para o precipício da falta de liberdade e criatividade de expressão. O poço de piche aguarda os intelectuais.
Será que a Internet das Coisas poderá salvar o intelecto humano, ou realmente seremos reduzidos a simples autômatos degenerados?
DEFINIR É LIMITAR, como bem disse Oscar Wilde. E lembrando deste escritor, não poderemos esquecer que viver e existir são situações antagônicas. Como poderemos superar a hostilidade advinda de uma colonialidade que se tornou intrínseca ao povo americano do sul; e em especial ao Brasil?
A Educação vigente é ou não é uma Fabriqueta de futuros detonadores de bancos?
O artigo 26 que consta na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, que apregoa que toda pessoa terá direito à Educação gratuita; se faz (apenas) em uma simples retórica geradora de estoicismo.
Sim, a “Toda ação humana subjaz a desordem". O ser humano , em sua maioria, não despertou para o fato de que a FORÇA DE TRABALHO é um bem.
A frase de Jacquard (1995: 30) cai como uma luva: "Já não é necessário explorar os trabalhadores, não necessitar deles já é suficiente. A exploração foi substituída pela exclusão”. A política é excludente por natureza, os termos surgem e são aplicados para “enfeitar o pavão”.
A escola precisa ter as asas da sabedoria real; e INCLUIR o Homo sapiens, que é a espécie sábia e vigente: elementar. Sempre durante o meu percurso acadêmico, junto aos meus alunos; os tive como meus iguais, no sentido de que SOMOS TODOS HUMANOS e possuímos PRONTIDÃO: dentro de nossas personalizadas valises educativas.
A palavra aluno já nos diz tudo: seres em processo de alumiação. A missão do professor/alumiador é DAR ASA.
infelizmente,há professores/marginalizadores. Convivo com alguns assim.
No entanto, ainda creio que suas ações são fruto de uma colonização de mentes. Já que nosso “estado secular” é de vítimas psicológicas da colonização.
Enquanto houver um padrão eurocêntrico e um modo de produção capitalista explorador, sem equidade: a Educação será desigual para todos. E, consequentemente, o salário chamado de mínimo continuará (como corrente) no pescoço do escravo pós-moderno que sem voz e vez na SOCIEDADE DA CASA GRANDE: Viverá amontoado na SENZALA ad-aeternum. São 14 milhões que vivem à deriva; se arrastando no charco da marginalização e sem as asas do conhecimento: sonegadas pela colonialidade vigente; filha de uma megaoperação mercantilista e colonialista programada para o futuro reino do "Ah tá bom".
Ah, tá bom! - A educação trincada - ARTIGO DO BRASIL 247, por Valéria Guerra Reiter.
Normalmente, durante algum tempo, a frase "Ah tá bom" já foi escutada por muitos professores durante seu trajeto docente, advinda de seus discentes, dentro de uma sala de aula qualquer, em uma série qualquer... de uma escola formal qualquer... do território nacional.
Tal situação não é, de certo modo, incomum de trezentos anos para cá, ou seja, desde a Reforma Pombalina, com uma educação por aulas régias. Não esquecendo que se trata da educação brasileira, com sua trajetória recheada de Reformas e ajustes nas regras e leis da educação; que se estende desde um Brasil colonizado e domesticado por padres jesuítas que educavam e catequizavam os indígenas e a posteriori: a matriz aqui nascida e renascida.
O Brasil já tinha uma cultura estabelecida antes do seu "Descobrimento", observa-se no trecho em seguida: "O grupo indígena majoritário no Brasil, quando da chegada dos primeiros europeus, é do tronco linguístico tupi-guarani, cujos integrantes eram praticantes da economia de subsistência"; tal trecho é extraído do livro: "O povo brasileiro" escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro.
Qualquer sala de aula se constitui em um espaço democrático, que requer debate, e os alunos, etimologicamente são seres em alumiação e o processo educacional é PERMANENTE. Aqui e agora, ao escrever este texto, se estabelece um processo de ensino e aprendizagem onde o conhecimento e reflexão são a tônica; e mesmo sem o espaço físico, o leitor sofrerá um despertamento, e/ou não conformismo na busca de mais conhecimento...
O professor não é um catequista, que quer difundir uma ideologia que converge para o adestramento, e com isso transformar o humano em fantoche. O professor, ou, o que o valha, é sim, um educador, um ator, um artista, é um homem ou uma mulher que deseja alertar, conduzir à reflexão, estimular as pessoas sedentas de leitura, e que nem sabem disso, mas que necessitam do ato de ler, como de oxigênio.
E o aluno do Ensino fundamental e médio de um Brasil em desconstrução, cheio de desmandos políticos, com todos os vícios que se arrastam desde a sua "Colonização cheia de salvação" pela fé e pela religiosidade - não encontra solução melhor para proferir além de um "Ah... tá bom" para seus resultados acadêmicos, em uma trajetória de baixa autoestima histórica; de um filho da catarse centenária da dominação e subjugação a um eterno calabouço colonial. "Abrigados" sob o manto de Democracias falseadas de populismo alternadas por ditaduras militares o aluno nacional se tornou um espectro sempre dizendo: "Ah tá bom" diante de medíocres resultados; e então somos o retrato fiel de um universitário, de um aluno médio, ou de um aluno fundamental que se conforma com médias incipientes, por exemplo, como 5,0.
Quando este professor, ou este aluno descobre que o seu país só conseguiu instituir a primeira Universidade brasileira, em relação à América latina, com uma distância de trezentos anos; ele poderá entender a razão de uma chuva de "Ah tá bom".
No tempo e no espaço – lá estava a Escola: nas indagações do filósofo Sócrates, querendo saber de seus concidadãos sobre a origem das coisas, em sua essência mais cara e rara, e valorizando sobremaneira o conhecimento...
Ensinar e aprender – o binômio da vida, que ao longo de toda a existência do ser orgânico, vem se perpetuando. A princípio informalmente, e depois já de forma instituída, hoje parece naufragar em um universo capitalista que tem no Mercado o seu maior parâmetro.
Para muitos, a Escola agora não passa de ESCRAVIDÃO, sim uma prisão para o aluno e para o professor, ambos acorrentados ao Império do holocausto social desvairado pela pequenez econômica, política, social, midiática, cultural, humana, imposta pela dominação que nunca cessou nesse gigante continental que vive à deriva. Este país diverso e desigual, onde o professor flutua em meio às intempéries - como um herói, por ainda resistir a tantas pressões, que o esmagam frente ao egoísmo de quem pensa ser administrador ideal.
A Educação cristal que a qualquer momento quebrará, diante de tanto desleixo ao conduzi-la, em mãos que tentam torná-la sem partido, sem memória, e sem autonomia. Afinal a "A educação arbitrária é uma ferida aberta", a frase está no site o pensador.com. E como administrar a Educação brasileira,que se desfaz de forma crível, e injusta: desde as fraudes nos Concursos de ingresso nos bancos públicos; da Universidade até às gestões corruptas administradas por políticos que naturalmente em seus verdes anos escolares podem até ter dito: "Ah tá bom!".
#LeiaBrazilevireBrasil
COLONIZAÇÃO DE MENTES E O REINO DO "AH TÁ BOM."
POR VALÉRIA SÁ GUERRA DE ARAÚJO.
A colonialidade é um estado. O povo que nasceu do processo "civilizatório" chamado de colonização: possui sequelas profundas, veja o fragmento abaixo.
"O povo-nação não surge no Brasil da evolução de formas anteriores de sociabilidade, em que grupos humanos se estruturam em classes opostas, mas se conjugam para atender às suas necessidades de sobrevivência e progresso. Surge, isto sim, da concentração de uma força de trabalho escrava, recrutada para servir a propósitos mercantis alheios a ela, através de processos tão violentos de ordenação e repressão que constituiram, de fato, um continuado genocídio e um etnocídio implacável." (O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil , p.23) por Darcy Ribeiro. EDUCADO PARA SER EXPLORADO O POVO BRASILEIRO SEGUE COMO PASSAGEIRO DA AGONIA...
Produtos de uma colonização e neocolonização, o povo brasileiro, como latino-americano, é sem dúvida um PASSAGEIRO DA AGONIA. Sua baixa autoestima histórica, como bem cunhei o termo: é fato. Já sabemos que como vítimas de uma colonialidade patológica já somos paridos com a pecha: de submissos e jecas.
Somos sim, recriados nos fornos do modelo eurocêntrico e estadunidense. Cada fornada já vem com a marca amaldiçoada da colonialidade. Somos repatriados (dentro de nossa própria terra) à mera condição de EXPLORADOS. Libertação e emancipação devem ser as palavras de ordem, para salvar os eternos colonizados do capitalismo opressor.
E ninguém melhor do que a FILOSOFIA na pessoa dos filósofos para trazer à tona o "afogado" social latino-americano. Este aferroado "ser" que é massacrado pelo herói da batalha sangrenta pela paz.
Por paz? sim, por paz. Desde que o mundo existe, que ESTAMOS EM GUERRA. E é claro que o objeto disputado pelos senhores de esta contenda milenar ( é de forma disfarçada) sempre) em busca da paz. Ora, ora, que PAZ é esta? que ESCRAVIZA E DILACERA...
Ou melhor, que claustro de dor é este que denominam de falta de PAZ, que precisa ser caçada pelo armamento sanguinário do infame e intolerante IMPERIALISMO..
A minha paz, sem dúvida, não é a sua. Elas ocupam espaços antagônicos: eu gosto de morango, você não: eu escuto Mozart, você não gosta de ler...e por aí afora ...A tolerância é o modo prático de exercer a democracia. O que não podemos tolerar é o vitupério, que dividiu o mundo em classes e castas. Uma rainha na Inglaterra, com seus congêneres, possui todas as regalias, através de uma tradição anacrônica, que como herança augusta do absolutismo: é ainda hoje um emblema entre as nações.
Ius dominativum, ou rechtlos são direções e termos que acalentam os tempos de barbárie, mas não a barbárie, não romana ou não grega. Afinal ser um bárbaro na acepção da palavra significa: inculto. E o que é ser inculto? seria não ser um médico, ou um jornalista? ou seria um leitor inveterado, porém um péssimo piloto de aeronave? o ponto de vista e a cultura fazem a diferença...
E Dussel, sabe que ainda não produzimos uma EDUCAÇÃO PARA TODOS, DE FORMA LIBERTÁRIA.
E o que fazer para transformar o ponto de origem do flagelo educacional e educativo de uma EDUCAÇÃO FEITA E REFEITA PARA EXPLORAR?
Quando Nicolau Maquiavel, filósofo absolutista, escreveu o manual para os monarcas em seu livro: O PRÍNCIPE, que por sinal, se constitui no livro de cabeceira de advogados e políticos: ele tinha em mente exercer a procriação sanguinária de uma horda de tiranos, já que ele apregoou que ser temido, é melhor que ser amado.
Então, hoje, na pós-modernidade cruel, este preceito não é exclusivo dos soberanos reais; ele é utilizado por diretores de Escola. Eu mesma já vi diretoras, usando e abusando do poderio "da falsa gestão" para tomadas de decisões arbitrárias.
Infelizmente, há Bodins espalhados nos jardins da aflição humana, dentro e fora das Escolas, que ficam sem asas, e cometem as mais atrozes arbitrariedades. Talvez, alguns meritocratas fisiológicos pensem como o filósofo Bodin: "Que são representantes de Deus na Terra..."
O desfile de trajes da posse de uma governança que riu de cento e oitenta milhões de mortos por um vírus mortal: foi um acontecimento breve que anunciou que houve muito mais involução do que evolução no planeta ao longo de sua História social.
Que possamos como educadores, mudar o rumo da historiografia, e através de uma revolução de asas libertas: alçar um voo como o da águia redescoberta e vigorosa. Uni-vos mestres, e façamos das palavras abaixo, um lema de mudança REAL, e não VIRTUAL.
A VIDA É UM DESENHO, NÃO MORRA COMO UM RASCUNHO.
Colonizar as mentes leva à a-criatividade.
Vivemos sob intenso estado de colonialidade, ou seja, somos filhos de um hediondo colonialismo; portanto todo o resultado político, religioso e ético, que nos abarca: se faz em função di sequenciamento de este estado quase inato de baixa autoestima histórica.
O termo referido aqui Como "baixa autoestima histórica" desde já, afirmo: ser de minha autoria. Nossa história é de resistir, porém também é de "vendar os olhos"; somos feitos de sentimentos e emoções. A quarta Revolução industrial está lutando para modelar a sua massa, de maneira radical: excluir os resistentes, ou melhor, os criativos...
Falando em criatividade, me lembrei do desenho "Coragem, o cão covarde", que em minha opinião esbanja criatividade. A frase do poeta e escritor Fernando Pessoa já demonstra o quanto a arte (que é criativa) é aliada forte do ser humano, principalmente, no que tange à liberdade de expressão. Ele disse que a arte é auto expressão lutando para ser absoluta.
O ser humano possui a inteligência artística, que é uma das oito inteligências psicológicas múltiplas atribuídas aos indivíduos, vide os estudos de Howard Gardner. E voltando a Coragem, o cãozinho afável que ama sua dona Muriel; ele não poupa esforços para salvaguardar a compreensiva e altruísta senhora.
E o canino com nome de galhardia, na verdade, oferece ao espectador um terremoto de emoções contrárias ao comportamento destemido que o personagem demonstra. Mas, existe algo que move CORAGEM, O CÃO COVARDE: o amor.
A filosofia, que é a busca pela sabedoria, tenta explicar o comportamento humano, e isso é milenar. A práxis, precisa da ética, e ambas necessitam da liberdade de escolha para equilibrar o convívio mútuo nas sociedades. O livre-arbítrio é fundamental nesta hora. As diferenças existem entre nós, mas o que nos une é a capacidade cognitiva. O inatismo é genético, e define nossa altura, cor-do- olhos, cor-da-tez; no entanto possuir intelecção e amor, são virtudes que podem ser adquiridas ao longo da história do Homem.
Afinal, é a dúvida, e não a certeza que sempre será a mola propulsora do conhecimento humano: "Inteligência é uma coisa, adestramento é outra" (Valéria Guerra Reiter).
Nossas terras e mentes foram barbaramente colonizadas, e agora é imperioso uma contrapartida, nem que seja através de sublevações, que na verdade sempre existiram, mas utopicamente. Nós vivemos sim em uma contemporaneidade mais obscura. A Idade Média considerada trevosa conseguiu ser menos abjeta: como fase histórica.
A pós-modernidade possui a incipiência como ídolo. A velocidade como totem, e a cultura de massa como Deus. A vida é apenas um detalhe, para quem pensa que "viver" é se fantasiar de dinheiro, e sair por aí, na teia do youtube; pari passu com o fluxo e refluxo da sociedade do espetáculo mesclada com o tempo líquido que abortou as eras culturais de ouro dos ANOS DOURADOS, ou da REVOLUÇÃO CULTURAL.
Hoje, a vida segue longe da Leitura, longe da História, longe da Educação. A palavra MODERNO, significa recente, contemporâneo, porém o que se projeta além, ou seja, a pós-modernidade, se traduz em além do termo modernus. Modernus? nesse momento; em que a vida escoa por entre os dedos: É TIRANIA. Mandatários gritando e xingando, e por fim extinguindo milhões de brasileiros...No turbilhão do desamor.
Tais chefes, se deliciam em almoços, como se estivesse salvando vidas. Infelizmente, um dos convidados de um desses, foi o líder máximo do Ministério da Saúde. O Brasil possui 180.000 almas que desceram ao pó; e o Planalto se alia aos representantes culturais/musicais dessa cultura de massa recriada nas placas de petri das ditaduras dos séculos de Casa Grande e Senzala que realiza a antropofagia de inocentes sonhos e gentes.
Pois é, milionários cantores ditos sertanejos, donos de vastas fazendas, são idolatrados por paupérrimos ( diariamente ) em suas faustas rotinas felizes e exploradoras; esta gente, que através das famosas lives de cativeiro: escravizam seu rebanho incauto. E dentre estes espectadores estão alunos do Estado do Rio de Janeiro, que segundo fontes seríssimas, têm a falta diária do pão.
Vivemos sob apartheid, um apartheid global, que exclui, e cancela. Que demoniza as pessoas que não idolatram os ídolos falsos, pegajosos, inescrupulosos e mercadores da mídia. Os agrupados não pensam, apenas, obedecem. Sócrates, o filósofo, já sabia disso, por isso proferiu: "O poder se torna mais forte quando ninguém pensa".
A individualidade está no campo de concentração, e isso se dá em todos os âmbitos: Fóruns, Plenários, Executivo, Judiciário, Parlamento, Redações de jornalismo, Escolas e etc.
Há fascismo em tudo, procure e você achará...
Qual é o remédio para que a educação de cunho escravagista seja freada? Nunca deixar morrer o Homo sapiens criativus.
Há uma escalada para que ocorra extinção do Homo sapiens criativus.
Os paradigmas tecnológicos com seu viés empresarial vem subjugando a mentalidade criativa do ser humano. Torno a reiterar, o quanto é desconfortável (para determinada parcela de discentes) espectar e expectar aulas que vendem o modelo tecnológico como salvador do mundo. Usando frases como: "hello meu pessoal chic, estou fazendo uma obra na minha casa, e as fechaduras que vou usar são incríveis e inteligentes, mas são caras", ou "como é massa, a "gente" ter sua capacidade de produzir (sendo medida) pela tecnologia em favor da meritocracia, gente é tudo de bom, não acham". O exemplo supracitado adveio de uma aula magna de jornalismo.
Dormir nas cavernas, foi uma conquista tecnológica, e sem dúvida, a busca por conforto, nada mais é que a "velha e boa" adaptação do sujeito ao meio; será isto uma demonstração do quanto a cognição humana evolui? O fragmento abaixo, que integra uma das Antologias da editora Perse e também foi publicada pela ENVOLVERDE, demonstra o quanto há dilema na sobrevivência da ética.
SER HUMANO
"Surgimos dentro de um mar tão primitivo, através de uma grandiosa explosão, que gerou todo o universo, que ainda tão mal conhecemos... Depois, de alguma forma evoluímos; a partir de um coacervado tão simples...
Após tantas mudanças mutantes, chegamos a andar sobre os dois pés; quebrando o convencional, que por tantos milhões de anos fora o trivial entre as outras espécies do mundo animal.
Um dia levantamos nossos pés da terra africana, berço de nosso surgimento, e caminhamos eretos e resolutos rumo ao inexplorado, e já levávamos conosco: as ferramentas que já havíamos confeccionado para nos auxiliar nas mais variadas necessidades e apetites.
Depois que o nosso pêlo caíra, o nosso funcionamento cerebral levou-nos a criar o elemento fogo para nos aquecer... Já fazíamos a diferença no mundo.
No entanto, ao nos depararmos com outra tribo, menos eficiente, e mais forte, nos sentimos intimidados e superiores, e então surgia: a volúpia, o ego, e a sede de poder... Foi então que exercitamos pela primeira vez a luta corporal interespecífica e passamos a ser a única espécie humana da Terra.
Nossos mortos, já não eram abandonados, jazendo sem um funeral, nós o adornávamos e chorávamos por eles - nosso sentimento surgia... E nosso egoísmo crescia e permanecia ao lado dele, especialmente quando matamos o Deus, que se fez carne para nos salvar...
E hoje perguntamos: seríamos o mal resultado de uma experiência, a luta do bem contra o mal, ou apenas uma espécie prestes a desaparecer?
Ninguém na face deste planeta ainda consegue responder, mas eu pergunto a todos: será que somos melhores que os dinossauros; que viveram felizes aqui, o maior tempo descrito, aproximadamente Sessenta e cinco milhões de anos... sem ferir o ecossistema; e sem matar por poder." VALÉRIA GUERRA REITER.
E após esta degustação poética, voltamos a falar da nossa "criatividade", que atualmente vem sendo cancelada através da massiva publicidade do lema: FORA DO CAPITALISMO DE VIGILÂNCIA NÃO HÁ SALVAÇÃO. Através do submundo das IOTS (internet das coisas): deveremos "ter" e não "ser". Será que estamos forjando uma existência onde possuir coisas nos faz mais inteligentes?
O mercado de professores que se tornam mestres, doutores ou pós-doutores; "copiando e colando" de seus pares (que também exercem tal prática) cresce vertiginosamente, e é esta espécie que prega que ser reflexivo é um ato de vandalismo frente às maravilhas que a "internet das coisas" pode nos proporcionar: afinal, a internet das coisas não é para todos; assim caminha a humanidade controlada por um sistema desigual e combinado: eles realizam suas videoaulas ostentando suas salas bem montadas, com belos sofás e outros mobiliários luxuosos. As universidades estão utilizando o paradigma vigoroso da "unanimidade dos conceitos": que escolhe a dedo quem poderá ingressar em um mercado que fecha às portas na cara do Homo sapiens criativus.
O texto "Ser Humano" acima citado foi escolhido para integrar Coletânea de editora comprometida com a práxis da reflexão. No entanto, ouvimos de outro mercado, onde ele fora publicado,o seguinte: "O texto irá ser publicado aqui na agência, pelo fato de ser muito bom, mas nosso viés agora é dar voz a temática das IOTS; e tomando como base as nossas explanações nas lives de quintas-feiras". E pasmem a referida agência é de cunho ambientalista. Pois é, meus amigos leitores, estamos caminhando para o precipício da falta de liberdade e criatividade de expressão. O poço de piche aguarda os intelectuais.
Será que a Internet das Coisas poderá salvar o intelecto humano, ou realmente seremos reduzidos a simples autômatos degenerados?
DEFINIR É LIMITAR, como bem disse Oscar Wilde. E lembrando deste escritor, não poderemos esquecer que viver e existir são situações antagônicas. Como poderemos superar a hostilidade advinda de uma colonialidade que se tornou intrínseca ao povo americano do sul; e em especial ao Brasil?
A Educação vigente é ou não é uma Fabriqueta de futuros detonadores de bancos?
O artigo 26 que consta na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, que apregoa que toda pessoa terá direito à Educação gratuita; se faz (apenas) em uma simples retórica geradora de estoicismo.
Sim, a “Toda ação humana subjaz a desordem". O ser humano , em sua maioria, não despertou para o fato de que a FORÇA DE TRABALHO é um bem.
A frase de Jacquard (1995: 30) cai como uma luva: "Já não é necessário explorar os trabalhadores, não necessitar deles já é suficiente. A exploração foi substituída pela exclusão”. A política é excludente por natureza, os termos surgem e são aplicados para “enfeitar o pavão”.
A escola precisa ter as asas da sabedoria real; e INCLUIR o Homo sapiens, que é a espécie sábia e vigente: elementar. Sempre durante o meu percurso acadêmico, junto aos meus alunos; os tive como meus iguais, no sentido de que SOMOS TODOS HUMANOS e possuímos PRONTIDÃO: dentro de nossas personalizadas valises educativas.
A palavra aluno já nos diz tudo: seres em processo de alumiação. A missão do professor/alumiador é DAR ASA.
infelizmente,há professores/marginalizadores. Convivo com alguns assim.
No entanto, ainda creio que suas ações são fruto de uma colonização de mentes. Já que nosso “estado secular” é de vítimas psicológicas da colonização.
Enquanto houver um padrão eurocêntrico e um modo de produção capitalista explorador, sem equidade: a Educação será desigual para todos. E, consequentemente, o salário chamado de mínimo continuará (como corrente) no pescoço do escravo pós-moderno que sem voz e vez na SOCIEDADE DA CASA GRANDE: Viverá amontoado na SENZALA ad-aeternum. São 14 milhões que vivem à deriva; se arrastando no charco da marginalização e sem as asas do conhecimento: sonegadas pela colonialidade vigente; filha de uma megaoperação mercantilista e colonialista programada para o futuro reino do "Ah tá bom".
Ah, tá bom! - A educação trincada - ARTIGO DO BRASIL 247, por Valéria Guerra Reiter.
Normalmente, durante algum tempo, a frase "Ah tá bom" já foi escutada por muitos professores durante seu trajeto docente, advinda de seus discentes, dentro de uma sala de aula qualquer, em uma série qualquer... de uma escola formal qualquer... do território nacional.
Tal situação não é, de certo modo, incomum de trezentos anos para cá, ou seja, desde a Reforma Pombalina, com uma educação por aulas régias. Não esquecendo que se trata da educação brasileira, com sua trajetória recheada de Reformas e ajustes nas regras e leis da educação; que se estende desde um Brasil colonizado e domesticado por padres jesuítas que educavam e catequizavam os indígenas e a posteriori: a matriz aqui nascida e renascida.
O Brasil já tinha uma cultura estabelecida antes do seu "Descobrimento", observa-se no trecho em seguida: "O grupo indígena majoritário no Brasil, quando da chegada dos primeiros europeus, é do tronco linguístico tupi-guarani, cujos integrantes eram praticantes da economia de subsistência"; tal trecho é extraído do livro: "O povo brasileiro" escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro.
Qualquer sala de aula se constitui em um espaço democrático, que requer debate, e os alunos, etimologicamente são seres em alumiação e o processo educacional é PERMANENTE. Aqui e agora, ao escrever este texto, se estabelece um processo de ensino e aprendizagem onde o conhecimento e reflexão são a tônica; e mesmo sem o espaço físico, o leitor sofrerá um despertamento, e/ou não conformismo na busca de mais conhecimento...
O professor não é um catequista, que quer difundir uma ideologia que converge para o adestramento, e com isso transformar o humano em fantoche. O professor, ou, o que o valha, é sim, um educador, um ator, um artista, é um homem ou uma mulher que deseja alertar, conduzir à reflexão, estimular as pessoas sedentas de leitura, e que nem sabem disso, mas que necessitam do ato de ler, como de oxigênio.
E o aluno do Ensino fundamental e médio de um Brasil em desconstrução, cheio de desmandos políticos, com todos os vícios que se arrastam desde a sua "Colonização cheia de salvação" pela fé e pela religiosidade - não encontra solução melhor para proferir além de um "Ah... tá bom" para seus resultados acadêmicos, em uma trajetória de baixa autoestima histórica; de um filho da catarse centenária da dominação e subjugação a um eterno calabouço colonial. "Abrigados" sob o manto de Democracias falseadas de populismo alternadas por ditaduras militares o aluno nacional se tornou um espectro sempre dizendo: "Ah tá bom" diante de medíocres resultados; e então somos o retrato fiel de um universitário, de um aluno médio, ou de um aluno fundamental que se conforma com médias incipientes, por exemplo, como 5,0.
Quando este professor, ou este aluno descobre que o seu país só conseguiu instituir a primeira Universidade brasileira, em relação à América latina, com uma distância de trezentos anos; ele poderá entender a razão de uma chuva de "Ah tá bom".
No tempo e no espaço – lá estava a Escola: nas indagações do filósofo Sócrates, querendo saber de seus concidadãos sobre a origem das coisas, em sua essência mais cara e rara, e valorizando sobremaneira o conhecimento...
Ensinar e aprender – o binômio da vida, que ao longo de toda a existência do ser orgânico, vem se perpetuando. A princípio informalmente, e depois já de forma instituída, hoje parece naufragar em um universo capitalista que tem no Mercado o seu maior parâmetro.
Para muitos, a Escola agora não passa de ESCRAVIDÃO, sim uma prisão para o aluno e para o professor, ambos acorrentados ao Império do holocausto social desvairado pela pequenez econômica, política, social, midiática, cultural, humana, imposta pela dominação que nunca cessou nesse gigante continental que vive à deriva. Este país diverso e desigual, onde o professor flutua em meio às intempéries - como um herói, por ainda resistir a tantas pressões, que o esmagam frente ao egoísmo de quem pensa ser administrador ideal.
A Educação cristal que a qualquer momento quebrará, diante de tanto desleixo ao conduzi-la, em mãos que tentam torná-la sem partido, sem memória, e sem autonomia. Afinal a "A educação arbitrária é uma ferida aberta", a frase está no site o pensador.com. E como administrar a Educação brasileira,que se desfaz de forma crível, e injusta: desde as fraudes nos Concursos de ingresso nos bancos públicos; da Universidade até às gestões corruptas administradas por políticos que naturalmente em seus verdes anos escolares podem até ter dito: "Ah tá bom!".
#LeiaBrazilevireBrasil
COLONIZAÇÃO DE MENTES E O REINO DO "AH TÁ BOM."
POR VALÉRIA SÁ GUERRA DE ARAÚJO.
A colonialidade é um estado. O povo que nasceu do processo "civilizatório" chamado de colonização: possui sequelas profundas, veja o fragmento abaixo.
"O povo-nação não surge no Brasil da evolução de formas anteriores de sociabilidade, em que grupos humanos se estruturam em classes opostas, mas se conjugam para atender às suas necessidades de sobrevivência e progresso. Surge, isto sim, da concentração de uma força de trabalho escrava, recrutada para servir a propósitos mercantis alheios a ela, através de processos tão violentos de ordenação e repressão que constituiram, de fato, um continuado genocídio e um etnocídio implacável." (O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil , p.23) por Darcy Ribeiro. EDUCADO PARA SER EXPLORADO O POVO BRASILEIRO SEGUE COMO PASSAGEIRO DA AGONIA...
Produtos de uma colonização e neocolonização, o povo brasileiro, como latino-americano, é sem dúvida um PASSAGEIRO DA AGONIA. Sua baixa autoestima histórica, como bem cunhei o termo: é fato. Já sabemos que como vítimas de uma colonialidade patológica já somos paridos com a pecha: de submissos e jecas.
Somos sim, recriados nos fornos do modelo eurocêntrico e estadunidense. Cada fornada já vem com a marca amaldiçoada da colonialidade. Somos repatriados (dentro de nossa própria terra) à mera condição de EXPLORADOS. Libertação e emancipação devem ser as palavras de ordem, para salvar os eternos colonizados do capitalismo opressor.
E ninguém melhor do que a FILOSOFIA na pessoa dos filósofos para trazer à tona o "afogado" social latino-americano. Este aferroado "ser" que é massacrado pelo herói da batalha sangrenta pela paz.
Por paz? sim, por paz. Desde que o mundo existe, que ESTAMOS EM GUERRA. E é claro que o objeto disputado pelos senhores de esta contenda milenar ( é de forma disfarçada) sempre) em busca da paz. Ora, ora, que PAZ é esta? que ESCRAVIZA E DILACERA...
Ou melhor, que claustro de dor é este que denominam de falta de PAZ, que precisa ser caçada pelo armamento sanguinário do infame e intolerante IMPERIALISMO..
A minha paz, sem dúvida, não é a sua. Elas ocupam espaços antagônicos: eu gosto de morango, você não: eu escuto Mozart, você não gosta de ler...e por aí afora ...A tolerância é o modo prático de exercer a democracia. O que não podemos tolerar é o vitupério, que dividiu o mundo em classes e castas. Uma rainha na Inglaterra, com seus congêneres, possui todas as regalias, através de uma tradição anacrônica, que como herança augusta do absolutismo: é ainda hoje um emblema entre as nações.
Ius dominativum, ou rechtlos são direções e termos que acalentam os tempos de barbárie, mas não a barbárie, não romana ou não grega. Afinal ser um bárbaro na acepção da palavra significa: inculto. E o que é ser inculto? seria não ser um médico, ou um jornalista? ou seria um leitor inveterado, porém um péssimo piloto de aeronave? o ponto de vista e a cultura fazem a diferença...
E Dussel, sabe que ainda não produzimos uma EDUCAÇÃO PARA TODOS, DE FORMA LIBERTÁRIA.
E o que fazer para transformar o ponto de origem do flagelo educacional e educativo de uma EDUCAÇÃO FEITA E REFEITA PARA EXPLORAR?
Quando Nicolau Maquiavel, filósofo absolutista, escreveu o manual para os monarcas em seu livro: O PRÍNCIPE, que por sinal, se constitui no livro de cabeceira de advogados e políticos: ele tinha em mente exercer a procriação sanguinária de uma horda de tiranos, já que ele apregoou que ser temido, é melhor que ser amado.
Então, hoje, na pós-modernidade cruel, este preceito não é exclusivo dos soberanos reais; ele é utilizado por diretores de Escola. Eu mesma já vi diretoras, usando e abusando do poderio "da falsa gestão" para tomadas de decisões arbitrárias.
Infelizmente, há Bodins espalhados nos jardins da aflição humana, dentro e fora das Escolas, que ficam sem asas, e cometem as mais atrozes arbitrariedades. Talvez, alguns meritocratas fisiológicos pensem como o filósofo Bodin: "Que são representantes de Deus na Terra..."
O desfile de trajes da posse de uma governança que riu de cento e oitenta milhões de mortos por um vírus mortal: foi um acontecimento breve que anunciou que houve muito mais involução do que evolução no planeta ao longo de sua História social.
Que possamos como educadores, mudar o rumo da historiografia, e através de uma revolução de asas libertas: alçar um voo como o da águia redescoberta e vigorosa. Uni-vos mestres, e façamos das palavras abaixo, um lema de mudança REAL, e não VIRTUAL.
A VIDA É UM DESENHO, NÃO MORRA COMO UM RASCUNHO.
Colonizar as mentes leva à a-criatividade.
Vivemos sob intenso estado de colonialidade, ou seja, somos filhos de um hediondo colonialismo; portanto todo o resultado político, religioso e ético, que nos abarca: se faz em função di sequenciamento de este estado quase inato de baixa autoestima histórica.
O termo referido aqui Como "baixa autoestima histórica" desde já, afirmo: ser de minha autoria. Nossa história é de resistir, porém também é de "vendar os olhos"; somos feitos de sentimentos e emoções. A quarta Revolução industrial está lutando para modelar a sua massa, de maneira radical: excluir os resistentes, ou melhor, os criativos...
Falando em criatividade, me lembrei do desenho "Coragem, o cão covarde", que em minha opinião esbanja criatividade. A frase do poeta e escritor Fernando Pessoa já demonstra o quanto a arte (que é criativa) é aliada forte do ser humano, principalmente, no que tange à liberdade de expressão. Ele disse que a arte é auto expressão lutando para ser absoluta.
O ser humano possui a inteligência artística, que é uma das oito inteligências psicológicas múltiplas atribuídas aos indivíduos, vide os estudos de Howard Gardner. E voltando a Coragem, o cãozinho afável que ama sua dona Muriel; ele não poupa esforços para salvaguardar a compreensiva e altruísta senhora.
E o canino com nome de galhardia, na verdade, oferece ao espectador um terremoto de emoções contrárias ao comportamento destemido que o personagem demonstra. Mas, existe algo que move CORAGEM, O CÃO COVARDE: o amor.
A filosofia, que é a busca pela sabedoria, tenta explicar o comportamento humano, e isso é milenar. A práxis, precisa da ética, e ambas necessitam da liberdade de escolha para equilibrar o convívio mútuo nas sociedades. O livre-arbítrio é fundamental nesta hora. As diferenças existem entre nós, mas o que nos une é a capacidade cognitiva. O inatismo é genético, e define nossa altura, cor-do- olhos, cor-da-tez; no entanto possuir intelecção e amor, são virtudes que podem ser adquiridas ao longo da história do Homem.
Afinal, é a dúvida, e não a certeza que sempre será a mola propulsora do conhecimento humano: "Inteligência é uma coisa, adestramento é outra" (Valéria Guerra Reiter).
Nossas terras e mentes foram barbaramente colonizadas, e agora é imperioso uma contrapartida, nem que seja através de sublevações, que na verdade sempre existiram, mas utopicamente. Nós vivemos sim em uma contemporaneidade mais obscura. A Idade Média considerada trevosa conseguiu ser menos abjeta: como fase histórica.
A pós-modernidade possui a incipiência como ídolo. A velocidade como totem, e a cultura de massa como Deus. A vida é apenas um detalhe, para quem pensa que "viver" é se fantasiar de dinheiro, e sair por aí, na teia do youtube; pari passu com o fluxo e refluxo da sociedade do espetáculo mesclada com o tempo líquido que abortou as eras culturais de ouro dos ANOS DOURADOS, ou da REVOLUÇÃO CULTURAL.
Hoje, a vida segue longe da Leitura, longe da História, longe da Educação. A palavra MODERNO, significa recente, contemporâneo, porém o que se projeta além, ou seja, a pós-modernidade, se traduz em além do termo modernus. Modernus? nesse momento; em que a vida escoa por entre os dedos: É TIRANIA. Mandatários gritando e xingando, e por fim extinguindo milhões de brasileiros...No turbilhão do desamor.
Tais chefes, se deliciam em almoços, como se estivesse salvando vidas. Infelizmente, um dos convidados de um desses, foi o líder máximo do Ministério da Saúde. O Brasil possui 180.000 almas que desceram ao pó; e o Planalto se alia aos representantes culturais/musicais dessa cultura de massa recriada nas placas de petri das ditaduras dos séculos de Casa Grande e Senzala que realiza a antropofagia de inocentes sonhos e gentes.
Pois é, milionários cantores ditos sertanejos, donos de vastas fazendas, são idolatrados por paupérrimos ( diariamente ) em suas faustas rotinas felizes e exploradoras; esta gente, que através das famosas lives de cativeiro: escravizam seu rebanho incauto. E dentre estes espectadores estão alunos do Estado do Rio de Janeiro, que segundo fontes seríssimas, têm a falta diária do pão.
Vivemos sob apartheid, um apartheid global, que exclui, e cancela. Que demoniza as pessoas que não idolatram os ídolos falsos, pegajosos, inescrupulosos e mercadores da mídia. Os agrupados não pensam, apenas, obedecem. Sócrates, o filósofo, já sabia disso, por isso proferiu: "O poder se torna mais forte quando ninguém pensa".
A individualidade está no campo de concentração, e isso se dá em todos os âmbitos: Fóruns, Plenários, Executivo, Judiciário, Parlamento, Redações de jornalismo, Escolas e etc.
Há fascismo em tudo, procure e você achará...
Qual é o remédio para que a educação de cunho escravagista seja freada? Nunca deixar morrer o Homo sapiens criativus.
Há uma escalada para que ocorra extinção do Homo sapiens criativus.
Os paradigmas tecnológicos com seu viés empresarial vem subjugando a mentalidade criativa do ser humano. Torno a reiterar, o quanto é desconfortável (para determinada parcela de discentes) espectar e expectar aulas que vendem o modelo tecnológico como salvador do mundo. Usando frases como: "hello meu pessoal chic, estou fazendo uma obra na minha casa, e as fechaduras que vou usar são incríveis e inteligentes, mas são caras", ou "como é massa, a "gente" ter sua capacidade de produzir (sendo medida) pela tecnologia em favor da meritocracia, gente é tudo de bom, não acham". O exemplo supracitado adveio de uma aula magna de jornalismo.
Dormir nas cavernas, foi uma conquista tecnológica, e sem dúvida, a busca por conforto, nada mais é que a "velha e boa" adaptação do sujeito ao meio; será isto uma demonstração do quanto a cognição humana evolui? O fragmento abaixo, que integra uma das Antologias da editora Perse e também foi publicada pela ENVOLVERDE, demonstra o quanto há dilema na sobrevivência da ética.
SER HUMANO
"Surgimos dentro de um mar tão primitivo, através de uma grandiosa explosão, que gerou todo o universo, que ainda tão mal conhecemos... Depois, de alguma forma evoluímos; a partir de um coacervado tão simples...
Após tantas mudanças mutantes, chegamos a andar sobre os dois pés; quebrando o convencional, que por tantos milhões de anos fora o trivial entre as outras espécies do mundo animal.
Um dia levantamos nossos pés da terra africana, berço de nosso surgimento, e caminhamos eretos e resolutos rumo ao inexplorado, e já levávamos conosco: as ferramentas que já havíamos confeccionado para nos auxiliar nas mais variadas necessidades e apetites.
Depois que o nosso pêlo caíra, o nosso funcionamento cerebral levou-nos a criar o elemento fogo para nos aquecer... Já fazíamos a diferença no mundo.
No entanto, ao nos depararmos com outra tribo, menos eficiente, e mais forte, nos sentimos intimidados e superiores, e então surgia: a volúpia, o ego, e a sede de poder... Foi então que exercitamos pela primeira vez a luta corporal interespecífica e passamos a ser a única espécie humana da Terra.
Nossos mortos, já não eram abandonados, jazendo sem um funeral, nós o adornávamos e chorávamos por eles - nosso sentimento surgia... E nosso egoísmo crescia e permanecia ao lado dele, especialmente quando matamos o Deus, que se fez carne para nos salvar...
E hoje perguntamos: seríamos o mal resultado de uma experiência, a luta do bem contra o mal, ou apenas uma espécie prestes a desaparecer?
Ninguém na face deste planeta ainda consegue responder, mas eu pergunto a todos: será que somos melhores que os dinossauros; que viveram felizes aqui, o maior tempo descrito, aproximadamente Sessenta e cinco milhões de anos... sem ferir o ecossistema; e sem matar por poder." VALÉRIA GUERRA REITER.
E após esta degustação poética, voltamos a falar da nossa "criatividade", que atualmente vem sendo cancelada através da massiva publicidade do lema: FORA DO CAPITALISMO DE VIGILÂNCIA NÃO HÁ SALVAÇÃO. Através do submundo das IOTS (internet das coisas): deveremos "ter" e não "ser". Será que estamos forjando uma existência onde possuir coisas nos faz mais inteligentes?
O mercado de professores que se tornam mestres, doutores ou pós-doutores; "copiando e colando" de seus pares (que também exercem tal prática) cresce vertiginosamente, e é esta espécie que prega que ser reflexivo é um ato de vandalismo frente às maravilhas que a "internet das coisas" pode nos proporcionar: afinal, a internet das coisas não é para todos; assim caminha a humanidade controlada por um sistema desigual e combinado: eles realizam suas videoaulas ostentando suas salas bem montadas, com belos sofás e outros mobiliários luxuosos. As universidades estão utilizando o paradigma vigoroso da "unanimidade dos conceitos": que escolhe a dedo quem poderá ingressar em um mercado que fecha às portas na cara do Homo sapiens criativus.
O texto "Ser Humano" acima citado foi escolhido para integrar Coletânea de editora comprometida com a práxis da reflexão. No entanto, ouvimos de outro mercado, onde ele fora publicado,o seguinte: "O texto irá ser publicado aqui na agência, pelo fato de ser muito bom, mas nosso viés agora é dar voz a temática das IOTS; e tomando como base as nossas explanações nas lives de quintas-feiras". E pasmem a referida agência é de cunho ambientalista. Pois é, meus amigos leitores, estamos caminhando para o precipício da falta de liberdade e criatividade de expressão. O poço de piche aguarda os intelectuais.
Será que a Internet das Coisas poderá salvar o intelecto humano, ou realmente seremos reduzidos a simples autômatos degenerados?
DEFINIR É LIMITAR, como bem disse Oscar Wilde. E lembrando deste escritor, não poderemos esquecer que viver e existir são situações antagônicas. Como poderemos superar a hostilidade advinda de uma colonialidade que se tornou intrínseca ao povo americano do sul; e em especial ao Brasil?
A Educação vigente é ou não é uma Fabriqueta de futuros detonadores de bancos?
O artigo 26 que consta na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, que apregoa que toda pessoa terá direito à Educação gratuita; se faz (apenas) em uma simples retórica geradora de estoicismo.
Sim, a “Toda ação humana subjaz a desordem". O ser humano , em sua maioria, não despertou para o fato de que a FORÇA DE TRABALHO é um bem.
A frase de Jacquard (1995: 30) cai como uma luva: "Já não é necessário explorar os trabalhadores, não necessitar deles já é suficiente. A exploração foi substituída pela exclusão”. A política é excludente por natureza, os termos surgem e são aplicados para “enfeitar o pavão”.
A escola precisa ter as asas da sabedoria real; e INCLUIR o Homo sapiens, que é a espécie sábia e vigente: elementar. Sempre durante o meu percurso acadêmico, junto aos meus alunos; os tive como meus iguais, no sentido de que SOMOS TODOS HUMANOS e possuímos PRONTIDÃO: dentro de nossas personalizadas valises educativas.
A palavra aluno já nos diz tudo: seres em processo de alumiação. A missão do professor/alumiador é DAR ASA.
infelizmente,há professores/marginalizadores. Convivo com alguns assim.
No entanto, ainda creio que suas ações são fruto de uma colonização de mentes. Já que nosso “estado secular” é de vítimas psicológicas da colonização.
Enquanto houver um padrão eurocêntrico e um modo de produção capitalista explorador, sem equidade: a Educação será desigual para todos. E, consequentemente, o salário chamado de mínimo continuará (como corrente) no pescoço do escravo pós-moderno que sem voz e vez na SOCIEDADE DA CASA GRANDE: Viverá amontoado na SENZALA ad-aeternum. São 14 milhões que vivem à deriva; se arrastando no charco da marginalização e sem as asas do conhecimento: sonegadas pela colonialidade vigente; filha de uma megaoperação mercantilista e colonialista programada para o futuro reino do "Ah tá bom".
Ah, tá bom! - A educação trincada - ARTIGO DO BRASIL 247, por Valéria Guerra Reiter.
Normalmente, durante algum tempo, a frase "Ah tá bom" já foi escutada por muitos professores durante seu trajeto docente, advinda de seus discentes, dentro de uma sala de aula qualquer, em uma série qualquer... de uma escola formal qualquer... do território nacional.
Tal situação não é, de certo modo, incomum de trezentos anos para cá, ou seja, desde a Reforma Pombalina, com uma educação por aulas régias. Não esquecendo que se trata da educação brasileira, com sua trajetória recheada de Reformas e ajustes nas regras e leis da educação; que se estende desde um Brasil colonizado e domesticado por padres jesuítas que educavam e catequizavam os indígenas e a posteriori: a matriz aqui nascida e renascida.
O Brasil já tinha uma cultura estabelecida antes do seu "Descobrimento", observa-se no trecho em seguida: "O grupo indígena majoritário no Brasil, quando da chegada dos primeiros europeus, é do tronco linguístico tupi-guarani, cujos integrantes eram praticantes da economia de subsistência"; tal trecho é extraído do livro: "O povo brasileiro" escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro.
Qualquer sala de aula se constitui em um espaço democrático, que requer debate, e os alunos, etimologicamente são seres em alumiação e o processo educacional é PERMANENTE. Aqui e agora, ao escrever este texto, se estabelece um processo de ensino e aprendizagem onde o conhecimento e reflexão são a tônica; e mesmo sem o espaço físico, o leitor sofrerá um despertamento, e/ou não conformismo na busca de mais conhecimento...
O professor não é um catequista, que quer difundir uma ideologia que converge para o adestramento, e com isso transformar o humano em fantoche. O professor, ou, o que o valha, é sim, um educador, um ator, um artista, é um homem ou uma mulher que deseja alertar, conduzir à reflexão, estimular as pessoas sedentas de leitura, e que nem sabem disso, mas que necessitam do ato de ler, como de oxigênio.
E o aluno do Ensino fundamental e médio de um Brasil em desconstrução, cheio de desmandos políticos, com todos os vícios que se arrastam desde a sua "Colonização cheia de salvação" pela fé e pela religiosidade - não encontra solução melhor para proferir além de um "Ah... tá bom" para seus resultados acadêmicos, em uma trajetória de baixa autoestima histórica; de um filho da catarse centenária da dominação e subjugação a um eterno calabouço colonial. "Abrigados" sob o manto de Democracias falseadas de populismo alternadas por ditaduras militares o aluno nacional se tornou um espectro sempre dizendo: "Ah tá bom" diante de medíocres resultados; e então somos o retrato fiel de um universitário, de um aluno médio, ou de um aluno fundamental que se conforma com médias incipientes, por exemplo, como 5,0.
Quando este professor, ou este aluno descobre que o seu país só conseguiu instituir a primeira Universidade brasileira, em relação à América latina, com uma distância de trezentos anos; ele poderá entender a razão de uma chuva de "Ah tá bom".
No tempo e no espaço – lá estava a Escola: nas indagações do filósofo Sócrates, querendo saber de seus concidadãos sobre a origem das coisas, em sua essência mais cara e rara, e valorizando sobremaneira o conhecimento...
Ensinar e aprender – o binômio da vida, que ao longo de toda a existência do ser orgânico, vem se perpetuando. A princípio informalmente, e depois já de forma instituída, hoje parece naufragar em um universo capitalista que tem no Mercado o seu maior parâmetro.
Para muitos, a Escola agora não passa de ESCRAVIDÃO, sim uma prisão para o aluno e para o professor, ambos acorrentados ao Império do holocausto social desvairado pela pequenez econômica, política, social, midiática, cultural, humana, imposta pela dominação que nunca cessou nesse gigante continental que vive à deriva. Este país diverso e desigual, onde o professor flutua em meio às intempéries - como um herói, por ainda resistir a tantas pressões, que o esmagam frente ao egoísmo de quem pensa ser administrador ideal.
A Educação cristal que a qualquer momento quebrará, diante de tanto desleixo ao conduzi-la, em mãos que tentam torná-la sem partido, sem memória, e sem autonomia. Afinal a "A educação arbitrária é uma ferida aberta", a frase está no site o pensador.com. E como administrar a Educação brasileira,que se desfaz de forma crível, e injusta: desde as fraudes nos Concursos de ingresso nos bancos públicos; da Universidade até às gestões corruptas administradas por políticos que naturalmente em seus verdes anos escolares podem até ter dito: "Ah tá bom!".
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