Qualquer análise sobre as raízes históricas das nossas dificuldades econômicas não deixaria de atribuir uma grande responsabilidade ao modelo feudal que aqui se implantou desde a chegada do primeiro governador geral que Portugal nos mandou.
Quando Cabral aportou por aqui Portugal ainda vivia num sistema feudal de governo, no qual a servidão era a principal força de trabalho. O Brasil, como colônia administrada, tornou-se uma grande empresa estatal. Todo mundo dependia do governo, que em troca dava aos seus clientes uma parte do produto, sem exigir deles nenhuma contrapartida social. Numa economia assim administrada, não havia nenhum compromisso com o desenvolvimento econômico como política de estado, nenhuma ética nas relações sociais, nem qualquer preocupação com uma estrutura capaz de fornecer aos seus habitantes uma oportunidade de progresso.
Essa fórmula durou todo o tempo do Brasil colônia e durante bom tempo do Brasil reinado, no qual toda sua economia foi sustentada pelo braço escravo. Mudou um pouco com a abolição e a chegada dos imigrantes europeus e orientais, mas isso não foi suficiente para dar ao povo brasileiro um sentimento de independência e autoestima, necessários para que ele se visse como protagonista do seu próprio destino. Essa é a parte da Historia que a nossa esquerda reacionária ainda não entendeu. Por isso clama por um estado provedor, esquecendo-se que é impossível controlar os sentimentos libertários de um indivíduo que não está mais amarrado ao vínculo servil que o submetia a um governante por “direito divino”, mesmo que esse governante seja eleito pelo voto popular.
Nesse sentido os simpatizantes da esquerda são contemporâneos de um passado que chumbou o homem a um modelo de estado tirano e opressor. Hoje, o que toda pessoa inteligente quer é liberdade para produzir, progredir e viver bem, sem culpa pelo fato de se dar bem na vida, como ocorria nos estados medievais, cujos líderes espirituais elegiam a pobreza e a ignorância como virtudes do homem feliz.
Do governo o que se requer é apenas uma honesta contrapartida pelo que pagamos de impostos. Nesse sentido, um Estado que custe o menos possível para o contribuinte, atuando com eficiência para prover educação, saúde, segurança e infraestrutura é o bastante. Nesse sentido, o ministro Guedes tem razão. O Estado deve ser gestor, nunca executor. Quando ele se mete a fazer o que não sabe, acontece o que se viu no Brasil ao longo de toda a sua História: um gigante amarrado em berço esplêndido, que parece nunca querer se libertar. Hoje como ontem, ainda vale o pressuposto de Adam Smith: é a mão invisível da ambição do homem livre que faz a riqueza das nações. Deixemos o homem trabalhar e que o Estado saiba controlar e dirigir essa ambição. E também decepar a mão que, sorrateiramente, se apropria do que ela não produziu.
Quando Cabral aportou por aqui Portugal ainda vivia num sistema feudal de governo, no qual a servidão era a principal força de trabalho. O Brasil, como colônia administrada, tornou-se uma grande empresa estatal. Todo mundo dependia do governo, que em troca dava aos seus clientes uma parte do produto, sem exigir deles nenhuma contrapartida social. Numa economia assim administrada, não havia nenhum compromisso com o desenvolvimento econômico como política de estado, nenhuma ética nas relações sociais, nem qualquer preocupação com uma estrutura capaz de fornecer aos seus habitantes uma oportunidade de progresso.
Essa fórmula durou todo o tempo do Brasil colônia e durante bom tempo do Brasil reinado, no qual toda sua economia foi sustentada pelo braço escravo. Mudou um pouco com a abolição e a chegada dos imigrantes europeus e orientais, mas isso não foi suficiente para dar ao povo brasileiro um sentimento de independência e autoestima, necessários para que ele se visse como protagonista do seu próprio destino. Essa é a parte da Historia que a nossa esquerda reacionária ainda não entendeu. Por isso clama por um estado provedor, esquecendo-se que é impossível controlar os sentimentos libertários de um indivíduo que não está mais amarrado ao vínculo servil que o submetia a um governante por “direito divino”, mesmo que esse governante seja eleito pelo voto popular.
Nesse sentido os simpatizantes da esquerda são contemporâneos de um passado que chumbou o homem a um modelo de estado tirano e opressor. Hoje, o que toda pessoa inteligente quer é liberdade para produzir, progredir e viver bem, sem culpa pelo fato de se dar bem na vida, como ocorria nos estados medievais, cujos líderes espirituais elegiam a pobreza e a ignorância como virtudes do homem feliz.
Do governo o que se requer é apenas uma honesta contrapartida pelo que pagamos de impostos. Nesse sentido, um Estado que custe o menos possível para o contribuinte, atuando com eficiência para prover educação, saúde, segurança e infraestrutura é o bastante. Nesse sentido, o ministro Guedes tem razão. O Estado deve ser gestor, nunca executor. Quando ele se mete a fazer o que não sabe, acontece o que se viu no Brasil ao longo de toda a sua História: um gigante amarrado em berço esplêndido, que parece nunca querer se libertar. Hoje como ontem, ainda vale o pressuposto de Adam Smith: é a mão invisível da ambição do homem livre que faz a riqueza das nações. Deixemos o homem trabalhar e que o Estado saiba controlar e dirigir essa ambição. E também decepar a mão que, sorrateiramente, se apropria do que ela não produziu.