EXISTE RACISMO NO BRASIL.UM CASO NA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO.
VALÉRIA GUERRA REITER.
São inúmeros os casos ultrajantes de racismo no Brasil.
Segundo o professor e pensador Kabengele Munanga, todos os racismos são abomináveis, e cada um faz as suas vítimas ao seu modo. Para o referido professor da Universidade de São Paulo, o silêncio também é uma forma de racismo. E muitíssima utilizada no Brasil.
Há um ecoar brasileiro que diz: Não somos racistas! Racistas são os outros!
Este pensamento advém das conclusões científicas do professor Munanga; que afirma existir no país: o mito da democracia racial. Lendo “O Pequeno Manual antirracista” de Djamila Ribeiro, colhi da autora experiências bem amargas que comprovam como o racismo está enraizado nas mentes. Um dos colegas da escritora não se conformou quando ela obteve uma nota mais alta que a dele, na universidade de filosofia, e ainda sugeriu; que o êxito havia ocorrido, pois o professor gostava dela. Também de forma racista, outros pares de Djamila, da mesma classe, durante a realização dos trabalhos (em grupo) ofereciam o que chamavam de a parte "mais fácil" do conteúdo; num gesto de menosprezo ao seu intelecto.
Cinquenta e seis por cento da população nacional é constituída por negros. E o manual antirracista supracitado demonstra em seus capítulos (bem elaborados) como é precípuo: ser um antirracista.
E sem hipocrisia, admitir a existência de um racismo histórico vigente. E a morte do João Alberto, no último dia 19 de novembro, no Carrefour, na véspera do feriado da Consciência Negra, transformou-se em mais um emblemático caso de racismo/homicida.
Não há atenuante para o crime de racismo. Ele é, e pronto.
Eu vivenciei de perto uma situação de discriminação racial quando trabalhei no Gabinete do Prefeito no Rio de Janeiro. Houve uma seleção interna para escolha de uma nova secretária para o prefeito, e a tal seria removida de um setor para o outro. E ganharia uma gratificação. Só que o prefeito à época; quando viu a cor de sua pele, a eliminou (juntamente) com sua proficiência. Ela chorou muito, já que sua mãezinha estava assaz enferma. E o dinheiro a mais em seu orçamento faria a diferença na compra de medicamentos e outras benesses. Dois meses após o episódio, a progenitora da moça faleceu. Em parte, o racismo fora um de seus algozes.
#LEIABRAZILEVIREBRASIL
VALÉRIA GUERRA REITER.
São inúmeros os casos ultrajantes de racismo no Brasil.
Segundo o professor e pensador Kabengele Munanga, todos os racismos são abomináveis, e cada um faz as suas vítimas ao seu modo. Para o referido professor da Universidade de São Paulo, o silêncio também é uma forma de racismo. E muitíssima utilizada no Brasil.
Há um ecoar brasileiro que diz: Não somos racistas! Racistas são os outros!
Este pensamento advém das conclusões científicas do professor Munanga; que afirma existir no país: o mito da democracia racial. Lendo “O Pequeno Manual antirracista” de Djamila Ribeiro, colhi da autora experiências bem amargas que comprovam como o racismo está enraizado nas mentes. Um dos colegas da escritora não se conformou quando ela obteve uma nota mais alta que a dele, na universidade de filosofia, e ainda sugeriu; que o êxito havia ocorrido, pois o professor gostava dela. Também de forma racista, outros pares de Djamila, da mesma classe, durante a realização dos trabalhos (em grupo) ofereciam o que chamavam de a parte "mais fácil" do conteúdo; num gesto de menosprezo ao seu intelecto.
Cinquenta e seis por cento da população nacional é constituída por negros. E o manual antirracista supracitado demonstra em seus capítulos (bem elaborados) como é precípuo: ser um antirracista.
E sem hipocrisia, admitir a existência de um racismo histórico vigente. E a morte do João Alberto, no último dia 19 de novembro, no Carrefour, na véspera do feriado da Consciência Negra, transformou-se em mais um emblemático caso de racismo/homicida.
Não há atenuante para o crime de racismo. Ele é, e pronto.
Eu vivenciei de perto uma situação de discriminação racial quando trabalhei no Gabinete do Prefeito no Rio de Janeiro. Houve uma seleção interna para escolha de uma nova secretária para o prefeito, e a tal seria removida de um setor para o outro. E ganharia uma gratificação. Só que o prefeito à época; quando viu a cor de sua pele, a eliminou (juntamente) com sua proficiência. Ela chorou muito, já que sua mãezinha estava assaz enferma. E o dinheiro a mais em seu orçamento faria a diferença na compra de medicamentos e outras benesses. Dois meses após o episódio, a progenitora da moça faleceu. Em parte, o racismo fora um de seus algozes.
#LEIABRAZILEVIREBRASIL