QUO VADIS, BOLSONARO?
Uma antiga tradição cristã diz que quando Nero, o imperador romano, mandou queimar parte da cidade de Roma, o povo se revoltou e ameaçou fazer uma grande revolta popular, que se levada a efeito, derrubaria o seu governo. Para se salvar ele botou a culpa nos cristãos, uma seita fundamentalista que acreditava que o mundo seria destruído pelo fogo. Os cristãos foram perseguidos, presos e atirados na arena para servirem de comida a leões famintos. A maioria tentou fugir de Roma. Um dos fugitivos era o apóstolo Pedro, que na ocasião visitava Roma para pregar o novo credo aos romanos. Consta que Pedro, caminhando pela Via Ápia, já fora de Roma, encontrou Jesus, caminhando em sentido contrário, ou seja, indo para Roma. Então Pedro lhe perguntou: Quo Vadis, Domini? (Onde vais, Senhor?). Jesus teria lhe respondido: “Visto que você abandonou meu povo, eu estou indo a Roma para ser crucificado de novo.” Pedro então teria voltado para Roma, onde foi preso e crucificado, de cabeça para baixo, na colina do Vaticano.
Bolsonaro não é Nero, mas as queimadas na Amazônia e no Pantanal podem trazer para ele os aborrecimentos que custaram a vida do imperador romano. Não que ele seja pessoalmente responsável por isso, mas as teses que o seu governo tem defendido com relação ao meio ambiente são simplesmente deploráveis. Principalmente depois que o seu indigesto Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez a indecente proposta de “passar uma boiada” de leis permissivas para a exploração dos recursos naturais da Amazônia.
Depois, o principal modelo de estadista que Bolsonaro copia é Donald Trump. Chauvinista, megalomaníaco e racista o presidente americano já mostrou que é. Mas agora o seu governo ultranacionalista e autoritário parece estar no fim. A derrota de Trump, que se mostra iminente e inevitável, mostra que não basta o sucesso na política econômica para agradar os eleitores. É preciso algo mais, que radicalismos de direita ou de esquerda jamais conseguirão proporcionar. A felicidade nacional bruta não se faz apenas com o aumento do PIB, o produto interno bruto, e o populismo demagógico jamais substituirá a competência administrativa e a habilidade política do verdadeiro estadista.
A errática condução do combate à pandemia do Covit 19 vai apear Trump do poder nos Estados Unidos. Bolsonaro seguiu o mesmo caminho por aqui e pode ter o mesmo destino. O auxílio financeiro que seu governo deu aos desempregados pela pandemia forneceram combustível á sua popularidade e o levaram à ilusão de que o povo brasileiro apóia o seu governo. Mas esse auxílio não poderá ser mantido indefinidamente. E com a queda de Trump, Bolsonaro perde o seu principal aliado externo.
Nero se suicidou quando perdeu o apoio dos militares e o povo invadiu o seu palácio. Cabe agora, perante todos esses acontecimentos perguntar ao nosso presidente: Quo Vadis Bolsonaro?
Uma antiga tradição cristã diz que quando Nero, o imperador romano, mandou queimar parte da cidade de Roma, o povo se revoltou e ameaçou fazer uma grande revolta popular, que se levada a efeito, derrubaria o seu governo. Para se salvar ele botou a culpa nos cristãos, uma seita fundamentalista que acreditava que o mundo seria destruído pelo fogo. Os cristãos foram perseguidos, presos e atirados na arena para servirem de comida a leões famintos. A maioria tentou fugir de Roma. Um dos fugitivos era o apóstolo Pedro, que na ocasião visitava Roma para pregar o novo credo aos romanos. Consta que Pedro, caminhando pela Via Ápia, já fora de Roma, encontrou Jesus, caminhando em sentido contrário, ou seja, indo para Roma. Então Pedro lhe perguntou: Quo Vadis, Domini? (Onde vais, Senhor?). Jesus teria lhe respondido: “Visto que você abandonou meu povo, eu estou indo a Roma para ser crucificado de novo.” Pedro então teria voltado para Roma, onde foi preso e crucificado, de cabeça para baixo, na colina do Vaticano.
Bolsonaro não é Nero, mas as queimadas na Amazônia e no Pantanal podem trazer para ele os aborrecimentos que custaram a vida do imperador romano. Não que ele seja pessoalmente responsável por isso, mas as teses que o seu governo tem defendido com relação ao meio ambiente são simplesmente deploráveis. Principalmente depois que o seu indigesto Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez a indecente proposta de “passar uma boiada” de leis permissivas para a exploração dos recursos naturais da Amazônia.
Depois, o principal modelo de estadista que Bolsonaro copia é Donald Trump. Chauvinista, megalomaníaco e racista o presidente americano já mostrou que é. Mas agora o seu governo ultranacionalista e autoritário parece estar no fim. A derrota de Trump, que se mostra iminente e inevitável, mostra que não basta o sucesso na política econômica para agradar os eleitores. É preciso algo mais, que radicalismos de direita ou de esquerda jamais conseguirão proporcionar. A felicidade nacional bruta não se faz apenas com o aumento do PIB, o produto interno bruto, e o populismo demagógico jamais substituirá a competência administrativa e a habilidade política do verdadeiro estadista.
A errática condução do combate à pandemia do Covit 19 vai apear Trump do poder nos Estados Unidos. Bolsonaro seguiu o mesmo caminho por aqui e pode ter o mesmo destino. O auxílio financeiro que seu governo deu aos desempregados pela pandemia forneceram combustível á sua popularidade e o levaram à ilusão de que o povo brasileiro apóia o seu governo. Mas esse auxílio não poderá ser mantido indefinidamente. E com a queda de Trump, Bolsonaro perde o seu principal aliado externo.
Nero se suicidou quando perdeu o apoio dos militares e o povo invadiu o seu palácio. Cabe agora, perante todos esses acontecimentos perguntar ao nosso presidente: Quo Vadis Bolsonaro?