ELEIÇÕES CAMPANHA NA PANDEMIA

O prazo para registro chegou ao fim neste 28/09/2020, para esta eleição prorrogada de Outubro/20, para 15/11/2020, e são para Bragança Paulista quatro candidatos a prefeitos e mais de 400 candidatos a Vereador em vinte e sete partidos para ocupar as dezenove vagas ou cargos eletivos em nosso município.

A comunicação entre uma pessoa e outra é muito difícil, quase sempre se diz uma coisa e se entende outra, isto entre duas pessoas normais no dia a dia, mesmo entre irmãos.

Quando se fala de uma comunicação pública, onde um candidato quer se comunicar com seu pretenso eleitorado, conseguir atingir, chegar até os mesmos com a sua comunicação é algo mais difícil ainda. Quem dirá então atingir um não eleitor e converte-lo, convencer o mesmo a dar o seu voto.

Antes da internet, havia correio, cartas, mala direta, comício com grandes festas, discursos públicos, e replica as festas de grandes a pequenas, com ou sem artistas famosos, bons comunicadores, tudo no sentido de converter o voto ao candidato que patrocinava a festa, a comunicação com o objetivo do voto.

Com o advento das novas legislações, não pode o comício, não pode a festa, não pode a visita aos templos, não pode a visita aos locais fechados.

Com a pandemia e o risco de saúde e o contagio, não pode chegar perto, dar a mão, dar um abraço, dar um beijo, não pode nem entregar o “santinho” nem pessoalmente, nem deixar na caixa de correio.

Ou seja, qualquer meio de comunicação, de acesso ao eleitor de forma “FISICA”, pode gerar risco à saúde, contagio, restando tão somente o acesso virtual.

Assim não sendo o meio virtual, que uma grande maioria ainda não está inserido e mesmo aqueles inseridos, não estão nas nossas listas de amizades e não tem como comunicar com quem não está em nossas listas de amizades, assim com aqueles que não tem acesso virtual, sobraria somente a tentativa de visualização “SEM CONTATO”, “A SINALIZAÇÃO”, da presença, de que é candidato, tudo a pelo menos 2,00 metros de distância, sem calor da comunicação, e ainda de máscara, o que torna difícil o reconhecimento mutuo do eleitor e do candidato, ambos não tem certeza de quem está do outro lado, muito menos quem são.

Mesmo aqueles candidatos que são figuras mais publicas terá uma dificuldade muito grande de atingir o eleitor pois pessoalmente, todos os entraves, da dificuldade da fala com a máscara, da dificuldade da visualização com a máscara, da dificuldade de não poder se aproximar a menos de 2,00 metros.

Mesmo na internet, que uma grande maioria não tem, e mesmo aqueles que tem não estão na lista dos candidatos, e, portanto, sem acesso direito, não tem como o candidato enviar uma mensagem.

Há alguns anos, podia se comprar pacotes de endereços virtuais e disparar comunicação, mas até isto está proibido, não basta o dinheiro para a campanha, mas legalmente pelo menos é proibido disparar pacotes de comunicação.

Assim pela internet, o Candidato vai depender dos amigos para “COMPARTILHAR”, sucessivamente as comunicações, que vai ficar inadequado, pejorativo, cansativo, até antiéticas tais comunicações, pois muito tem receio de se aparecer publicamente, deixando ainda registrado estas comunicações como intermediário compartilhador e então vai evitar ficar compartilhando sucessivamente.

Se era difícil a comunicação, quando o beijo, abraço, aperto de mão, chegar perto para falar, sem máscara que esconde a pessoa, embaralha a voz, coisas que permitia o acesso pessoal; o correio, a mala direta, a entrega do “santinho” pessoalmente, ou pela caixa do correio, mas isto também gerará risco de contagio, pois junto com a comunicação física poderá estar carregando o vírus.

Assim Deus ajude o candidato que terá que encontrar um meio de alguma maneira de atingir o eleitor para pedir o voto, de se identificar, de transmitir o pedido do voto, de poder passar o seu trabalho passado ou pretenso futuro no cargo preiteado. 01.10.20