LAWFARE E CANCELAMENTOS NO PARQUINHO IMPERIALISTA

LAWFERE E “CANCELAMENTOS” NO PARQUINHO IMPERIALISTA.

VALÉRIA GUERRA REITER

A política do Imperialismo é antiga, ela remonta as grandes conquistas de terras por parte de um MERCANTILISMO sugador. O Imperialismo é a etapa superior do capitalismo. E o termo último em si entrou para o vocabulário econômico do mundo na década de 1860. Em 1867, aquele que foi o maior crítico do Capitalismo lança “O Capital”. O triunfo de este pensamento econômico está em sua quarta Revolução (atualmente).

A filosofia de comprar tudo barato e vender mais caro, incluindo o trabalho, foi se expandindo; com tímida participação popular: nos limites necessários para garantir a ordem burguesa, evitando o risco de ela ser derrubada.

Historicamente, a partir de 1848, ano que encerra didaticamente a Era das Revoluções, a “democracia” ainda era vista como o prelúdio rápido e certeiro para o “socialismo”. O capitalismo gerou um mundo de vitoriosos e de vítimas: os últimos foram mutilados através do que se chamou de progresso, ou melhor, drama do progresso.

A História é filha de seu tempo, ela narra o fato do presente para o presente, não se importando em qual temporalidade ele habite. O pensador político francês Alexis de Tocqueville ergueu-se na Câmara dos Deputados para expressar sentimentos que muitos europeus partilhavam e proferiu: Estamos dormindo sobre um vulcão... Os senhores não percebem que a terra treme mais uma vez? “Sopra o vento das revoluções, a tempestade está no horizonte”.

Já que dois exilados alemães, Karl Marx e Friedrich Engels, o primeiro com 30 anos, e o segundo com 28 divulgavam os princípios da Revolução proletária, na França.

Sim, o Manifesto comunista nasceu. Ele engatinhou, e caminhou. É documento e perdura; mesmo que a revolução do socialismo ainda não tenha mudado os rumos sociais da Terra. Em 1871, o advento da Comuna de Paris; uma resistência proletária que perdurou apenas dois meses: viu o massacre de 20.000 pessoas. E aqui no Brasil, em Canudos, na Bahia; um número aproximado a predecessora francesa fora de 25 mil massacrados que apenas desejavam viver livres da espoliação desumana.

Com uma diferença de apenas 26 anos, ambas as Revoltas foram canceladas pelo poder da arma. E hoje temos outro armamento tão poderoso quanto o fuzil: o lawfare.

O termo significa “guerra jurídica”, e o direito é usado como arma, e não como justiça. Vivemos tempos líquidos, tempos em que a estética predomina sobre a ética. Tempos de pós-modernidade doentia: que transformam o tempo em um eterno presente, sem memória, sem respeito e sem moral. Tempos de incerteza geram permanências anacrônicas, e rupturas indecentes.

Os relacionamentos escorrem pelos dedos, no mundo pós-moderno: a inteligência artificial dirige o intelecto. E a pós-verdade se afirma transformando assassinos em vítimas. Deus é o capital. Religião é o capitalismo. E o Lawfer é o novo Caronte que quer levar as almas do povo incauto para o HADDES da Censura obscena contra o Jornalismo independente.

E a obrigação de um verdadeiro Homem posicionado à esquerda de pensamentos utilitários como o do liberal Alexis de Tocqueville: transparece em apontamentos basais do Manifesto Comunista de 1848, como a seguir: "Na sociedade burguesa o capital é independente e pessoal, ao passo que o indivíduo que trabalha é dependente e impessoal"

“Nós não deveríamos construir muros, deveríamos construir pontes”.

Zygmunt Bauman - filósofo.

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Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 02/09/2020
Reeditado em 02/09/2020
Código do texto: T7053021
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