IDENTIFICAÇÃO DE UMA PROMESSA REPETIDA E NUNCA CUMPRIDA.
Já houve ocasiões em que era comum o ser humano identificar-se com os sentimentos das vítimas, qualquer que fosse o motivo que viesse acontecer esta vitimação. Enganados, doentes em geral, roubados, sempre torcíamos por esse tipo de “mocinho”.
Nos dias de hoje, a maioria se deixa levar pelos malandros, bandidos, lanceiros, cambalacheiros, corruptos, enganadores disfarçados de protetores políticos e outros que ainda não se apresentaram na rotina da enganação. Lembram-se do sentido da palavra “cambalacho”... Pois é!... Por que será? E não saiu de uso ou aplicabilidade, substituíram por outra, mas o conceito é o mesmo.
E a palavra “depender”, era principalmente usada aos que eram independentes, principalmente, financeiramente ou em algumas profissões, como: eu dependo da lavoura, eu da mata, eu do rio, eu da caça, eu de lavagem e passar roupas, etc. todas dignas de oferecer independência ao ser humano na legalidade jurídica e social. E assim DEPENDER era ser útil; era sinônimo de ocupação, trabalho, renda própria, sustentabilidade.
Hoje, DEPENDER é quase um adjetivo, é sinal de subordinação, submissão, escravidão econômica ou social, (até do salário de “idosos,”) servilismo, puxa-saquismo, entreguismo, caguetagem e outros mais.
E amanhã? Não podemos ser futuristas, mas podemos recuperar o verdadeiro sentido de DEPENDER, voltar a ser somente um verbo transitivo, aquele que exprime uma ação que passa ou transita do sujeito a um objeto direto ou indireto e não a outro sujeito “ganancioso”, ímprobo, desonesto, raposa, sugador etc.
Pena que os subordinados não saibam que estão deixando de serem “cidadãos”.
Ser subordinado é ser inferior, é ser secundário em relação à outra pessoa, é estar sob ordem de outro, e se esse outro tiver sido sufragado, nos acalma sabermos que será pelo menos por um quadriênio.
Hoje, temos um grupo de prestidigitadores de promessas, que foram acreditadas por pessoas humildes e outras bem informadas, que pela retidão do caráter, que, por pouco mentirem, muitos acreditaram no que ouviram do filho DELA e DELE. E diziam “se Deus quiser!”
Se Deus quiser seremos atendidos!... Receberemos o que prometeram!... Depois de eleito, Ele vai voltar a nos visitar!...
Mas, parece que Deus não quis. Ou quem sabe se não foi para nos defender da vergonha ao ouvirmos o “não posso atender agora”. É que o Governador não repassou o que prometeu.
Não pode ser hoje, porque estou saindo, ainda não sei para onde.
Não pode ser agora, porque tem muita gente na folha.
Não posso atender, porque meu antecessor não prestou conta do projeto, e por isso não foi renovado.
E assim o “NÃO” se torna “SIM”. E descobrimos que o “NÃO”, foi uma resposta repetitiva e conclusiva por durante pelo menos quatro anos.
E nós aprendemos que não devemos: Não repetir, não aceitar, não reconduzir, não decorar, não copiar e não “CONFIRMAR”.
Mas quanto o “SIM” atentamente devemos: OUVIR, DEBATER, DISCORDAR, DESCONFIAR, ESCOLHER, empenhar-se, indicar, acompanhar e “CONFIRMAR”,
Já foi dito em outra ocasião que a cegueira para ocorrer tem três causas: DESATENÇÃO – PAIXÃO – PRESUNÇÃO. (Pe. Antonio Vieira).
DOMINGOS INÁCIO