Em um debate entre candidatos à presidência da República, realizado em 1989, um jornalista perguntou ao então candidato Lula se ele era leninista, trotskista, maoísta, castrista ou qualquer outra linha ideológica de esquerda então em voga. Lula respondeu na lata que ele era torneiro mecânico.
E era verdade. Pelo menos naquele momento ele era apenas e tão somente um líder sindical tentando disputar o cargo de primeiro mandatário do país. Era ainda um operário autêntico, embora já tivesse uma boa experiência política, pois além de ter perdido uma eleição para governador de São Paulo para Orestes Quércia, tinha sido eleito deputado logo depois por uma grande soma de votos.
Perderia depois mais duas eleições para Fernando Henrique Cardoso e só ganharia mais tarde, depois de trocar o macacão de operário pelo terno e gravata do deputado. E também a pinguinha do fim da tarde no barzinho da esquina pelo uísque 12 anos nos gabinetes atapetados de Brasília.
Ah! e o frango com farofa nas praias da Baixada Santista pelos banquetes nas embaixadas e nos restaurantes finos de Brasilia.
Lula e as principais lideranças petistas acabaram vítimas da doença denunciada por George Orwel no seu famoso conto “Animal Farm”, cá entre nós intitulado “A Revolução dos Bichos”. Nesse conto, os porcos de uma fazenda, depois de liderar e vencer uma revolução contra os seus tirânicos donos, acabam eles também, por implantar outro regime tirânico, no qual imitam em tudo o regime que derrubaram. E por fim, mudam até de postura, deixando de andar nas quatro patas, para caminharem eretos, nas duas pernas, como fazem os homens.
Lula perdeu sua identidade com o povo que o elegeu quando deixou de ser um trabalhador para se tornar um político como a grande maioria que já foi guindada a esse cargo. Ao invés de fazer modelagem de Fidel Castro, ou algo mais palatável para o gosto brasileiro, como Lech Wallesa ou José Mujica, preferiu se tornar uma espécie de Getúlio Vargas misturado com Juscelino Kubitscheck, de um lado adoçando a boca do povo com programas sociais e de outro estimulando a sanha dos empreiteiros com grandes obras públicas.
Deu no que deu. Ninguém gosta de ver a pessoa que ela elegeu se transformar em outra coisa, seja por que motivo for. Lula interpretou mal a filosofia do pragmatismo e acabou enredado nas velhas práticas políticas de seus antecessores e acabou mal. Principalmente por que não tinha a esperteza política dos velhos raposões a quem se aliou, para garantir os seus mandatos e quem sabe, esticar, por tempo indeterminado, a supremacia do seu partido.
Pragmatismo, em política, não é sinônimo de conformidade. Ser pragmático é saber escolher, com ética e dentro das leis vigentes, as ações que possam trazer o melhor resultado para o povo que o escolheu para tomar decisões por ele. Lula se esqueceu disso e se deu mal. Dilma também. Que Bolsonaro não siga o mesmo caminho, pois como diz a fábula do leão que se apaixonou pela raposa, ninguém deve mudar sua natureza só para agradar alguém. E pior ainda do que a postura de água que se conforma ao recipiente onde é posta, é a estratégia do camaleão, que assume a cor do ambiente onde está para se defender dos predadores.
E era verdade. Pelo menos naquele momento ele era apenas e tão somente um líder sindical tentando disputar o cargo de primeiro mandatário do país. Era ainda um operário autêntico, embora já tivesse uma boa experiência política, pois além de ter perdido uma eleição para governador de São Paulo para Orestes Quércia, tinha sido eleito deputado logo depois por uma grande soma de votos.
Perderia depois mais duas eleições para Fernando Henrique Cardoso e só ganharia mais tarde, depois de trocar o macacão de operário pelo terno e gravata do deputado. E também a pinguinha do fim da tarde no barzinho da esquina pelo uísque 12 anos nos gabinetes atapetados de Brasília.
Ah! e o frango com farofa nas praias da Baixada Santista pelos banquetes nas embaixadas e nos restaurantes finos de Brasilia.
Lula e as principais lideranças petistas acabaram vítimas da doença denunciada por George Orwel no seu famoso conto “Animal Farm”, cá entre nós intitulado “A Revolução dos Bichos”. Nesse conto, os porcos de uma fazenda, depois de liderar e vencer uma revolução contra os seus tirânicos donos, acabam eles também, por implantar outro regime tirânico, no qual imitam em tudo o regime que derrubaram. E por fim, mudam até de postura, deixando de andar nas quatro patas, para caminharem eretos, nas duas pernas, como fazem os homens.
Lula perdeu sua identidade com o povo que o elegeu quando deixou de ser um trabalhador para se tornar um político como a grande maioria que já foi guindada a esse cargo. Ao invés de fazer modelagem de Fidel Castro, ou algo mais palatável para o gosto brasileiro, como Lech Wallesa ou José Mujica, preferiu se tornar uma espécie de Getúlio Vargas misturado com Juscelino Kubitscheck, de um lado adoçando a boca do povo com programas sociais e de outro estimulando a sanha dos empreiteiros com grandes obras públicas.
Deu no que deu. Ninguém gosta de ver a pessoa que ela elegeu se transformar em outra coisa, seja por que motivo for. Lula interpretou mal a filosofia do pragmatismo e acabou enredado nas velhas práticas políticas de seus antecessores e acabou mal. Principalmente por que não tinha a esperteza política dos velhos raposões a quem se aliou, para garantir os seus mandatos e quem sabe, esticar, por tempo indeterminado, a supremacia do seu partido.
Pragmatismo, em política, não é sinônimo de conformidade. Ser pragmático é saber escolher, com ética e dentro das leis vigentes, as ações que possam trazer o melhor resultado para o povo que o escolheu para tomar decisões por ele. Lula se esqueceu disso e se deu mal. Dilma também. Que Bolsonaro não siga o mesmo caminho, pois como diz a fábula do leão que se apaixonou pela raposa, ninguém deve mudar sua natureza só para agradar alguém. E pior ainda do que a postura de água que se conforma ao recipiente onde é posta, é a estratégia do camaleão, que assume a cor do ambiente onde está para se defender dos predadores.