CULTURA DO CANCELAMENTO:
Recentemente o ex jogador de futebol Juninho Pernambuco deu uma entrevista para um veículo de internet dizendo que não conversava mais com 90% de seus familiares por causa de divergências políticas. De acordo com ele, seu posicionamento crítico ao atual Presidente Jair Bolsonaro o fez romper laços de família. O Brasil de hoje é extremamente polarizado. Prós e antis governo vivem se digladiando nas redes sociais. E isso tem levado muitos aquilo que estudiosos chamam de: Cultura do cancelamento. É mais ou menos assim: Se A não concorda ou critica o cardápio político e ideológico de B (pode ser outro assunto tbm) logo esse irá cancelar A (bloquear). Simples assim, preto no branco. Ainda que nem tenha havido ofensas, o simples fato de discordar já é motivo suficiente para cancelar. O mais engraçado para não dizer contraditório é que tais atitudes geralmente vem daquela galerinha que vive pregando mais tolerância (ou seria só quando convém?). A exemplo do ex jogador citado, há inúmeras famílias Brasil à fora que estão rompidas em seus laços familiares por conta da política. O pior é que não é nem a política em si aquela, por exemplo, defendida pelos filósofos gregos nas chamadas àgoras/pólis, mas sim a partidária. São pais que não falam mais com filhos, filhos com pais, irmãos com irmãos, amigos com amigos, etc, por conta de divergências ideológicas. Para finalizar, a pergunta que fica é Vale à pena mesmo brigar e perder laços afetivos por causa de políticos que em sua maioria (desculpem a expressão) estão cagando e andando para mim e para você? Eu acho que não, mas há quem diga que sim. Ok!