FHC UM CANCRO NA POLÍTICA BRASILEIRA

FHC, que para nossa infelicidade foi presidente da República, criador do Foro de São Paulo, disse: “Chamar militares para o governo é sinal de fraqueza.”

Senhor Fernando Henrique, em todas as atividades humanas existe corrupção, nas nossas Forças Armadas também, portanto, não seriam exceção. Entretanto, acredito que nossos militares são os mais inteligentes do mundo ou os mais honestos. Pois neste lamaçal de corrupção que se encontra o País, não vimos casos de envolvimento de militares, como disse, por honestidade ou por inteligência; se roubam, não são descobertos e pelo que sei, somente houve um caso de denúncia de trapalhadas deles na Lava Jato. Justamente o contrário do que ocorre no mundo político, onde o senhor sempre viveu, junto com uma infinidade de asseclas, gente de caráter duvidoso e acusada em muitos casos de corrupção.

Portanto, senhor Fernando Henrique, fraqueza não é ter militar no poder, fraqueza são muitos podres e acusações que pesam sobre a cabeça do senhor que inexplicavelmente nunca foram investigadas a fundo e devidamente esclarecidas. Fraqueza é, desta forma:

1) Extinguir a comissão especial de investigação;

2) o caso Sivam com a demissão do brigadeiro Mauro Gandra;

3) o custo do Proer no seu governo ter chegado a 12,3% do PIB, segundo economistas e o senhor dizer que foi de 1% apenas;

4) a acusação de 10 milhões de reais usados em caixa dois na sua campanha;

5) as acusações de propina nas privatizações, o Livro Privataria Tucana nunca foi contestado;

6) a emenda da reeleição;

7) os grampos do Banco Opportunity;

8) os milhões do TRT paulista de Nicolau dos Santos Neto;

9) os precatórios do DNER;

10) o famoso caladão – fraude nas telecomunicações;

11) a desvalorização do Real;

12) o caso Marka/Fonte Cindam;

13) a Base de Alcântaras;

14) a biopirataria oficial;

15) o fiasco dos 500 anos do Brasil, superfaturamento que o filho do senhor foi acusado;

16) o Eduardo Jorge;

17) a reforma tributária;

18) as transferências da Sudam que levaram a extinção do órgão;

19) as notas frias da Sudene;

20) o Fundef;

21) abuso das MPs;

22) os acidentes da Petrobrás;

23) o apoio a Fujimoro;

24) o desmatamento da Amazônia;

25) os arapongas;

26) o esquema FAT – 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

27) 121 obras irregulares listadas pelo TCY;

28) explosão da dívida externa de 153,4 bilhões para 685,6 bilhões de dólares;

29) o avanço da dengue;

30) as verbas do BNDES 10 bilhões para empresas privatizadas;

31) o PIB de 2%;

32) renúncias no Senado;

33) racionamento de energia;

34) elevação das tarifas públicas;

35) explosão da violência que aumento em 48%;

36) reforma agrária mentirosa;

37) renda em queda, desemprego em alta – SP 20,4%;

38) congelamento da correção da tabela do IRPF por seis anos.

O senhor, como ex-presidente, deveria ter mais respeito ao atual presidente, amor por sua Pátria e entender o que ele represente, não querer, por conta de suas nefastas convicções, o mal de todo o povo brasileiro quando torce contra o governo. Recolha-se à sua insignificância e aposentadoria, aquela que ganhou com trinta e oito anos, sabe-se lá como, pois pelo que se sabe o senhor fugiu do País na época do militares para não ser preso e quando voltou engajou logo na política. Foi candidato a prefeito de São Paulo, passando a maior humilhação perante à Nação, quando antes do resultado das urnas, com toda sua arrogância, sentou-se na cadeira de prefeito, considerando-se eleito antecipadamente. Perdeu a eleição, e Jânio, que o derrotou, por higiene, prevenção e para humilhá-lo também, mandou esterilizar a cadeira para poder sentar-se. Embora tenha sido presidente da República o senhor é um ser abjeto e insignificante.

Senhor Fernando Henrique, tenha respeito, e faça como Michel Temer, que neste aspecto, mostra-se um cavalheiro e uma pessoa sabedora do quanto representa o cargo de presidente. Pode ter lá suas idiossincrasias e está até tramando contra Bolsonaro, mas jamais se ouviu qualquer palavra dele, de bem ou de mal, sobre o governo. Pelo menos desconheço.

Nosso presidente, capitão do Exército Brasileiro, formou-se na luta diária da caserna, ao contrário do senhor que viveu em cafés e restaurantes franceses, bebendo vinho, muitas vezes pago com nosso suado dinheiro, discutindo política, escrevendo seus livros de sociologia. Aqui peço desculpe por minha ignorância, embora tenha um pouco de cultura, jamais ouvi alguém mencionar um único livro do senhor como referência; até conheço livros de outros sociólogos, mas os do senhor não, desculpe, peço-lhe novamente.

O senhor sempre foi um falastrão sem respeito às pessoas, como mencionei antes o episódio da eleição para prefeitura de São Paulo, quero lembrá-lo também quando chamou os aposentados de vagabundo, incluindo-se no contexto, pois na ocasião disse que quem se aposentava com menos de cinquenta anos era vagabundo, e o senhor já era aposentado; aposentadoria que conseguiu aos trinta e oito anos de idade. Isso sim, é fraqueza.

O senhor lembra de Mirian Dutra? Ela o acusou de pagar três mil dólares mensais por intermédio de uma empresa de fachada para sustentar o filho de vocês dois. Não o estou acusando de nada, somente transcrevendo informação dada pela Revista Época de 19 de fevereiro de 2016. Isso sim, é fraqueza. E não a luta diária de um homem de bem, que quase teve sua vida ceifada por bandidos, a mando sabe-se lá de quem, que tenta tirar o País do marasmo que se iniciou com o senhor e teve seu ápice com Lula e Dilma. E não me venha com a história do Real, pois esse mérito cabe a Itamar Franco. Muito menos das privatizações, sabe-se lá como feitas. Mas o livro Privataria Tucana conta um bocado de coisas estranhas, para não dizer outra coisa.

Então, senhor sociólogo, o senhor deveria recolher-se à sua insignificância, à sua aposentadoria, repito, e curtir seu apartamento em Paris, que segundo também Mirian Dutra o senhor possui na capital francesa, assim como um outro em Nova Iorque, no Trump Tower, onde fica de vez em quando o Tomás. Sabe quem é? O filho de vocês dois. O senhor pode muito bem viver em Paris, curtindo “Uma Tarde em Paris de FHC”, título daquela reportagem de 7 de março de 2003 de Dinheiro, em que o senhor faz loas ao governo Lula, dizendo torcer realmente pelo governo dele. E por que torce contra o de Bolsonaro e o Brasil hoje?

Isso, senhor sociólogo, é fraqueza. Mesquinhez. Falta de respeito pelo povo, não digo seu povo, porque realmente não somos seu povo, seu povo deve ser os franceses. Fraqueza, senhor sociólogo, é isso: não querer o bem-estar de um povo somente por pirraça política e pelo que representa a pessoa que está nos dirigindo não mancomunar com suas ideias torpes, nefastas e ultrapassadas, que vocês chamam de progressistas, mas progressismo nada mais é do que a palavra comunismo mascarada para enganar incautos. Isso sim é franqueza; fraqueza de personalidade, fraqueza de amor, fraqueza de empatia pelo povo.

Por fim, recolha-se, omita-se, cale-se, o senhor já está chegando ao fim e que seu fim seja pelo menos mais digno, para que as manchas da já tão maculada biografia do senhor pelo menos fiquem mais leves e seus atos mesquinhos menos lembrados e que algumas pessoas fiquem na ilusão que o senhor é o pai do Plano Real, que na realidade, volto a frisar, foi obra do governo de Itamar Franco, cuja criação deveu-se a partir da Medida Provisória 434, de 27 de fevereiro de 1994, tendo à frente dos trabalhos os economistas Pérsio Arida e André Lara Resende.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, JUNHO DE 2020.