Marrocos: Protetorado francês a morte do sultão

Para tratar da questão do protetorado, envolvendo o Sultèao Abdal Hafide ou Abdal Hafiz Abd al-Hafid) (em árabe: transl.: mulay), tal sultão de Marrocos de 1908 a 1912, chama atenção dos historiadores e pesquisadores. Seu Irmão Sultão Abdalazize (r. 1894–1908), quem guerreou no início de 1907. Assim foi nomeado califa de Marrocos por parte de Abdalazize.

Além da lealdade condicional dos marroquinos, antes do protetorado, exigendo libertar os territórios anexados, e interromper as ambições coloniais do país, marcando um período de calamidade pública, sob o sultão Moulay Abdel Hafiz que conheceu uma série de conflitos, numa situação interna instável, uma época do jihad, guerra santa, herdando um Marrocos sobrecarregado. Cuja crise geral, causou a quebra do prestígio e do poder, além das intrigas e manobras estrangeiras, caos daqui e dali, objeto de uma cultura de intimidação e boatos.

Muitos não têm consciência do que é suficiente – segundo a expressão de Abd al-Hadi al-Tazi - o que acompanhou o protetorado desde os primeiros dias do domínio francês sobre o país, é a maneira de atraír, de forma irregular numa disputa entre Roneau, ministro francês, General Mounes, quando o primeiro considera que o protetorado tem limites a não ultrapassar, e o segundo acha que a força e a letalidade são os remédios.

O fato é que a época do protetorado foi celebrado em circunstâncias misteriosas, perguntando sobre: Moulay Abdel Hafiz, rei de seus antes, seus atos, se foi realmente sultão? Ele foi sob a influência e a pressão, detenção ou barganha? Ninguém tem sido comparecido na assinatura e sem documentos, notícias ou comentários assinados, sobre tudo aquilo que a história do Marrocos neste exato momento registrou. Até o ministro francês "Roneau", quando terminou com Moulay Abd al-Hafiz e voltou para sua residência em Fez, ele disse: "garoto em", isto é, "aconteceu" ... Assim, de forma clara e segura, sendo que Moulay Abd al-Hafiz, antes de ir de comboio para o exílio, quebrou as insígnias e o trono, além da sua paraqueda, de forma amaldiçoada.

Além de receber um documento de renúncia a favor de Al-Maqri, seu maior baú, guardado até deixar o país. Mantido em Tânger por algum tempo, antes de se mudar para a Espanha, mantendo reuniões patriotas marroquinas; Isso irritou os franceses, confiscando o seu dinheiro e suas propriedades por decisão do residente geral, El Youti, Abril de 1922, dos quais cerca de três mil hectares de terra fértil, cujas propriedade a margem do rio, nos arredores de Fez.

Sobre esta época difícil, foi relatado que, depois do almoço, após assinar o documento do protetorado, todos foram ao parque real para uma festa de chá, enquanto Moulay Abdel Hafeez fuma um cigarro numa situação que parecia ser o efeito da tristeza, e de vez em quando pronuncia palavras assobradas e fingindo, estar numa atmosfera familiar. Foi jogado uma parte de xadrez com Roneau, o francês que se demonstra ser genial, da diplomacia francesa e vencedor, considerando, Moulay Abdel Hafiz, ganhar o seu jogo, seus soldados: este último dirigiu-se para Bin Ghobrit com um sorriso sarcástico, ao dizer: "Eu não tenho o direito até de chamar os soldados para ir onde quer e fazer minha defesa". Acrescentando: " tornado a representar nenhum, porque agora os franceses que governam".

Em relação ao protetorado, o ato e circunstâncias, o jurista Muhammad Ben Al-Hassan Al-Hajwi escreveu, da cidade de Fez, ao ministro Mohamed Al-Jebbas, encarregado dos assuntos da casa em Tânger, e sobretudo dos dias sangrentos do Fez, antecedendo a conversa, que Al-Hijwi, membro do governo de Moulay Abd al Heed, anotou a carta que foi escrita, talvez depois de um dia do término dos acontecimentos do Fez, cujos franceses responsabilizaram o sultão de tudo aquilo, logo após ter assinado o protetorado.

Duas semanas após a assinatura do ato de protetorado, num resposta a uma situação pouco clara, o soldado do armazém, revoltado contra aqueles que os armam ou treinam, os oficiais franceses; voltando do Palácio do Sultão sen descobrir o que se passa, sem conhecimento, devido à dificuldade, a ambiguidade e a confusão, no quartel a situação psicológica turbulenta, devido a morte de alguns oficiais franceses na cidade velha. Cujo apoio do povo de Fez e dos artesãos, dos comerciantes e outros, acreditando que Moulay Abd al-Hafeez, sultão do Jihad (Guerra santa), comprometido com honra, cujo nome sem autoridade e soberania, o país ficou à mercê dos franceses.

Perante estes acontecimentos sangrentos, o Yoti afastou Moulay Abd al-Hafeez em favor de seu irmão Moulay Youssef, exigindo a transferência da capital do país, de Fez a Rabat, resultado à recusa do povo o ato de protetorado, argumento imposto para isolar tão rapidamente o sultão, tanto quanto da lealdade condicional.

Das intrrogações a levantar depois de descobrir as ações do sultão e receber alguns de seus soldados durante essa crise, provocando a ira dos franceses, que não estabeleceram um texto em árabe do protetorado, significando que o exército de Makhzen, renovado, preservou a sua identidade, distinta sob a visão do sultão? Em relação ao que foi relatado, o sultão tem-se arrependido por assinar o documento do protetorado, interroga-se se foi appendido ou descobriu, o documento que assinou não foi o mesmo acordado com os franceses? Qual é o tipo de alterações ao documento do protetorado em árabe, astuto ou engano?

Em referência ao texto do protetorado, o sultão teve o texto durante um período de cinco meses, para ver, estudar e analisar, texto traduzido pelo Kaddour Ben Ghobart, tradutor da embaixada francesa em Tânger. A relação do sultão com o ministro francês "Roneau" fez com que o conteúdo seja alterado. Cujas reservas do sultão não foram aceitas, e algumas encaminhadas ao governo francês. A pressão psicológica do Moulay Abdel Hafiz, durante esse período, às vezes reflete um ato de abdicar. Sendo que "Ronio" tem visitado o Fez no final de março de 1912, levando o texto alterado, protetorado. Em nome do sultão, e segundo o relator Al-Maqri, aceitando as propostas. Assim, o texto em árabe do protetorado, expresso como original, o que faltou 30 de Março do mesmo ano, contentando apenas com a tradução sem nenhuma alterações. A partir daí, instalou-se o conflito entre Lyoti, após ser nomeado como residente geral de Marrocos, e o sultão, pressionado até abdicar-se, agosto de 1912.

Depois de tudo o que aconteceu, e na primeira reunião do Residente Geral com os residentes da comunidade francesa em Rabat, durante o mesmo mês, disse: "Voltando de Fez, 1 de Agosto, obrigando Abd al-Hafeez a renunciar ao trono a favor de seu irmão Mulay Youssef. Não há dúvida que se lembra... condições críticas para preparar o fato grandiosos do (depoimento de Abdul Hafeez). Talvez o texto em árabe que a França interditou e não publicar, permitindo vê-lo, envolvendo o que é mais perigoso, além do período do protetorado específico, talvez em vinte e cinco anos.

A principal preocupação de Moulay Abd al-Hafeez, após sua abdicação, é acender a resistência dos franceses, o que aconteceu no Atlas Médio, através do Moha e Hamu al-Zayani, depois no norte por Ahmed Al-Risouni e Muhammad bin Abdul-Karim al-Khattabi.

No que diz respeito às circunstâncias da conclusão do protetorado continua ser considerado como assobrado, e muito vago, cujas fontes históricas marroquinas concordam, sobre o mínimo, o que se pode dizer. Tal ato foi realizado em circunstâncias anormais, além do estado do sultão Abdul Hafeez, certo ou errado, depois de abdicar ao trono. O que sempre o perseguiu e o causou problemas no final de sua vida. Relatando, através de uma carta enviada a um amigo em Tânger, novembro 1919, sobre como ele deixou a cidade no início da Primeira Guerra Mundial, e como foi tratado com crueldade, dizendo: " Insultos engolidos, continuando assim, desde que se mudou desse lugar, com toda a dor sofrido, de deslocamentos e isolamentos. Aguardando o fim da crise e da guerra ".

Os jornais alemães informam que o ano 1937, o sultão de Marrocos, exilado nua residência compulsória a Paris, exigindo o seu retorno ao trono, 30 de março do mesmo ano, a data de expiração do tratado de protetorado. Notícias que ressoaram na França e na Europa em geral, antes que todos fossem surpreendidos com sua morte no dia 4 de abril do mesmo ano. Uma vez Sr Qaddour Ben Ghobirat ordenado a coletar todos os documentos a pedido das autoridades francesas, para que nada vazasse deles. Apesar de tudo aquilo que aconteceu nas negociações políticas marroquinas-francesas ´´Paix Liban´, época da independência, na qual o documento do ato de protetorado continua estritamente confidencial e secreto.

Uma oração sobre o sultão. [Jihad´ na mesquita de Paris no dia seguinte da sua morte, depois que seu corpo, removido sob a supervisão de um clérigo na presença do Qaddour Ben Ghobrit. Isso foi antes de ser levado na frente da porta da mesquita, através de uma unidade militar, em seguida a estação de trem de Paris, Marselha e de lá para Marrocos, via Tânger, 12 de abril, transferido para Casablanca e depois para Fez, onde foi enterrado no cemitério de Moulay. Abdullah.

Sobre esta crise, a crise de pré-protetorado do Marrocos, quando foi posto Moulay Abd El Hafidh com uma restrição política, mantida como " doença da ferida do antigo Marrocos". Um documento a valor de uma experiência do sultã, importância histórica de um período definido, por um lado, e com muitas dimensões do sistema do armazém, por um outro lado.

Não há dúvida de que essa restrição, após o protetorado, constitui uma pausa profunda e franca para refletir sobre o que aconteceu, o que ficou depois claro,:

“Não saiu de Fez apesar da firme intenção de conceder, até ficou um de seus juízes coloca a mão do cônsul sobre seu coração, interrogando: quero que seja a sua camisa e quero amar pelo meu amor, para quem não dispensa a Deus, Deus nunca o enriquece.

Finalmente, a interrogação dos pesquisadores levanta a questão da responsabilidade sobre o que aconteceu no início do século passado, a crise do tratado de protetorado, as circunstâncias misteriosas, a vida no exílio, e também o mistério da morte do sultão, El Jihad, segundo o famoso dito´´a doença de Marrocos, um empecilho antigo´.

Lahcen EL MOUTAQI. Pesquisador universitário, Rabat, Marrocos.

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 26/06/2020
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