Se existe alguém que não tem direito de reclamar do presidente Bolsonaro são os petistas. Pois foram eles os principais responsáveis pela sua eleição. A grande maioria dos 57 milhões de votos que elegeram o atual presidente veio de pessoas desiludidas e revoltadas com os desmandos e os assaltos sistemáticos que os petistas fizeram aos cofres públicos nos 14 anos em que (des)governaram o país. Bolsonaro é um oportunista que soube, melhor que qualquer outro político da atualidade, canalizar os maus humores de um povo cansado de ser espoliado e que anseia por mudanças significativas na forma de governo do país.
Pessoalmente, a biografia de Jair Bolsonaro não o recomenda nem um pouco para esse papel. Militar inconformado com um sistema permissivo que tolera a desconstrução dos valores, que na opinião dele, são fundamentais para a construção de uma sociedade sadia, ele deixou a farda por entender que as Forças Armadas eram um canal letárgico demais para dar vazão aos seus ideais reacionários. Isso foi ele mesmo que disse isso quando perguntado sobre a razão de ter deixado o exército. Elegeu-se parlamentar e por cerca de 30 anos militou na Câmara dos Deputados, permanecendo sempre no chamado baixo clero. Ao que parece, já que não se tem notícia de nenhum projeto social ou econômico patrocinado por ele, nunca se importou com o trabalho parlamentar, propriamente dito. Sua atuação foi sempre no sentido de defender o regime militar.
Bolsonaro, como se disse, foi um acidente provocado pelo descalabro da gestão petista. Ele pode não ser o presidente dos nossos sonhos. Pelo menos do meu ele não é. Como mais de 30 milhões de eleitores, votei nele em segundo turno porque não queria ver outro petista governando o país. Sempre soube o que poderia esperar dele e por isso não estou decepcionado, como dizem estar alguns milhões de eleitores que votaram nele pelas mesmas razões que as minhas. Isso porque não presto culto à personalidades. Aprendi a analisar planos e ideias e por elas é que me guio e não por quem as projeta ou propaga.
Se há uma coisa que ninguém pode acusar Bolsonaro é o de ser dissimulado. Conservador, reacionário e defensor da ditadura militar ele sempre foi e nunca escondeu que o seu sonho era a volta desse regime. O que ele talvez não previsse, ou pelo menos não avaliou corretamente, é que para realizar o seu sonho encontraria tanta reação da burocracia estatal que se encastelou no poder nestes mais de 30 anos de vida democrática. Esse foi o seu maior pecado. Não se joga o jogo democrático por tanto tempo sem consequências. E Bolsonaro, depois de levar tanta pancada, pareceu que finalmente entendeu isso. Por essa razão está tentando agora se compor com os demais poderes. Puro exercício de maquiavelismo. Não há melhor forma de se vencer um inimigo do que cooptando boa parte deles. Filipe, pai de Alexandre, o Grande, já dizia: Não há muralha de cidade que resista quando se faz passar por ele um burro carregado com ouro.
A política, vai e volta, sempre se faz do mesmo jeito. Ora desequilibra-se para a direita, ora para a esquerda. Mas o ponto de equilíbrio sempre está no meio. Felizes os governantes que percebem isso logo nos primeiros dias de seus mandatos. Mesmo que passem à história como vilões, como Temer e Sarney, eles não apanham tanto como está apanhando agora o Messias Bolsonaro. Terminam seus mandatos sem grandes percalços e retiram-se para os seus alcandorados refúgios construídos com o dinheiro público, esperando o julgamento da História. Ás vezes dão azar, como o Lula. Mas como a História é feita, fundamentalmente de opiniões, sempre haverá aquelas que lhe serão favoráveis.
Pessoalmente, a biografia de Jair Bolsonaro não o recomenda nem um pouco para esse papel. Militar inconformado com um sistema permissivo que tolera a desconstrução dos valores, que na opinião dele, são fundamentais para a construção de uma sociedade sadia, ele deixou a farda por entender que as Forças Armadas eram um canal letárgico demais para dar vazão aos seus ideais reacionários. Isso foi ele mesmo que disse isso quando perguntado sobre a razão de ter deixado o exército. Elegeu-se parlamentar e por cerca de 30 anos militou na Câmara dos Deputados, permanecendo sempre no chamado baixo clero. Ao que parece, já que não se tem notícia de nenhum projeto social ou econômico patrocinado por ele, nunca se importou com o trabalho parlamentar, propriamente dito. Sua atuação foi sempre no sentido de defender o regime militar.
Bolsonaro, como se disse, foi um acidente provocado pelo descalabro da gestão petista. Ele pode não ser o presidente dos nossos sonhos. Pelo menos do meu ele não é. Como mais de 30 milhões de eleitores, votei nele em segundo turno porque não queria ver outro petista governando o país. Sempre soube o que poderia esperar dele e por isso não estou decepcionado, como dizem estar alguns milhões de eleitores que votaram nele pelas mesmas razões que as minhas. Isso porque não presto culto à personalidades. Aprendi a analisar planos e ideias e por elas é que me guio e não por quem as projeta ou propaga.
Se há uma coisa que ninguém pode acusar Bolsonaro é o de ser dissimulado. Conservador, reacionário e defensor da ditadura militar ele sempre foi e nunca escondeu que o seu sonho era a volta desse regime. O que ele talvez não previsse, ou pelo menos não avaliou corretamente, é que para realizar o seu sonho encontraria tanta reação da burocracia estatal que se encastelou no poder nestes mais de 30 anos de vida democrática. Esse foi o seu maior pecado. Não se joga o jogo democrático por tanto tempo sem consequências. E Bolsonaro, depois de levar tanta pancada, pareceu que finalmente entendeu isso. Por essa razão está tentando agora se compor com os demais poderes. Puro exercício de maquiavelismo. Não há melhor forma de se vencer um inimigo do que cooptando boa parte deles. Filipe, pai de Alexandre, o Grande, já dizia: Não há muralha de cidade que resista quando se faz passar por ele um burro carregado com ouro.
A política, vai e volta, sempre se faz do mesmo jeito. Ora desequilibra-se para a direita, ora para a esquerda. Mas o ponto de equilíbrio sempre está no meio. Felizes os governantes que percebem isso logo nos primeiros dias de seus mandatos. Mesmo que passem à história como vilões, como Temer e Sarney, eles não apanham tanto como está apanhando agora o Messias Bolsonaro. Terminam seus mandatos sem grandes percalços e retiram-se para os seus alcandorados refúgios construídos com o dinheiro público, esperando o julgamento da História. Ás vezes dão azar, como o Lula. Mas como a História é feita, fundamentalmente de opiniões, sempre haverá aquelas que lhe serão favoráveis.