TIROTEIO EM BRASÍLIA
No filme “Os Imperdoáveis”, Clint Eastwood faz um pistoleiro aposentado que resolve voltar á ativa para ganhar algum dinheiro e sair da vida miserável que estava vivendo. Sua missão: matar dois vaqueiros que haviam retalhado á faca o rosto de uma prostituta. As colegas dela, num ato de corporativismo e defesa da nobreza da profissão, se cotizaram e botaram um prêmio sobre a cabeça dos dois vaqueiros que ousaram desrespeitar a mais antiga profissão do mundo.
Esse filme faturou o Oscar em 1992. É uma obra que foge aos padrões usuais dos filmes de faroeste. Desmistifica o gênero, onde o arquétipo sempre foi o bem contra o mal, e no fim, do mocinho que ganha a briga e beija a mocinha.
Em os “Imperdoáveis” não há mocinhos, somente bandidos. E a gente não sabe para quem deve torcer. Se para os pistoleiros que matam os vaqueiros, se para o xerife valentão e autoritário que desce o pau em todo mundo, se para as prostitutas que querem vingança, ou para os vaqueiros com a cabeça a prêmio. Que no fundo só reagiram à uma espécie de bullying que elas fizeram com um deles.(Riram do tamanho do bilau do cara).
É mais ou menos a mesma coisa que está acontecendo no Brasil de hoje. Ninguém sabe quem é mocinho e quem é bandido nesse tiroteio que está pipocando em Brasília. Só se sabe que são todos imperdoáveis. Tem vilão de todos os tipos e para todos os gostos.
Tem até xerife truculento e autoritário que achou que podia legislar, julgar e ele mesmo executar a pena. É o Ministro Alexandre de Moraes. No filme ele morre no final. Aliás, jurado de morte ele já foi. Se não morrer, como alguns bolsonaristas mais doidos prometeram, ele pode acabar virando réu, acusado de armar uma conspiração para derrubar o Messias presidente. Seria cômico se não fosse trágico.
Nos velhos faroestes de Hollywood, quando tudo parecia estar perdido, a cavalaria sempre aparecia para salvar os mocinhos no final. Mas nos quartéis brasileiros parece que tudo está calmo. Não se ouve nem ensaios daquele clarim que anunciava a chegada do batalhão de salvadores da pátria. Quando não era o exército que chegava para salvar a lavoura, contratava-se um pistoleiro dos bons para limpar a cidade. Há quem pense que o Bolsonaro pode fazer esse papel. Mas até agora ele está agindo como o Henry Fonda naquele faroeste “Minha Vontade é Lei”. Quem não fazia o que ele queria ele matava. No fim a cidade teve que contratar outro pistoleiro para se livrar dele. Espero que nós não precisemos fazer isso. Chega de pistoleiros.
Já me convenci que quem pode nos salvar nesse tiroteio somos nós mesmos. Temos que empunhar nossos votos e limpar nosso país de todos desses bandidos. Ou fazemos isso, ou então os imperdoáveis seremos todos nós.
No filme “Os Imperdoáveis”, Clint Eastwood faz um pistoleiro aposentado que resolve voltar á ativa para ganhar algum dinheiro e sair da vida miserável que estava vivendo. Sua missão: matar dois vaqueiros que haviam retalhado á faca o rosto de uma prostituta. As colegas dela, num ato de corporativismo e defesa da nobreza da profissão, se cotizaram e botaram um prêmio sobre a cabeça dos dois vaqueiros que ousaram desrespeitar a mais antiga profissão do mundo.
Esse filme faturou o Oscar em 1992. É uma obra que foge aos padrões usuais dos filmes de faroeste. Desmistifica o gênero, onde o arquétipo sempre foi o bem contra o mal, e no fim, do mocinho que ganha a briga e beija a mocinha.
Em os “Imperdoáveis” não há mocinhos, somente bandidos. E a gente não sabe para quem deve torcer. Se para os pistoleiros que matam os vaqueiros, se para o xerife valentão e autoritário que desce o pau em todo mundo, se para as prostitutas que querem vingança, ou para os vaqueiros com a cabeça a prêmio. Que no fundo só reagiram à uma espécie de bullying que elas fizeram com um deles.(Riram do tamanho do bilau do cara).
É mais ou menos a mesma coisa que está acontecendo no Brasil de hoje. Ninguém sabe quem é mocinho e quem é bandido nesse tiroteio que está pipocando em Brasília. Só se sabe que são todos imperdoáveis. Tem vilão de todos os tipos e para todos os gostos.
Tem até xerife truculento e autoritário que achou que podia legislar, julgar e ele mesmo executar a pena. É o Ministro Alexandre de Moraes. No filme ele morre no final. Aliás, jurado de morte ele já foi. Se não morrer, como alguns bolsonaristas mais doidos prometeram, ele pode acabar virando réu, acusado de armar uma conspiração para derrubar o Messias presidente. Seria cômico se não fosse trágico.
Nos velhos faroestes de Hollywood, quando tudo parecia estar perdido, a cavalaria sempre aparecia para salvar os mocinhos no final. Mas nos quartéis brasileiros parece que tudo está calmo. Não se ouve nem ensaios daquele clarim que anunciava a chegada do batalhão de salvadores da pátria. Quando não era o exército que chegava para salvar a lavoura, contratava-se um pistoleiro dos bons para limpar a cidade. Há quem pense que o Bolsonaro pode fazer esse papel. Mas até agora ele está agindo como o Henry Fonda naquele faroeste “Minha Vontade é Lei”. Quem não fazia o que ele queria ele matava. No fim a cidade teve que contratar outro pistoleiro para se livrar dele. Espero que nós não precisemos fazer isso. Chega de pistoleiros.
Já me convenci que quem pode nos salvar nesse tiroteio somos nós mesmos. Temos que empunhar nossos votos e limpar nosso país de todos desses bandidos. Ou fazemos isso, ou então os imperdoáveis seremos todos nós.