O PRESIDENTE DO HOSPÍCIO ALVORADA
O PRESIDENTE DO HOSPÍCIO ALVORADA
ESTÁ A ACONTECER O que de há muito tempo venho dizendo que aconteceria: grupos de militares da reserva apoiam o general Heleno com o aval do ministro da Defesa. Todos aliados à uma comentarista da CNN que mais parece advogar para o presidente. Ela critica o ministro Celso de Mello por suposta interferência no poder Executivo. O desgoverno se fortalece por não ser impedido de desgovernar. A sociedade civil não pode fraquejar. Some-se a isso o apoio dos 300 milicianos (que são 30) sempre alertas, contra a democracia.
O BRASIL, SUAS instituições, seu Povo estão por demais sonolentos quanto a aceitação passiva dos desmandos do “presidente Paga Mico”. Na reunião ministerial do dia 22/04, alguns ministros mostraram que estão a investir fanaticamente na catástrofe ou pestilência virótica do totalitarismo bolsonarista. E não mencionaram os milhares de mortos pelo Corona vírus. A reunião fora um vexame nacional e no exterior.
NA REUNIÃO MINISTERIAL teceram-se comentários, os mais desvairados, em meio a palavrões sucessivos, ofensivos ao decoro do cargo dos ministros e ao decoro do Povo eleitor brasileiro o qual, nominalmente o presidente do Hospício Alvorada supostamente representa. “Ele Não” mandou à merda prefeitos, chamou de bosta e estrume governadores, sempre insinuando que as FFAA vão cumprir com seu papel. Que papel “Ele Não” não disse. Intervenção não é papel constitucional das FFAA.
MENCIONOU QUE OS sistemas de informação presidenciais não funcionam, mas que seu sistema particular de informação funciona. O presidente do Hospício Alvorada afirmou que tem um sistema de informação apenas seu. Hitler também tinha, assim como seu aliado, o fascista Mussolini, também tinha. Todo ditador tem.
A IMPRENSA FOI CHAMADA de bosta, representada naquele momento pela Folha de São Paulo. Falou que há putaria o tempo inteiro contra ele, “Ele Não”, mexendo com a família dele. Disse “Ele Não” que não vai deixar ninguém foder com sua família nem com seus amigos. Falou raivosamente que tentou trocar gente da segurança de seus familiares e não conseguiu.
— “ISSO ACABOU, DISSE “Ele Não” — “não vou esperar foder minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura... Vai trocar, se não puder trocar o chefe, troca o ministro” (referindo-se ao ministro Sergio Moro da Justiça e Segurança Pública) ao qual olhou acintosamente à sua esquerda. — “E ponto final” disse “Ele Não” a gesticular dramaticamente: “não estamos aqui pra brincadeira”.
— “ESSES FILHOS DE UMA égua aqui querem a nossa liberdade. Querem as nossas hemorroidas. Como é fácil impor uma ditadura no Brasil, como é fácil. Quero que o povo se arme. Que é a garantia de que não vai aparecer um filho da puta que vá impor uma ditadura aqui. A bosta de um prefeito, faz a bosta de um decreto, algema e deixa a pessoa morrendo em casa. Se tivesse armado ia pra rua... Eu quero dar uma puta dum recado pra esses bostas. Quem não aceitar as minhas bandeiras, Damares, família, deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão (desde que seja para elogiar “Ele Não”), livre mercado (de armas), quem não aceitar isso está no governo errado”.
— “EU VOU ESCANCARAR a questão do armamento aqui”. — “Ele Não” continuou a vituperar: “eu quero todo mundo armado. Que o povo armado jamais será escravizado. Perde o ministério quem for elogiado pela Globo, pela Folha, pelo Antagonista”. Perguntemos agora: aonde foi que o presidente do Hospício Alvorada pôs a liturgia do cargo, o decoro??? Aonde “Ele Não” esqueceu um mínimo de educação e de respeito aos seus ministros silenciosos, cabisbaixos??? E ao povo brasileiro???
VEJA VOCÊ, ATÉ MESMO o respeitável jurista Ives Gandra, meu amigo, soma-se às tensões do momento sugerindo, não tão ao modo de um subtexto, uma intervenção das FFAA. O discurso democrático vai ficando raro até nas instâncias nas quais jamais deveria ser desalojado! Veja você, Ives Gandra se prestar a esse desserviço. Nunca! Ditadura das FFAA, nonada, Jamais! As FFAA prometeram ficar no poder quatro meses (março a junho de 64) ficaram 21 anos (64/85). Para tirá-las do Executivo haja um tempo draconiano de censura à imprensa livre, caça impiedosa às liberdades civis, violência gratuita contra a sociedade, perseguições covardes, suor, sangue, prisões, tortura, morte e lágrimas. DITADURA NUNCA MAIS!!!
((P. S): “Pagar mico” = passar vexame por estar mal informado ou pisar na bola)).