Algumas reflexões sobre a crise política no governo federal

1. Posso estar enganado , mas só vejo duas formas de o presidente manter a governabilidade: a primeira seria dar um “golpe” ( o que não seria viável) . A segunda seria o presidente construir base de apoio majoritária no Congresso.

A política do “toma lá dá cá “ que é histórica e cultural , e que vem desde o Brasil-colônia, não pode ser superada apenas com discurso , boa vontade ou no “porrete”. Ela precisa ser superada com mudanças na Lei e com boa educação.

Quem sabe elaboração de uma nova Carta Magna. Para alterar a Constituição ou elaborar uma nova , o presidente precisaria se manter no governo para pleitear a reeleição e , desta forma, combater a política do “toma lá dá cá “ por vias legais.

2. Uma das características de países subdesenvolvidos ( em desenvolvimento) é a fragilidade da democracia. Ficar colocando e tirando presidente com muita frequência não é sinônimo de democracia. É sinônimo de fragilidade das instituições. Nos últimos períodos de nossa história, os grupos que perdem a eleição ficam trabalhando usando , inclusive, parte da mídia para derrubar os grupos vencedores!

3. Hoje , 24/94/2020 , o ministro da Justiça , Sérgio Moro, pediu demissão alegando interferência do presidente na Polícia Federal. Mais tarde , o presidente fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV negando as acusações de Moro e apresentando sua versão para a saída do ministro.

Entendo que Sérgio Moro abandonou “o barco” em um momento de grande crise da política brasileira. Perdeu meu crédito.

4. A MESQUINHEZ DE MORO

Moro demonstrou pequenez ao procurar a Globo para divulgar diálogo feito com a deputada Carla Zambeli, da qual Moro foi padrinho de casamento. Foi antiético e desrespeitoso com a pessoa que lhe honrou ao convidá-lo para ser “pai” de seu casamento. Essa atitude mostra do que Moro é capaz...

Moro já era odiado pela “esquerda” , agora passa a ser também rejeitado por parte da “direita”.

Carla Zambeli é casada com o cearense Aginaldo Oliveira , coronel da Polícia Militar do Ceará e comandante da Força Nacional de Segurança.

Assim, Sérgio Moro é uma figura odiada pela “esquerda” e , agora, passa a ser “rejeitado” por parte da “direita”.