Imprestáveis

A Traição De Nossos Intelectuais

O mundo e o Brasil gastam uma fortuna para sustentar uma enorme classe intelectual.

São professores de Universidades com dedicação exclusiva à pesquisa e docência, são intelectuais pagos por fundações e empresas jornalísticas.

São os técnicos e experts governamentais pagos com nossos impostos.

Que nós, os menos inteligentes, os suprimos com pão e comida, roupas, habitação, carros e Iphones?

Para que eles não precisem trabalhar com as mãos, somente com seus intelectos.

E como nenhum intelectual jamais se interessou em pensar junto com formados em administração, não sabem implantar nenhuma de suas ideias.

A maioria inclusive impraticáveis, utopias intelectuais que só preenchem livros e papéis.

Porque dividimos o pão e nossa comida, as roupas que fabricamos, as casas que fabricamos, para suprir esses intelectuais, como fazemos desde o início da agricultura.

Produzimos tudo isso, para que eles pensem e nos ajudem a pensar.

Para que eles prevejam essas pandemias que ocorrem de tempos e tempos, e construam planos de contingência.

Para que eles nos ajudem a pensar, e não a pensarem por nós, que é o que a Social Democracia e os Fabianos gostariam que assim fosse.

Para que nas horas de crise, fossem rapidamente criados Forças Tarefas Ad Hoc, com os 40 maiores especialistas das respectivas áreas, e decidam ou nos ajudem com a melhor ação a seguir, com o melhor que a ciência possa nos oferecer.

Entrei nos sites das nossas “melhores” Universidades, e nada.

Nenhuma criou uma força tarefa com seus professores em dedicação exclusiva à pesquisa em medicina, política, marketing, comunicação, engenharia.

Precisamos é de um lock-out, não um lock down.

Esses intelectuais das Universidades, dos Think Tanks, dos Institutos, da ONU, da OMS, precisam ter seus privilégios suspensos.

Eles não somente não previram, não nos prepararam, não nos orientaram, mas nos traíram.

Usaram esse momento para divulgar as suas agendas políticas para derrubar o governo brasileiro, endividando-o, confundindo-o, desinformando-o.

Numa crise se aproveitaram para criar esse discurso de ódio, que nos deixa mais em pânico, incertos e desesperançosos.

Usaram seus “intelectos” para nos lembrar que Bolsonaro não está preparado para lidar com essa crise, algo que todos já sabíamos.

Não sabem que Lula, Dilma, Temer, FHC, também não estariam?

Só um intelectual para achar que alguém saberia de tudo.

Intelectuais nunca leram um único livro de administração na vida?

Óbvio que não, porque a maioria não consegue até hoje implantar suas ideias, tal é o ódio que têm da ciência da administração.

Administradores poderiam ser seus grandes aliados. Ajudaríamos a implantar, operacionalizar, mostrar o que é factível e o que é utopia, ou pelo menos segmentar a utopia em fragmentos aceitáveis.

Conheço, via meus anos na USP e na Veja, mais de 200 intelectuais, e nesses 50 anos, nenhum jamais me fez uma pergunta, nem prática nem teórica.

“Você que é formado em Administração, como você implantaria essa minha ideia? “

Zero.

E digo mais, a grande maioria dos intelectuais que conheço são frustrados por nada terem implantado na vida, são velhos chatos a amargurados.

Eu sou feliz, implantei muitas das minhas ideias, não todas.

Justamente aquelas que dependiam de intelectuais no governo, economistas que não tinham o menor conhecimento administrativo e operacional.

Numa crise precisamos fazer justamente o contrário do que esses intelectuais estão fazendo.

É preciso cooperar e suprir com ideias inteligentes e factíveis, porque todo governo é despreparado gostem dele ou não.

E não trair aqueles que lhes sustentaram todos esses anos. (Stephen Kanitz)

Gary Burton
Enviado por Gary Burton em 15/04/2020
Reeditado em 15/04/2020
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