Para quem tem saudades do Luís Inácio

Em algumas situações, fazer “ouvidos moucos” ou se “fingir de cego” pode trazer algum conforto pessoal passageiro, mas essas atitudes são totalmente inócuas quando se pretende superar situações que impedem nosso progresso.

Vejamos os dados a seguir obtidos na revista Auto Esporte e na internet.

Preço básico de dois dos chamados “carros populares”, novos, em janeiro de 2003, primeiro mês do primeiro mandato de Luiz Inácio da Silva, e em novembro de 2006, penúltimo mês do referido mandato:

Gol City – R$ 15.990,00 e R$ 24.572,00;

diferença – R$ 8.582,00 ou 53,6%

Pálio 1.0 – R$ 15.903,00 e R$ 24.310,00

diferença - R$ 8.408,00 ou 52,8%

Para referência de preços:

cotação do dólar comercial - R$ 3,52 (janeiro/2003) e R$ 2,16 (novembro/2006);

cotação da tonelada de aço – US$ 500,00 (janeiro/2003) e US$ 390,00 (novembro/2006)

A diferença se mostra ainda mais absurda se considerarmos os preços dos referidos veículos em dólar:

Gol City – US$ 4.542,00 e US 11.375,00;

diferença – US 6.833,00 ou 150%

Pálio 1.0 – US$ 4.517,00 e US$ 11.254,00;

diferença – US$ 6.737,00 ou 149%.

Observemos que o reajuste foi praticamente igual para esses dois veículos que se equiparam em termos de preferência do consumidor, levando-nos a pensar (e a ter certeza), que foram combinados entre as duas montadoras (formação de cartel é crime).

No meu modesto modo de entender, essa situação deixa claro a configuração de “crime contra a economia popular” e o que é pior, com anuência do governo

O dinheiro que as pessoas que compraram veículos novos nesse período jogaram fora, voluntariamente diga-se de passagem, NUNCA será recuperado. Ele foi engordar as contas das matrizes das montadoras em seus respectivos países.

As montadoras não deram explicação clara sobre o motivo desse “assalto” e o governo nunca se manifestou.

Aliás, Luís Inácio nunca deu explicações de seus atos, desse e de outros como a autorização do BNDES para operar no exterior, contrariando os objetivos pelos quais a instituição de FOMENTO NACIONAL foi criada, e dos gastos extras na construção da Refinaria Abreu e Lima.

Como é de se esperar, os apologistas do “melhor presidente que o Brasil já teve”, verão os dados acima e só enxergarão os que mostram que o dólar comercial baixou de R$ 3,52 para R$ 2,16.

Além disso, como “Deus escreve certo por linhas tortas” os atos “aparentemente” prejudiciais de Luís Inácio, devem ter tirado milhões de pobres coitados da miséria, não é mesmo?