Veja como agem os racistas da educação
“Os candidatos são encaminhados a um auditório onde preenchem um formulário em que se definem como pretos ou pardos e explicam por quê.”
“Em seguida cada um parte para uma outra sala, menor, onde é avaliado por uma subcomissão de cinco pessoas.”
“Os avaliadores ficam em silêncio durante a sessão.”
O julgamento “leva em consideração o fenótipo dos indivíduos - boca, nariz, tipo de cabelo e cor da pele.”
A coordenadora da “Câmara de Políticas Raciais” (nome oficial desse assustador tribunal racial) nos brinda com a seguinte pérola:
- Quando consideramos não apto um candidato que se declara pardo, não estamos dizendo que ele não é pardo. Dizemos apenas que ele (PRESTE ATENÇÃO AGORA, AMIGO LEITOR) não trouxe o conjunto de caracteres fenotípicos negroides que lhe dão direito à vaga. (...) é um pardo que não atinge o objetivo de tornar a universidade mais diversa do ponto de vista racial.
Ou seja: não terá direito à vaga porque não é “pardo o suficiente” para os objetivos do “tribunal racial”.
Quase 90 anos depois da chegada de Hitler ao poder, e 75 anos depois de sua queda, os métodos utilizados pelo regime nazista para aferir “pureza racial”, com as devidas adaptações, ganham terreno em nosso país.
Em nome do combate à discriminação racial, discrimina-se acintosamente por critério de raça, com direito a avaliação silenciosa do candidato numa salinha por uma comissão que lhe mede o nariz e a boca, verifica se sua pele tem a cor “certa” e seu cabelo é do tipo “adequado”. O tribunal pode concluir que ele é negro (ou pardo), mas não “o suficiente” para ter direito à vaga.
Pergunta às autoridades competentes: por quanto tempo mais vamos permitir que esse acinte racialista continue existindo?
Universidade Federal de Pernambuco comunica a uma candidata que a matrícula dela foi INDEFERIDA pelo fato do nariz e da boca da jovem não terem as características “adequadas”. (MRM)