UMA ALERTA

Em tempos de bolsonarismo onde existe simpatias diretas ou indiretas em relação ao nazismo, assistir recentemente no youtube um documentário que aborda esse tema. É por assim dizer um fato histórico obscuro de grande parte da nossa população. Como bem falou o historiador Sidney Aguilar Filho, "De repente podemos está naturalizando como fizeram nossos ancestrais das décadas de 20 e 30 sem se quer percebamos os acontecimentos".

O documentário fala da transferência de 50 crianças negras do orfanato católico do Rio de Janeiro para Campinas de Monte Alegre em São Paulo, sendo levados para a fazenda Cruzeiro do Sul.Eles foram levados para servirem como escravos. Só fazia questão de crianças negras. O ocorrido foi no ano 1933.

A família envolvida nessa transferência foi a família Rocha Miranda. A mesma fazia parte da elite brasileira , sua influência vem desde o império brasileiro, era a família do barão de bananal, político,grande fazendeiro e escravocrata. Ainda segundo o documentário, o filho do barão adquiriu em 1916 uma grande propriedade em Campinas de Monte Alegre,onde seria partilhado entre os filhos do segundo casamento. Em determinado do documentário o historiador Sidney Aguilar Filho questiona, "que sociedade era essa que não só aceitava a transferência de crianças , mas o compartilhamento das ideologias do nazifascismo , como também louvando-as.

Seguindo a linha narrativa do filme, o Brasil viveu dos anos 20 aos anos 30 o seu período mais racista da sua história. O documentário aborda muito bem a questão das teorias da superioridade branca que florescia ,a eugenia, surgiu como uma proposta científica, política e cultural. Foi tão arrebatadora que a eugenia foi incluída em um texto da constituição de 1934. A eugenia foi se difundindo pelos clubes,promoveram congressos, simpósios. Para o historiador Sidney Aguilar Filho o mais revoltante,porque tudo isso parecia natural.

As crianças ficaram em regime de escravidão durante dez anos,alguns morreram , os que sobreviveram tiveram traumas indeléveis. O Brasil em quanto flertava com Alemanha todos esses acontecimentos tiveram espaço para se desenvolver. Só após o Brasil ser pressionado, e negociado com os Estados Unidos as condições do seu alimento ao Tio Sã, que toda a influência do nazismo se arrefeceu.

Segundo a historiadora Circe Bittencourt , "nós temos uma elite que você tem que tirar o chapéu, é uma das mais brilhantes do mundo.Não cederam nada na história. O mais forte tem direito de fazer o que quiser .Acima de qualquer justiça."