Casta privilegiada
Se você fosse um dos quatros bancos, uma das quatro empreiteiras, uma das quatro empresas de telefonia que detêm o monopólio dessas atividades no Brasil, também iria defender o modelo de Estado interventor que sufoca o livre mercado, impedindo a concorrência nacional e internacional e garantindo este monopólio com subsídios e privilégios nas concessões. É por isso que vemos casos como o do documentário "Democracia em vertigem", onde a cineasta, herdeira de uma das maiores empreiteiras do país, faz uma defesa veemente do PT e alimenta a narrativa do "Golpe de 2016" - ela é diretamente interessada na manutenção dos privilégios indevidos que sua empresa recebia (denunciados na Lava-Jato) e que parou de receber, com a saída do PT.
Que vocês não se enganem: o "Grande Capital" não é um adversário do Socialismo, é seu principal aliado! Quanto mais a liberdade econômica for suprimida pelo Estado interventor, mais quem está no topo continuará no topo - os famosos "amigos do rei". Cria-se uma casta privilegiada, para quem todas as Leis são feitas, para quem todos os subsídios são dados, isto em detrimento de "200 milhões de patos", como bem definiu Paulo Guedes. "Nos EUA há SESSENTA bandeiras de empresas exploradoras de petróleo, por exemplo. No Brasil apenas UMA" E é assim em todos os ramos. Onde está a concorrência para fazer com que as empresas sejam forçadas a oferecer melhores produtos e serviços ao consumidor por um preço mais baixo? Simplesmente não existe! Há um Cartel de duas, três, quatro empresas, mancomunadas entre si e com o Estado, com produtos e serviços praticamente iguais, de modo que o consumidor fica de mãos atadas, sem nenhuma opção.
O governo atual luta para isto acabar, mas é difícil lutar contra esta imensa estrutura mafiosa. O importante é que compreendamos a falácia do Socialismo, pois vende uma narrativa OPOSTA à Realidade. Eles não são "contra o Grande Capital", eles são O PRÓPRIO Grande Capital; basta ver que toda ONG, Movimento Social e Partido Político de Esquerda é financiado por grandes empresas - gigantes em seus respectivos setores. É a intervenção Estatal no livre mercado que confere a estas empresas regalias, que em troca financiam Partidos Políticos amigos e locupletam agentes públicos e burocratas. Esta é a promiscuidade entre o Grande Capital e a "economia planificada" Comunista que o seu professor não te ensinou em sala de aula: quando a União Soviética colapsou, no dia seguinte, surgiu uma centena de bilionários. Quem eram eles? Os amigos do Rei Estado, sobre duzentos milhões de patos. (Rodrigo Miceli)