UM PAÍS, OS POLÍTICOS, UM POVO
Que os homens são passiveis de erros ninguém tem dúvidas.Contudo, errar em demasia, é para se pensar, por que o poder sobe tanto a cabeça de tantos dirigentes e oportuniza outros que estavam e ficariam na obscuridade se esses governantes não não fossem tão ambiciosos, tão desleais com seus compromissos junto ao povo do seu país. O que leva uma pessoa se embrenhar, se enlamear , sujar seu nome na história que levou tempo para construir? O por que tanta gana, por que tanto desrespeito para com um povo que só o admirava, venerava diante do seu passado de luta em prol dos menos desfavorecidos? Levou tantos de segmentos diferentes acreditarem em sua proposta de governo, de um país diferenciado dos outros até então sem grande credibilidade? Não pensou , não acreditou no poder de mobilização contrária? Tantas mentes brilhantes envolvidas no governo, mas nenhum foi capaz de parar a sangria do querer mais, da gastança, do exibicionismo, do achar que poderia se eternizar no poder. Qual foi o resultado de tudo isso? A desmoralização, não só do protagonista, como também do partido, de uma ideia, de um luta social longínqua.
Ora todos esses erros, toda essa sanha , deslanchou no surgimento de um novo líder, com ideias totalmente diferentes , com propostas de governo radicais, com o desmantelamento de culturas em vários setores, com egéria para educação desnorteadora , principalmente para as ciências humanas. Um governante que não gosta de arte, cultura no seu lato sensu. Um governante que acha que só o poder das armas pode tudo. Claro, tem alguns pontos positivos, como a tentativa de dá credibilidade a justiça, de ser menos canhestra no tocante a flexibilidade da mesma.
Como que um governante pode achar que a arte, as ciências humanas podem ser dispensáveis ? Como um governante pode entender que os índios não são nada, entender que eles estão empatando os empresários rurais progredirem por estarem simplesmente há seculos no seu habitar natural?
Como um governante pode desfazer das lutas sociais, e quando os movimentos sociais ameaçam irem as ruas para protestarem contra o desmantelamento do setor público, vem seus representantes para fazerem ameaças , desconsiderarem a democracia. Que governo é esse que a todo momento manda recando dizendo que a qualquer instante pode impor uma ditadura, é insegurança?
Ora, estamos pagando pelo deslumbramento pelo poder de um grupo , estamos provando de remédio amarguissimo , um remédio que não sabemos dos efeitos colaterais imposto por esse governo. Já foi dito por um historiador , que me falha a memória, as circunstâncias levaram Napoleão ao poder, sem elas ele não ascenderia ao poder. Assim ocorreram com outros e outros. Se as falhas não fossem tão absurdas, tão despropositadas , não teríamos o atual governante. Como se diz, em história não se fala em se, mas nos fatos políticos aqui acima colocados foram erros grosseiros demais.
Agora tenta-se juntar os cacos, os governantes alijados do poder junto com seus militantes. Terão credibilidade até as próximas eleições? As estratégias para aglutinar os eleitores terão alguma eficácia ? Pelo que li, o líder maior deles se recusa a fazer uma autoavaliação , não tem humildade para isso. Se acha inocente o tempo todo, é muito orgulhoso, prepotente. Então só o tempo dirá o que vai ocorrer com todo esse processo político que ora vivenciamos.
Que governo é esse onde o ministro da educação , cuja o nome estrangeirado é difícil de pronunciar, onde diante das suas ideias, sua aversão a educação pública, junto com seu chefe maior, parece estarmos visualizando a aporofobia desses senhores no comando do sistema educacional. Um ministro que parece que saiu dos anos trinta e nove aos anos quarenta e cinco do século passado. Seu olhar glacial, gélido, os mais sensíveis sentem um frio na espinha. Suas palavras soam antipatia. Que aliás, não faz nenhuma questão de disfarçar .
Agora me pergunto, por que deixaram esse tipo de gente comandar o país? Falam tanto do governo anterior de que queriam fazer daqui uma ditadura, e eles não sonham com um governo centrado no pulso firme? Nas baionetas ?